As lesões seguem atormentando a vida do treinador da UFJF, Chiquita. O ponteiro Reffatti se lesionou no treinamento às vésperas da partida contra o Montes Claros, no sábado, 18.  O levantador Danilo Gelinski, com uma tendinite também é dúvida. Thales vem sentindo dores. Sem saber quando e se poderá contar com eles, Chiquita já pensa em mudanças no seu esquema tático. Com Lucão se recuperando bem e com chances de jogar, Jardel pode jogar em outra posição: a de oposto.

  A partida contra o Vivo/Minas ocorre nesta quarta-feira, 29, às 19h, na Arena Vivo, em Belo Horizonte, em jogo atrasado da primeira rodada do segundo turno.

  Também adiado da primeira rodada do returno, será disputado, nesta quinta-feira, 30, Montes Claros Vôlei (MG) x Sada Cruzeiro (MG), no Ginásio Tancredo Neves, em Montes Claros (MG), às 19h30.

Problemas com os ponteiros

O rendimento dos opostos vem sendo questionado pelo treinador da Federal constantemente. Por isso, as inúmeras mudanças táticas para tentar a achar a melhor forma. No jogo contra Montes Claros, a contusão de Reffatti fez com que Chiquita optasse por entrar com De Paula. Mas, segundo o treinador, além dos opostos, os ponteiros também decepcionaram na rodada de bola.

“Dos ponteiros o que foi melhor foi o Dede, ele teve uma rodada de bola acima de 60%, os centrais rodaram e o resto rodou abaixo de 20%. Nós tivemos muitos problemas com a saída de rede. Tentamos mexer, colocamos o primeiro oposto, o segundo oposto, mudamos para os três ponteiros e mesmo assim, não conseguimos resolver. E tivemos problema na entrada de rede com o Hugo quando jogou, com o Japa quando jogou, então De Paula, Daniel, Japa e o Hugo ficaram em uma faixa de 25%, 30% o que é muito abaixo”, afirmou.

Excesso de lesões

Desde o início da temporada, a UFJF tem sofrido com o alto número de jogadores lesionados. Dessa vez, além de Reffatti, Gelinski e Thales também vinham sentindo dores durante a última semana. Chiquita explicou como foi a contusão de Reffatti, que não enfrenta a equipe do Minas, nesta quarta.

“No momento que ele foi atacar a bola no treino, ele flexionou o joelho e ai na extensão na hora do salto, a patela (osso localizado na frente do joelho protegendo a articulação)  se aproximou da base do fêmur e causou como se fosse um “chicote” que os médicos chamam e aí acabou dando uma lesão. Ainda está sensível em função da pancada, mas não lesionou tendão, não lesionou ligamento foi só a pancada mesmo. Então para estender o joelho ele ainda tem um pouco de dificuldade, vem fazendo exercícios sem sobrecarga, para ver se recupera”, disse.

O líbero Thales está com um problema na região sacral e também não viaja para Belo Horizonte. Gelinski vinha sentindo dores no joelho e ao realizar a ressonância foi diagnosticada um tendinite, mas não deve ser desfalque.

Mudança de esquema

Para a partida contra o Minas e até para as próximas, Chiquita tem procurado alternativas para melhorar a forma da equipe jogar. Com a volta do central Lucão, o técnico da Federal ganha mais uma opção. Assim, Jardel vem treinando na função de oposto. Segundo Chiquita é uma posição em que ele vem treinando bem.

“Nós estamos tentando criar uma nova estrutura, até porque a volta do Lucão me dá essa possibilidade de mudar, em uma situação com um outro oposto e tentar melhorar o nosso ataque, porque está difícil. A vinda do Lucão junto com o Ninão vai ajudar bastante, porque me facilita a mudança do Jardel para função de oposto. Essa é uma posição que eu já o vi jogar, ele vem treinando bem e é um cara que bloqueia melhor naquela posição e que está atacando melhor, ele vem sendo uma válvula de escape do time em situações de ataque.”, falou Chiquita.

Não é impossível

Apesar de todos os problemas e da sequência sem vitórias, na UFJF todos acreditam em uma reação, nos sete jogos que restam. Para o diretor técnico, Maurício Bara Filho, uma vitória contra o Minas pode fazer uma grande diferença para a equipe.

“Eu penso só na quarta-feira e em conseguir uma vitória inédita, fazendo uma ótima partida contra o Minas. Isso pode trazer um impacto, porque a cidade se sente bem vencendo um time grande e a gente tem que partir pra fazer isso. Mas tem que encarar, se jogar mais ou menos vamos perder”, afirmou.

Para Chiquita, chegar aos playoffs não é impossível e só depende da própria Federal.