Maurício Bara Filho não é mais o treinador da equipe de vôlei da UFJF. O planejamento é que Bara assuma a função de Diretor Técnico da equipe, enquanto Chiquita (Carlos Augusto de Oliveira), auxiliar na última temporada, assuma o cargo de treinador.

  A informação, apurada pelo Toque de Bola, foi confirmada oficialmente no início da tarde desta segunda-feira, 6.

  Em conversa com o Toque, Maurício falou sobre a decisão de se afastar e também destacou outros pontos importantes para o futuro do projeto na cidade.

  Decisão 

  “Estou há seis temporadas no comando da equipe, conseguindo uma evolução com o passar do tempo. No entanto, surgiu a necessidade de eu estar assumindo a direção da Faculdade de Educação Física. A demanda de  trabalho em cima do diretor é muito grande, então seria um prejuízo pessoal e também para o projeto caso eu continuasse como treinador. Seria um prejuízo natural, por demanda de tempo. Eu vou me afastar este ano da função de treinador da equipe, dentro de quadra, e assumo uma função normal que estamos definindo como diretor técnico. Passo a estar mais envolvido com a parte de planejamento e todas as decisões do projeto. Apenas não serei mais o treinador de quadra, envolvido nos treinamentos e aquele que comanda o time nos jogos”.

Chiquita é a primeira opção

 “Nossa primeira opção, que está muito avançada é o Chiquita. Já acompanhou o processo e tem minha total confiança. As pessoas fizeram críticas errôneas ao trabalho, pois eu tinha comigo um grande treinador. Esteve comigo o tempo inteiro na temporada passada. Na verdade já era uma preparação. Era uma pessoa que eu estava testando para ver se era o modelo de treinador que eu gostaria para a equipe”.

Demanda de tempo

  “Comandar de dentro da quadra é uma coisa que eu gosto de fazer. Mas hoje a demanda não me permite. Eu sinto um pouco a mudança, até porque vinha evoluindo muito na minha carreira como treinador. Mas hoje, para o bem da equipe e da Faculdade, eu preciso me afastar. O principal para eu tomar essa decisão foi a demanda de tempo, porque o treinador tem de trabalhar quase oito horas diariamente, na execução do treinamento, no planejamento, na avaliação. E hoje, para mim, isso fica inviável. Então eu já estava me preparando para isso, já tinha deixado no ar para vocês que iria estudar isso no final da temporada. Não quer dizer que estou me afastando definitivamente da carreira de treinador, mas momentaneamente fica realmente difícil conciliar cargos de tamanha importância”.

  Mercado do voleibol

  “Começamos as conversas nos bastidores, mas não fechamos com nenhum atleta ainda. Estamos ainda nessa fase de conversação. Espero que nas próximas semanas já estejamos com algumas contratações e também renovações que são de nosso interesse. Existem especulações, mas apenas inicias. Entre interessar e fechar existe uma grande diferença”.

  Busca por patrocinadores

  “O projeto vai se manter para manter para essa temporada, mas infelizmente o retorno externo, que nós esperávamos que cresceria com os anos, está muito limitado. Muito lento. Mas estamos lutando para sustentar esse projeto, independente de qualquer fator”.

Texto: Igor Rodrigues