
O dito popular da torcida alvirrubra juiz-forana, de que “o Baeta perde, mas é bronca”, talvez nunca tenha sido tão bem representado como neste domingo, dia 24. Diante de um Mineirão cheio, contra um Atlético comemorando antecipadamente seu aniversário e com jogadores de nível internacional, o Tupynambás não se intimidou e chegou a jogar de igual para igual com os donos da casa.
No fim, a derrota por 3 a 1, com dois gols do meia Cazares e um do centroavante Ricardo Oliveira para os atleticanos, com Ademilson descontando, não foi de todo amarga pela luta do Leão do Poço Rico. Com a sensação de dever cumprido, os jogadores do Baeta deixam o Mineiro 2019 nas quartas, e o Atlético segue para a semifinal. O adversário depende do jogo desta segunda, dia 25, entre América e Caldense. Caso o Coelho passe, o Galo pega o Boa Esporte. Se a Veterana avançar, é ela adversária dos atleticanos.
Postura correta
Com os desfalques de Leandro Salino e Geovani no meio de campo, o técnico Paulo Campos optou por escalar o Baeta com Matheus Pimenta formando trio de ataque com Núbio Flávio e Ademilson de início no jogo deste domingo. A surpresa ficou por conta do lateral-esquerdo Anderson formando o trio de volantes com Léo Salino e Marcel.

Bem postado na defesa, o Tupynambás forçava o Atlético a chutar de fora da área. Aos quatro e aos sete minutos o goleiro Renan Rinaldi fez boas defesas em arremates de Luan e Cazares. Após conseguir conter o primeiro ímpeto atleticano, o Baeta levou um susto grande aos 24 minutos. Cobrando falta, o meia Terans acertou a junção da trave com o travessão do time de Juiz de Fora.
Abriu o placar
A segunda carga de ataques atleticanos deu resultado aos 27 minutos. Após cobrança rápida de lateral, Luan escapou pela direita e tocou para Cazares que entrava na área. O meia colocou no canto, sem chance para Renan Rinaldi, fazendo 1 a 0 para o Atlético. Atrás, o Baeta se adiantou e teve boa chance aos 37, quando Ademilson recebeu cruzamento de Lucas Hipólito da esquerda, mas, sozinho, cabeceou desequilibrado, facilitando para o goleio Vitor defender.

Aos 39, foi a vez do arqueiro do Tupynambás, Renan Rinaldi, trabalhar, evitando o segundo gol atleticano, em finalização de Ricardo Oliveira de dentro da pequena área. Valentes, os juiz-foranos tentaram diminuir, mas não conseguiram, e os donos da casa foram para o intervalo com a vantagem mínima.
Animado
Com o Atlético querendo matar o jogo e o Baeta o empate, o segundo tempo começou com os dois times se lançando à frente e fazendo parida equilibrada. Mas, apesar de rondarem as áreas do oponente, ambos os ataques não conseguiam finalizar até os 10 minutos. Foi quando Ricardo Oliveira limpou o lance e mandou uma bomba, acertando o travessão de Renan Rinaldi.
Quando o Tupynambás se animava a sair mais, levou o segundo. Em contra-ataque, Michael Bolt, que havia entrada no lugar de Terans, foi acionado e achou novamente Cazares na área. Ele limpou o lance e chutou cruzando no canto esquerdo do gol do Baeta para fazer 2 a 0 aos 17 minutos.
Diminuiu e definiu

Mas nem o gol do Atlético desanimou o Leão do Poço Rico. Aos 25 minutos, Igor Soares, que havia substituído Anderson, invadia a área quando foi derrubado. Pênalti cobrado com maestria pelo interminável Ademilson, aos 27, e colocando o placar em 2 a 1. Mas, dez minutos depois, Ricardo Oliveira, cobrando falta, fez um golaço, esfriando de vez a reação do Baeta.
A partida voltou a ficar franca como no começo do segundo tempo. Com o Tupynambás indo à frente e dando espaços. Mas nem o Baeta conseguiu diminuir, tendo chance boa aos 46 minutos, quando Adriano tocou e Réver salvou em cima da linha sem goleiro, e nem o Atlético fez o quarto gol.
Texto: Toque de Bola
Fotos: Facebook Tupynambás; Bruno Cantini/Atlético