Rio de Janeiro (RJ), 24 de novembro de 2011
Se no Brasileirão o Vasco não depende só de suas forças para ser campeão, na Copa Sul-Americana a equipe ainda pode conquistar o título contando apenas com as suas armas. No entanto, o primeiro passo para avançar à final não foi nada bom. Nesta quarta-feira à noite, o Vasco empatou com a Universidad de Chile, por 1 a 1, em São Januário, e não conseguiu cumprir nenhum de seus objetivos. Bernardo abriu o placar no primeiro tempo, mas Osvaldo González empatou após o intervalo.
Além de não conseguir a vitória, o time brasileiro sofreu um gol dentro de casa, fato que complica bastante pelo critério da competição. Em ótima fase, o time chileno completou 29 jogos de invencibilidade e parou o Trem Bala da Colina. Nem mesmo empurrados pela vibrante torcida cruzmaltina, Felipe, Juninho Pernambucano e companhia conseguiram derrubar o “Barcelona das Américas”, apelido que a La U ganhou pelo estilo de jogo semelhante ao dos espanhóis.
Na próxima semana, a partida de volta acontece em Santiago. O time brasileiro precisará de uma vitória simples ou de um empate com no mínimo dois gols marcados para garantir a classificação para a decisão. Na outra semifinal, Vélez Sarsfield, da Argentina, e LDU, do Equador, também decidem vaga na final.
Mesmo sem lotar o estádio, menos de 15 mil pessoas estavam presentes, a torcida vascaína demonstrou que está confiante em mais uma taça em 2011. Depois de conquistar a Copa do Brasil, e mesmo com a equipe ainda sonhando com o Campeonato Brasileiro, a Sul-Americana também é valorizada por torcedores e jogadores.
No próximo domingo, o Vasco enfrenta o Fluminense, no Engenhão, pelo Brasileiro, mas nem por isso o técnico Cristóvão Borges poupou titulares. Os únicos desfalques foram o atacante Éder Luís, com uma lesão no pé, e o meia Diego Souza, suspenso por ter recebido cartão vermelho diante do Universitário. Felipe, substituído no segundo tempo nesta quarta com dores no músculo adutor da coxa, passa a ser dúvida para o clássico no Brasileirão.
O jogo
Nos primeiros toques de bola da partida, a Universidad de Chile tentou surpreender o Vasco e impor uma pressão. No entanto, em pouco tempo o Vasco tomou conta do confronto e passou a buscar o ataque com ênfase. Até os dez minutos, os cruzmaltinos tiveram duas chances, mas Juninho acertou o goleiro Herrera e Allan finalizou por cima do gol. Já os visitantes também chegaram duas vezes, com Vargas, mas só em uma Fernando Prass foi exigido.
A partida seguiu com o mesmo panorama, com o Vasco buscando mais o ataque e a Universidad de Chile tentando manter a posse de bola e avançar nos erros dos cruzmaltinos. Só que boa chance só voltou a acontecer oas 26 minutos. Bernardo e Felipe tabelaram e o experiente finalizou a esquerda do gol chileno. Três minutos depois, após boa troca de passes, Felipe tocou para Élton, que chutou no travessão de Herrera.
Os lances animaram o Vasco, que passou a pressionar mais e quase abriu o placar aos 31 minutos. Juninho cobrou falta de longe e a curva da bola ia enganando Herrera, mas o goleiro chileno conseguiu salvar. No entanto, no minuto seguinte não teve jeito. Allan lançou Bernardo, que apareceu livre para chutar cruzado e colocar na rede.
Após o gol, o Vasco recuou e viu o Universidad de Chile pressionar nos minutos finais do primeiro tempo. Os chilenos conseguiram criar algumas boas jogadas e desperdiçou chances de empatar com Aranguíz e Canales. Assim, os cruzmaltinos foram para o intervalo com a vantagem no placar.
No segundo tempo, a Universidad de Chile começou tendo o domínio da posse de bola e marcando o Vasco em seu campo de ataque. Com isso, os cruzmaltinos tiveram dificuldade de sair com a bola e viram os visitantes chegar perto do gol. No entanto, a defesa carioca não permitiu qualquer boa chance chilena.
Os donos da casa tiveram a primeira boa oportunidade aos 13 minutos. Felipe foi lançado na entrada da área e chutou por cima do gol de Herrera. Só que o lance não mudou o panorama da partida e os chilenos seguiam com mais posse de bola e arriscando os chutes de fora da área.
Enquanto os visitantes tinham mais a bola, o Vasco passava a criar as melhores chances. Aos 27 minutos, após cobrança de falta de Juninho na área, Dedé apareceu livre, mas cabeceou em cima de Herrera. A resposta da Universidad de Chile veio quatro minutos depois. Vargas cruzou e Canales cabeceou em cima de Fernando Prass.
Só que aos 33 minutos o Vasco não aguentou o domínio da Universidad de Chile. Após cobrança de falta na área, Osvaldo González subiu e cabeceou de costas e acertou o gol para empatar o placar em São Januário.
Mesmo depois do revés, o Vasco não tinha força para atacar, parecendo cansado pela maratona de jogos. Os cruzmaltinos tentavam chegar com bolas paradas e quase marcaram o segundo aos 40 minutos. Juninho cobrou falta na área e Alecsandro cabeceou a esquerda do gol chileno.
FICHA TÉCNICA:
VASCO 1 x 1 UNIVERSIDAD DE CHILE
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 23 de novembro de 2011 (Quarta-feira)
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Antônio Arias (Paraguai)
Assistentes: Rodney Aquino (Paraguai) e Carlos Caceres (Paraguai)
Cartões amarelos: Jumar e Juninho (Vasco); Mena e Osvaldo González (Universidad de Chile)
GOLS: VASCO: Bernardo, aos 32min do primeiro tempo
UNIVERSIDAD DE CHILE: Osvaldo González, aos 33min do segundo tempo
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Allan (Leandro), Juninho Pernambucano e Felipe (Fellipe Bastos); Bernardo e Elton (Alecsandro)
Técnico: Cristóvão Borges
UNIVERSIDAD DE CHILE: Jhonny Herrera; Osvaldo González, Marcos González e José Rojas; Charles Aránguiz (Marino), Marcelo Díaz, Gustavo Lorenzetti (Matías Rodríguez) e Eugenio Mena; Gustavo Canales, Eduardo Vargas e Francisco Castro (Acevedo)
Técnico: Jorge Sampaoli
Brasil joga bem e vence a Rússia no vôlei
Com uma atuação de altíssimo nível, o Brasil derrotou a até então invicta Rússia por 3 a 0 (25/16, 25/19 e 25/22) na madrugada desta quinta-feira, em Kumamoto, pela quarta rodada da Copa do Mundo, que está sendo disputada no Japão.
Com o resultado, a seleção se recupera da derrota para a Itália e, beneficiada pela surpreendente queda da Polônia diante do Irã (3 a 2), reassume a liderança com os mesmos dez pontos dos poloneses, porém com melhor saldo de sets (ambos venceram 11, mas os rivais perderam um a mais).
Os brasileiros voltarão à quadra na quinta-feira, quando terão pela frente a China, quinta-feira. Os russos, por sua vez, enfrentarão o Egito. Ambas as partidas também disputadas no ginásio de Kumamoto.
Mesmo contra o fortíssimo saque da equipe russa, o Brasil começou muito bem, com destaque para a defesa e os contra-ataques. A equipe comandada por Bernardinho abriu 4/1 e ficou na dianteira do placar até a igualdade em 8/8. Contando com bom começo de Giba, Murilo, Lucão e Sidão, a seleção mostrou a estar ligada e voltou a abrir, chegando a 19/14 e fechando com muita autoridade a parcial em 25/16.
Até então invicta na competição, a Rússia errava muito, parecendo incomodada com o forte volume de jogo apresentado pelos brasileiros. Giba passou a ser melhor marcado, levando dois tocos seguidos, e o duelo se apresentou mais equilibrado no segundo set. Leandro Vissotto no ataque e Sidão no saque, porém, fizeram o Brasil voltar À frente, com 14/11 a seus favor.
Serginho, com suas costumeiras defesas impossíveis, e Murilo, mortal quando chamado, mostravam que todo o time nacional estava refeito da dramática derrota para a Itália na rodada anterior. E, com um bloqueio de Giba, o quadro brasileiro também colocou no bolso o segundo set, fazendo 25/19.
A terceira parcial começou com dois aces seguido de Sergey Tetyukhin, que colocou a Rússia em vantagem. Com paciência e praticamente sem errar, entretanto, o Brasil correu atrás e voltou a liderar o marcador após ponto de saque obtido por Lucão.
Giba, com a qualidade e garra costumeiras, comandava em quadra o time nacional, que se agigantou novamente e abriu 15/11. E, mesmo com uma tentativa quase desesperada de reação por parte da equipe russa, o Brasil voltou a impor seu ritmo forte e selou a grande vitória, finalizando a parcial em 25/22 e o jogo em um sonoro 3 a 0.
A equipe brasileira iniciou a partida com Sidão, Giba, Marlon, Lucão, Murilo, Leandro Vissotto e o líbero Serginho. Entraram no decorrer Bruno, Theo e Wallace.
Textos e informações: www.espn.com.br (Vasco) e www.globoesporte.com (Vôlei)