Terminou sem definição de datas ou mesmo medidas efetivas a serem tomadas a reunião entre o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para tratar da volta do futebol no estado.
O que ficou acertado, segundo vídeo divulgado pelo próprio presidente da FMF, é que a entidade irá formular referências para levar adiante sua intenção de que o Campeonato Mineiro do Módulo 1 e do Módulo 2 terminem em campo. Por enquanto, não há datas nem prazos para o retorno das equipes aos treinos ou dos jogos. Em última instância, caberá às autoridades federal, estadual e municipais de saúde darem o sinal verde para que as partidas possam ser realizadas.
Cautela
“A Federação Mineira, em conjunto com o estado de Minas Gerais irá desenvolver um protocolo médico, possibilitando que as equipes possam retomar as partidas de futebol. Claro que o momento adequado da volta dependerá da sinalização positiva dor órgãos de saúde: do Ministério da Saúde, da secretaria estadual de Saúde e também de cada município. Cada cidade e prefeito é quem tem condição de avaliar se é possível ou não a retomada no seu município”, declarou Aro.
A intenção é envolver todas as parte em um amplo diálogo, sem apressar as decisões. “A FMF quer dialogar com os prefeitos, com todos os interessados para que possamos voltar a ter o futebol em Minas Gerais o mais rápido possível. O importante agora é fazermos tudo com o máximo de cautela e planejamento”, considera o presidente. O possível retorno seria baseado em critérios anunciados por Zema no programa Minas Consciente, em conjunto com determinações da CBF que devem ser publicadas nos próximos dias.
Sem condições
Antes mesmo de o presidente da FMF os clubes de Juiz de Fora já haviam manifestado que não há condições para o retorno do Campeonato Mineiro. No Tupynambás, o vice-presidente Cláudio Dias não vê chance de a volta ocorrer em breve. “Com certeza o Tupynambás não volta, isso depende da Prefeitura e do Governo de Minas. Se o clube voltar a funcionar segunda (dia 4), iremos precisar de uns 60 dias para tentar retomar tudo, mas não há nenhuma posição da prefeitura referente a liberação”, relata o dirigente do Baeta, que está na elite do Estadual.
No Tupi, o presidente José Luís Mauler Júnior, o Juninho, faz coro e se preocupa com a situação financeira dos clubes. “Para mim, o campeonato tinha que acabar agora e só voltar no ano que vem. Isso vai trazer muito transtorno de ordem econômica aos times. É uma péssima ideia voltar, ainda mais que a perspectiva é voltar 30 ou 60 dias de portões fechados”, prevê o mandatário do Carijó, integrante do Módulo 2.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: reprodução/Toque de Bola; Rise Up Mídia e Toque de Bola