Leia entrevista exclusiva de Wesley Ladeira ao Toque de Bola

  A nova temporada já começou, o campeonato mineiro 2013 já acabou para o Tupi, mas ainda assim os torcedores não esqueceram de alguns nomes que viraram referência no Carijó, na temporada passada. É o caso do zagueiro Wesley Ladeira, que deixou o clube de Juiz de Fora, após o término da Série C. Apesar de nomes identificados com o torcedor no elenco atual, principalmente no setor defensivo, como Adriano Lobinho e Fabrício Soares, o nome do zagueiro, que hoje defende o Mogi Mirim, não sai dos arredores de Santa Terezinha.

  O  Toque de Bola conversou com exclusividade com Ladeira, que vive grande momento junto com a equipe do Mogi Mirim, que terminou a primeira fase do Campeonato Paulista na segunda posição, atrás apenas do São Paulo. No sábado, 27, em casa, pelas quartas-de-final, o Mogi goleou o Botafogo de Ribeirão Preto por 6 a 0, habilitando-se a enfrentar o Santos na semifinal, jogo marcado para sábado, 4, 18h30, em Mogi

  (Os outros resultados das quartas foram: Santos 1×1 Palmeiras e vitória do Peixe nos pênaltis, Ponte Preta 0x4 Corinthians e São Paulo 1×0 Penapolense. A outra semifinal será entre São Paulo e Corinthians, domingo, 5, às 16h, no Morumbi).

TOQUE:  Como foi o início da sua carreira, Wesley? Alguma dificuldade para conseguir se firmar como jogador profissional?

LADEIRA: Tive um um início meio inesperado, algumas tentativas um pouco frustrantes. Fiz  testes em vários clubes como Cruzeiro, América-MG, Cabofriense, Fluminense e no Tupi, na época com o treinador Toninho Moura na base, mas nenhum dos testes deu certo. Minha idade de base passou, mas eu sempre continuei jogando futebol amador na região. Até que em uma Copa TV Alterosa fui campeão pela equipe de Rio Novo, foi onde o Áureo me convidou para fazer uma avaliação em 2009, no Tupi, e graças a Deus passei no teste. Tinha 22 anos, foi muito difícil, morei um ano e meio na concentração do clube e além de tudo fiquei dois anos apenas completando treinamentos. Mas nunca deixei de trabalhar, conseguindo minha primeira oportunidade em 2011 no campeonato mineiro, já contra o Atlético. Não fui muito bem, mas nunca abaixei minha cabeça. Chegou o segundo semestre e a diretoria do Tupi queria me dispensar, ficava eu ou o outro zagueiro na época, o Caio. Foi então que veio o Ricardo Drubscky, junto com o Felipe Surian, que bancaram minha permanência. Daí em diante, graças a Deus fui titular e consegui ajudar o Tupi em suas conquistas.

TOQUE:  Como você classifica sua passagem pelo Tupi?

LADEIRA: O Tupi para minha carreira foi essencial, para me preparar e me lançar ao futebol nacional. Sou muito grato ao clube e a todos os treinadores que passaram por lá enquanto eu estive. Além de jogar pelo Tupi, eu aprendi a gostar desse clube. Agora sou um torcedor Carijó, realmente me identifiquei muito com o Tupi.

TOQUE:  A torcida do Tupi ainda sente muita falta do Wesley, mesmo com bons nomes atuando na atual temporada. Você também sente saudades do carinho do torcedor Carijó?

LADEIRA:  Sempre admirei a torcida do Tupi, porque mesmo pequena, ela é fiel. Os torcedores vão a todos os jogos, apoiam, e mesmo fora de casa fazem de tudo para estar presentes. Eu só tenho a agradecer a todos que me apoiaram e também aos que criticaram, pois se não fosse assim, não teria graça. Foi muito boa minha passagem e relação com o clube de Santa Terezinha.

TOQUE: Como foi a mudança de clube? Foi bem recebido no Mogi ?

LADEIRA:  Aconteceu tudo perfeitamente bem. Conversei com o Tupi sobre a possibilidade de um novo mercado e apresentei a proposta para eles. Sentamos, conversamos e tudo aconteceu da melhor maneira possível. Chegando ao Mogi Mirim, fui muito bem recebido, com um grupo sensacional. Não é a toa que estamos fazendo uma bela campanha.

TOQUE:  Qual a diferença do trabalho feito no Mogi Mirim e no Tupi? A cobrança é diferente por estar na disputa de um dos campeonatos mais visados do país?

LADEIRA:  O trabalho no Tupi sempre foi muito competente, com os preparadores físicos Luis Augusto e Júlio. Mesmo com um clube sem muita estrutura, os caras se desdobram para fazer um bom trabalho e conseguem. Aqui no Mogi Mirim é diferente. Um time de uma estrutura de qualidade, com CT, academia, departamento de fisiologia, tudo dentro do clube, então fica mais fácil de realizar com sucesso as atividades. Com relação ao nível de cobrança, são muito parecidas. Aqui é maior por ser o campeonato paulista sim, mas em todos os clubes que jogamos somos cobrados, porque tentam dar o melhor para nós desempenharmos um bom papel dentro de campo.

TOQUE:  A campanha no Paulistão está sendo fantástica, Wesley. Como que o grupo está encarando esse bom momento? A defesa sofreu apenas 19 gols nas 19 partidas que disputou. Tem sido a melhor fase da sua carreira?

LADEIRA:  Graças a Deus estamos num bom momento no Paulistão. Essa fase que a nossa defesa está vivendo é fruto do bom trabalho do professor Dado e também da qualidade dos jogadores que temos no nosso elenco. Sem dúvidas, hoje vivo meu melhor momento dentro do futebol.

TOQUE: Como você está sendo utilizado? Alguma partida marcante no Paulista?

LADEIRA:  Não tenho vergonha de dizer que joguei oito jogos no Paulistão, seis de titular e dois entrando no segundo tempo. Mas respeito os dois zagueiros titulares e sempre trabalho forte para quando tenho as oportunidades fazer o meu melhor. Uma partida que me marcou, sem dúvidas, foi a vitória contra o Atlético de Sorocaba, onde pude ajudar a minha equipe fazendo dois gols na vitória por 3 a 1.

TOQUE: Com a classificação garantida com antecedência, qual o objetivo do Mogi na segunda fase, Wesley?

LADEIRA:  Desde quando começou o campeonato, traçamos nossas metas. A primeira era de se classificar entre os oito, e chegamos num momento do campeonato que estávamos entre os quatro primeiros. Dali em diante acreditamos que a gente podia ficar no G4, então garantimos nossa classificação para a segunda fase e traçamos uma nova meta q era de nos classificar entre os quatro primeiros.

TOQUE: Para terminar, deixe uma mensagem para a grande torcida do Tupi, que vem acompanhando sua excelente fase, mesmo jogando longe, e torcendo pelo seu sucesso!

LADEIRA: Primeiramente, quero agradecer pelo carinho de todos os Carijós que tanto me apoiaram e hoje torcem por mim. Queria deixar uma mensagem para que não desanimem jamais do Tupi, que continuem fazendo o que eles sempre fizeram. Apoiem até o fim, porque o Tupi é muito grande, merece lugar melhor e eu estou aqui torcendo sempre. Grande abraço a todos e muito obrigado pela oportunidade.

Texto: Igor Rodrigues

Foto: Assessoria Mogi

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