Nas ruas de Juiz de Fora e nas redes sociais está nítido o abatimento do torcedor do Tupi em relação ao clube. Existia esperança por boas apresentações do clube na Série B, depois de anos buscando o acesso. Desiludida após a goleada sofrida diante do Bahia, em Salvador, na última rodada, a torcida já parece não acreditar em uma reação alvinegra.: vide o público de 102 pagantes na última partida que o Galo fez em casa.
Apesar do desânimo nas arquibancadas – e do perceptível abatimento do elenco – as estatísticas ainda não dão o Tupi como rebaixado à Série C do Campeonato Brasileiro. Faltam oito rodadas para o final da Série B e o time do técnico Ricardinho pode chegar aos 50 pontos, caso vença todas as partidas restantes. Essa pontuação garantiria a permanência na Segunda Divisão, mas uma arrancada é improvável.
A matemática aponta 47 pontos como garantia de não rebaixamento, mas, na prática, 45 são considerados suficientes. Até a 30ª rodada, o Tupi acumula 26 pontos, com 6 vitórias, 8 empates e 16 derrotas. Pensar em uma sequência salvadora é imaginar que a equipe conseguirá mais que dobrar o número de triunfos já conquistados.
O que também pode acontecer é o ponto de corte ser menor do que nos anos anteriores. As equipes que estão acima do Tupi na tabela não vencem há várias rodadas: Oeste: nove jogos; Bragantino: seis jogos; e o Joinville, rival direto na luta contra o rebaixamento, também vive jejum de vitórias há nove partidas.
De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o Tupi é o time com maior probabilidade de descenso, com 94,3%. Esse dado pode assustar em vista de que o Sampaio Corrêa é lanterna da competição e aparece com 89,9%. Entretanto, os maranhenses têm um joga atrasado (contra o Vila Nova – válido pela 28ª rodada).
A sequência do Tupi tem mais quatro jogos em Juiz de Fora. Depois de visitar o Avaí na próxima rodada, o Galo recebe Sampaio Corrêa e Vila Nova. Os confrontos seguintes são contra Ceará (fora), CRB (casa), Atlético-GO (fora), Náutico (casa) e Paraná (fora).
Texto de Cérix Ramon, do Toque de Bola, com supervisão de Ivan Elias, do Toque de Bola
Fotos: Tupi FC
Arte: Toque de Bola
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