Após a derrota para o Atlético em Belo Horizonte por 5 a 0, o Tupynambás se reapresentou na tarde desta segunda, dia 27. Com treinamento fechado à imprensa e em meio à fase conturbada logo no início da temporada, o Baeta teve a confirmação da lesão de Renan Rinaldi.
Em entrevista exclusiva ao Toque de Bola, o treinador interino do Leão do Poço Rico, José Luís Peixoto, falou sobre o desempenho da equipe, projeção da sequência complicada e analisou a ausência do goleiro titular da equipe. Confira a entrevista na íntegra.
Saída de Paulo Campos e jogo diante do Atlético
“Eu estou aqui desde o início da pré-temporada trabalhando com o Paulo na montagem da equipe, no projeto de como a gente iria jogar. Infelizmente ele teve esse problema pessoal e teve que se retirar. Nós assumimos já com um jogo contra o Atlético, em Belo Horizonte, apresentando o novo treinador para a torcida. Já era uma situação muito complicada por si só. Ainda por cima, não tivemos tempo para fazer treinamentos, porque jogamos quarta. Conseguimos conversar com os atletas e montar um esquema de marcação para dificultar as ações do Atlético. Todos eles entenderam e fizeram o que foi combinado, dentro das nossas possibilidades. Dentro do que foi planejado, os nossos atletas cumpriram o papel deles”
Problema duplicado
“Com três minutos, perdemos nosso goleiro e tivemos que fazer uma substituição. Por volta dos 20 minutos, perdemos Henrique, expulso. A situação já era difícil e nós ganhamos mais dois problemas para resolver na hora. Na situação do Renan, entrou o Bruno, que era seu reserva imediato. Na expulsão do Henrique, tive que abrir mão de um atacante para recompor a linha de defesa. Ainda assim, conseguimos manter a marcação. Aos 35 minutos, tomamos um gol de bola parada. Quem viu o jogo sabe que, até aquele momento, o Renan tinha feito uma defesa enquanto estava no jogo e o Atlético não teve nenhuma situação de gol. Eles ficavam com a bola, mas não chegavam. Logo depois do primeiro, com um vacilo nosso, o Mailton acertou um belo chute. Aí perdemos a postura e sofremos os outros gols”
Relação com o vice-presidente do Baeta, Cláudio Dias
“Acima de tudo, tem de que existir profissionalismo. Tanto da minha parte, quanto da parte do Cláudio. Temos um bom relacionamento, somos amigos, mas dentro de campo, que é a minha parte, e fora de campo, que é a parte do Cláudio, precisa haver esse profissionalismo. Essa relação de confiança entre eu e Cláudio existe, mas isso tem que ser bem dividido. Nosso objetivo é tirar o Tupynambás dessa situação e fazer uma campanha de recuperação”
Lesão de Renan Rinaldi
“Quanto ao Renan, sem dúvidas que vai fazer falta. É um goleiro experiente, é um líder dentro de campo, então preocupa. É um atleta que estava em nossos planos para fazer um bom campeonato”
Preocupação e apelo
“O momento é de se fechar. A última colocação preocupa. O grupo está ciente do momento difícil e também sabe que uma vitória na quarta diante do América muda tudo. A gente sai de último e vai para o meio da tabela. É possível. É possível pela resposta que os atletas deram no jogo contra o Atlético. O placar foi elástico? Sim, mas nós não queríamos isso. Faço aqui um apelo ao torcedor: tenha um pouco de paciência e acredite. Esse grupo vai sair dessa situação e, em breve, nós estaremos alegres e sabedores de que o Tupynambás está no caminho certo”.
Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento
Fotos: Toque de Bola