UFJF bate Olympico por 3 sets a 2, de virada, no “esquenta” da Superliga

Juiz de Fora (MG),3 de novembro de 2011

Depois de duas derrotas, sempre distante da sua torcida, chegou a hora da revanche para o time de vôlei masculino da UFJF contra o Olympico/Blumenau. Jogando dessa vez em seus domínios – nesta noite fria de quinta-feira, 3, no ginásio da Faculdade de Educação Física, a UFJF bateu pela primeira vez o adversário por 3 sets a 2, de virada, depois de estar perdendo por 2 a 1, pelo Campeonato Mineiro.

Os parciais foram 20×25, 28×26, 28×30, 25×23 e 25×12.

  Vitória inédita

“Foi importante vencer um adversário que a gente nunca tinha vencido”, definiu o técnico Maurício Bara Filho, ainda em quadra, depois de reunir o grupo de jogadores e Comissão Técnica. O treinador disse que mesmo com a falta de entrosamento e com as atividades voltadas inteiramente para a Superliga – “a carga de exercícios tem sido intensa”, o jogo valeu, além da vitória, pela atuação. “Tivemos inconstância mas não o tempo todo, foi em alguns momentos, tanto que todos os parciais foram equilibrados, o jogo inteiro”.

O técnico destaca que em relação à derrota para o mesmo adversário, em Belo Horizonte, a equipe juiz-forana sacou melhor e foi mais estável. A falta de um condicionamento ideal de jogo acaba proporcionando a oportunidade de colocar um maior número de atletas em quadra. “Usamos 10, 11 jogadores hoje, é importante também para conhecer o grupo como um todo, saber quais substituições podem ser feitas durante uma partida”.

A qualidade do Olympico/Blumenau também valoriza a vitória da UFJF, para Maurício: “Foi um jogo duríssimo, e na Superliga nosso time vai ter que jogar sempre desse nível para cima”. O técnico lembra que apenas três jogadores do grupo não fizeram parte do elenco na partida desta quinta – Jardel, que ainda não estreou pela UFJF, Guilherme Hagi e Caporal. “Mas nenhum deles será problema  para a Superliga”, trata de tranquilizar – a estreia na Superliga será contra Vôlei do Futuro.

Um dos destaques da equipe, ao lado de Clinty, Pedro Azenha acredita que a vitória sobre um adversário como o Olympico/Blumenau, para quem a UFJF havia perdido a decisão da Liga Nacional, será fundamental na sequência dos treinos para a Superliga. “O que interessava para nós era fazer o resultado em função do ânimo da equipe, por isso a gente nunca desanimou, nunca desistiu do jogo, até conseguir virar e vencer, isso contra um time forte como o deles”.

O “fator campo” foi outro ponto destacado por Pedro Azenha, o camisa 12, um dos reforços ranqueados contratados pela UFJF para a disputa da Superliga. “É importante desde já fazer de Juiz de Fora um lugar em que as equipes tenham muitas dificuldades, hoje já foi um pouco isso, o torcedor apoiou no momento importante e nos deu moral, é isso que queremos para a Superliga”.

O time da UFJF começou o jogo com Digão, Brasília, Clinty, Filipe, Pedrinho e Sílvio. O Olympico/Blumenau iniciou a partida com Carlos Willians, Marcos Aurélio Cordeiro, Juliano Bendini, Caio Cesar,  Marcel Henrique e Thiago Machado.

O blog acompanhou o passo a passo do jogão no twitter.

Veja, abaixo, texto enviado pela assessoria de imprensa do vôlei da UFJF (Michael Guedes):

UFJF vence Olympico em jogo com cara de Superliga

Equipe consegue primeira vitória no Mineiro e revanche contra Blumenau

Foi uma partida digna de Superliga. A curta história do confronto entre UFJF e Blumenau (que disputa o Campeonato Mineiro defendendo o Olympico/BH) já produziu uma grande rivalidade, que teve mais um capítulo na noite desta quinta-feira no ginásio da Faculdade de Educação Física.

Mais do que valer algo pelo torneio, a vitória da UFJF por 3×2 foi um grande aperitivo para a competição nacional que começa em dezembro. Foi a primeira vitória da equipe na competição, assim como foi a primeira vez que a UFJF bateu o forte time de Blumenau. “Isso mostra que este grupo é forte e equilibrado. Hoje tivemos domínio da bola, os passes saíram. Foi um teste para cardíaco. A torcida que se prepare porque será daí para mais”, analisou o técnico Maurício Bara.

Um dos destaques da partida, o levantador Danilo entrou no primeiro set e não saiu mais. “O Maurício sempre fala que temos que ficar espertos no banco. Entrei e fiz o meu máximo. Esta vitória significa muito. Agora temos uma base. Será a primeira de muitas vitórias que virão”, afirmou. Com três viradas de bola seguidas no tie break, o ponteiro Clinty também comemorou: “Compensamos a nossa falta de entrosamento com muita garra e vontade. Enfrentamos uma equipe que está em um outro estágio de preparação física e técnica. Mostramos ao público presente que podemos ir longe na Superliga”.

O jogo

O primeiro set foi equilibrado até o placar marcar 17 a 17. A partir daí, a equipe do Olympico soube ter tranqüilidade para virar suas bolas, aproveitando-se ainda de dois erros não forçados da UFJF. Final de set: 25 a 20.

A UFJF iniciou o segundo set errando muitos passes. Na primeira parada técnica, o placar marcou 8 a 3 para o Olympico. Após o tempo, foi a vez de a equipe local forçar o saque e voltar a equilibrar o set. Com boa atuação do oposto Pedro Azenha e do levantador Danilo (que substituiu o capitão Brasília), a UFJF empatou o set em 15 a 15. O set permaneceu disputado, com vantagem do Olympico até o empate de 21 a 21. A partir daí, a UFJF assumiu o comando da partida e, após 3 set points, fechou em 28 a 26.

No terceiro set, o Olympico voltou a começar melhor, abrindo 10 a 5. Depois do tempo solicitado, a equipe da UFJF voltou mais ligada e com vibração virou o set em 15 a 14. O jogo permaneceu pegado. Na reta final, a UFJF desperdiçou um set point com o jogo em 24 a 23. A partir daí o Olympico cresceu, fez dois pontos diretos e foi virando as bolas até fechar em 30 a 28.

No seu melhor início de set na partida, a UFJF chegou à primeira parada técnica do quarto set com vantagem de 8 a 5. Forçando o serviço, o Olympico voltou a endurecer o jogo. Na segunda parada técnica, o comando permaneceu com os juiz-foranos (16 a 14). Com o controle parcial da partida até 21 a 18, a UFJF se desconcentrou momentaneamente após uma marcação de condução polêmica pela arbitragem e o Olympico virou em 23 a 22. Um bloqueio preciso de Léo, entretanto, deu números finais ao quarto set: 25 a 23 e partida empatada em 2 a 2.

No quinto e decisivo set, apesar do equilíbrio, a UFJF nunca deixou de ter o controle do placar. Concentrados, os jogadores chegaram no tempo técnico vencendo por 8 a 6. Na reta final, Clinty virou três bolas seguidas e a equipe chegou ao match point com 14 a 12. Um bloqueio duplo encerrou o jogo, o jejum de vitórias no Mineiro e a escrita contra Blumenau. O próximo encontro entre as equipes agora acontecerá na Superliga.

A UFJF volta a jogar pelo Mineiro no próximo dia 16, em Belo Horizonte, contra o Sada/Cruzeiro. A estreia na Superliga está marcada para o dia 10 de dezembro, em Juiz de Fora, contra o Vôlei Futuro.

 

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