Em um trabalho coordenador pelo auxiliar técnico Júlio Cirico, todas as partidas do Tupi são gravadas. Posteriormente, geralmente no dia seguinte aos jogos, ele analisa o material e compila os dados em scout técnico e tático que leva em consideração aspectos individuais e coletivos. De posse dos números, a comissão técnica carijó os utiliza para direcionar os trabalhos de forma a corrigir possíveis deficiências e estimular pontos positivos da equipe. Segundo Cirico, os dados dos times adversários também são registrados para comparação com os do Tupi e utilização em um novo confronto.
O auxiliar técnico destaca que algumas variantes interferem diretamente nos números. “Em campo ruim, por exemplo, o número de passes errados e desarmes aumentam. Jogar no campo do Aracruz é diferente de jogar no Mário Helênio”, expôs, revelando que no título conquistado no Campeonato Brasileiro da Série D, em 2011, esse trabalho levou a significativa redução de passes errados da primeira para a segunda fase.
Nos 3 a 0 sobre Araxá, números confirmam marcação sob pressão
Na vitória por 3 a 0 sobre o Araxá, partida disputada no Estádio Municipal pela Série D 2013, o Tupi teve 24 passes errados, finalizou 20 vezes, desarmou 31 bolas, sofreu 17 faltas e cometeu 22 (clique sobre a imagem do gráfico para ampliar).
“Esses dados mostram que os jogadores obedeceram ao nosso pedido para marcarem sob pressão. Os números de desarmes e finalizações foram altos, revelando a maneira como a equipe jogou”, analisou Cirico, mostrando ainda o gráfico por setor do campo. “Das finalizações, dez foram dentro da área. Chegamos bastante e em condições de marcar.”
A análise individual observa os seguintes parâmetros: desarme, interceptação, perda de bola, passe errado, cruzamento certo, cruzamento errado, falta cometida, falta sofrida e finalizações. Os dados da partida contra o Araxá confirmam o porquê de o atacante Ademílson ter sido escolhido o melhor em campo pelos torcedores e pela imprensa esportiva. “Ele foi o jogador do Tupi que mais finalizou: seis vezes. Como fez três gols, teve o alto aproveitamento de 50%. Além disso, errou apenas um passe, o que é pouco para um atleta que joga sempre em direção ao gol. Ele mereceu os elogios recebidos por sua atuação”, disse o auxiliar.
Além de serem utilizadas para a confecção do scout, as imagens também são editadas e os trechos de interesse são passados para os jogadores a fim de corrigir erros e destacar os acertos. Para o técnico Felipe Surian, os resultados do estudo são visíveis. “Se observamos muitos passes errados, por exemplo, a gente tenta corrigir com trabalhos específicos, como atividade em campo reduzido. Vemos onde há deficiências para trabalhar durante a semana”, disse Surian, exemplificando em seguida: “No primeiro jogo erramos muitos passes. No segundo, os erros caíram quase 50 %. Sei que os campos são diferentes, mas essa queda também pode ser atribuída e este trabalho.”
Texto, informações e foto: Thiago Stephan – Assessoria Tupi
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