Juiz de Fora (MG), 22 de janeiro de 2011
Não foi nenhuma grande apresentação, mas o Tupi venceu, neste sábado, 22, seu último jogo-treino antes da estreia no Campeonato Mineiro, no próximo sábado, 29, diante do Villa Nova. Jogando no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, o Alvinegro venceu, por 1 a 0, o Serrano, de Petrópolis, equipe treinada pelo ex-zagueiro do Fluminense, Duílio, que vai disputar a 3ª Divisão do Campeonato Carioca. O gol da partida foi marcado aos 19 minutos da primeira etapa, com Evandro cobrando falta.
Apesar do resultado magro, o Tupi foi superior à equipe adversária durante todo o jogo. Aos 14 minutos, Michel Cury encontrou Rafael Paty na meia-lua. O atacante ficou frente a frente com o goleiro Jefferson, mas chutou para fora. Um minuto depois, o Tupi chegou com perigo pela esquerda, mas a zaga conseguiu afastar. Pouco depois, aos 19, a rede do Municipal balançou. Michel Cury sofreu falta próxima à área. Evandro bateu rasteiro, com força, e abriu o placar para o Tupi.
O Serrano pouco incomodava. A melhor jogada do primeiro tempo do time de Petrópolis também foi em cobrança de falta. Aos 36, Júlio fez cobrança da intermediária e o brigou o goleiro Rodrigo a colocar a bola para escanteio.
A partida caiu em qualidade na segunda etapa. Mesmo assim, o Galo Carijó continuou melhor. Aos 10 minutos, Yan foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro. Ramon, na risca da pequena área, concluiu por cima da trave, para desespero dos cerca de 300 torcedores que compareceram ao Municipal. Pouco depois, aos 15, o árbitro anulou gol do Tupi alegando impedimento do atacante Ramon. Pouco a pouco, os jogadores titulares foram sendo substituídos para experiências dos dois treinadores. Com isso, o jogo ficou mesmo com o placar de 1 a 0 para o Tupi.
Time definido
Como de costume neste início de temporada, o técnico Leonardo Condé aproveitou o amistoso para observar os jogadores do elenco carijó, fazendo dez substituições no segundo tempo. Segundo ele, o duelo contra o Serrano serviu para tirar as últimas duas dúvidas em relação ao time que deve entrar em campo na estreia do Mineiro. “Dentro do nosso objetivo, que era movimentar os jogadores, foi válido. Mas sabemos que temos que melhorar. Temos essa semana de treinamento e vamos fazer alguns ajustes na equipe. Tínhamos uma ou duas dúvidas que acabei de tirá-las. Agora é lapidar o time para que a gente chegue em uma condição boa para a estreia (…) Já tenho a equipe da estreia na minha cabeça”, afirmou o treinador.
Turma do Amendoim
Não é só o técnico Luiz Felipe Scolari que sofre com a marcação de parte da torcida, ala palmeirense que chamada de “Turma do Amendoim”. Apesar da presença de poucos torcedores, pelos menos três deles roubaram a cena com críticas direcionadas ao elenco e à comissão técnica do Tupi. Nada que tire a determinação de Condé antes do início do Campeonato Mineiro. “O torcedor é passional. Se o time está ganhando, está tudo certo. Se está perdendo, está tudo ruim. É assim em Juiz de Fora ou em qualquer outro lugar do Brasil. Mas é claro que a gente espera que a torcida do Tupi seja um diferencial. Somos muito fortes jogando em Juiz de Fora, não só pelo campo, mas também por seu fiel torcedor”, comentou Condé.
Ficha Técnica:
Tupi: Rodrigo (Tiago Braga), Levy (Felipe) (Lucas Silva), Wesley Ladeira, Fabrício Soares (João Júnior) e Fabiano (Vitor); Marcel (Assis), Michel (Renan), Claudinho Baiano (Felipe China) e Michel Cury (Edílson); Evandro (Ramon) e Rafael Paty (Yan). Técnico: Leonardo Condé.
Serrano: Jefferson, Joel, Vitor, William (Bruno Aguiar) e Raí; Bruno Altomar (Felipe), Yago (Edivam), Ricardo, Júlio e Marcos Vinícius (Pavão); Ramon. Técnico: Duílio Dias.
Solidariedade
Os torcedores não pagaram ingresso, mas puderam ajudar famílias que passam dificuldades em Petrópolis, na região serrana do Rio, em função da tragédia provocada pelas chuvas. Alimentos e roupas foram doados, e serão encaminhados à cidade serrana.
Preocupação
A preocupação da diretoria agora é a regularização de dois reforços que estavam no exterior. O titular Michel Cury, cuja documentação precisa vir da Eslováquia, e Edilson, cujo fax liberatório precisa chegar de um clube da Armênia.
Texto: Thiago Stephan e Ivan Elias