Tupi paga para jogar. De novo

Juiz de Fora (MG), 18 de fevereiro de 2011

Se dentro de campo o Tupi conseguiu se recuperar no Campeonato Mineiro ao vencer o Democrata, por 4 a 3, nas arquibancadas do Estádio Municipal o Alvinegro continua perdendo. O dinheiro arrecadado com os 1.034 torcedores que pagaram para ver o Carijó jogar no último sábado, 12, não foi suficiente nem mesmo para pagar as despesas com o jogo, assim como aconteceu contra o Villa Nova, na estreia do Campeonato Mineiro. Dessa vez, a receita bruta com a venda de ingressos foi de R$ 5.432, enquanto que as despesas atingiram a cifra de R$ 12.726,74. Com isso, o Tupi teve prejuízo de R$ 7.294,74 para jogar em casa.

O borderô do jogo publicado no site da Federação Mineira de Futebol (FMF)  mostra que o clube pagou R$ 5.249,74, ficando devendo R$ 2.045. Entretanto, o gerente de futebol do Tupi, Pitti, informou nesta quarta-feira, 16, que a dívida foi paga na última segunda-feira, 14, através de depósito bancário.

Se somados os dois jogos em Juiz de Fora, o Galo já teve que desembolsar R$ 8.577,22 somente para pagar as despesas com a FMF. Pitti explica que existem ainda outras despesas, como as com os quadros móveis do Estádio Municipal e da Liga de Futebol de Juiz de Fora, que, somadas, chegam a R$ 2.900 nas duas partidas do Tupi em casa.

A conta

Foram vendidos 163 ingressos de arquibancada a R$ 12, totalizando R$ 1.956. O número de torcedores que pagaram meia entrada (R$ 6) foi de 521, que somados contribuíram com R$ 3.126. Houve ainda a venda de 350 ingressos a R$ 1 – bilhetes enviados pela Federação Mineira de Futebol para serem repassados a empresas patrocinadoras -, totalizando R$ 350. Somando as receitas, chega-se à renda de R$ 5.432.

As despesas que o clube tem que arcar quando disputa a 1ª Divisão do Campeonato Mineiro são divididas em três partes. Na primeira, chamada de B1, o Tupi pagou R$ 2 mil de remuneração para o quadro móvel da Federação Mineira de Futebol (FMF) e mais R$ 400 que correspondem à taxa de 20% sobre a remuneração do quadro móvel para o pagamento do INSS, totalizando R$ 2.400.

Na B2, consta o pagamento de 8,5% da renda do jogo à FMF, o que corresponde a R$ 461, 72. À Liga de Futebol de Juiz de Fora foi pago 1,5% da arrecadação – R$ 81,48, e ainda 165,44 do Seguro Torcedor. As três taxas da B2 totalizam R$ 708,64.

Na B3, a despesa é ainda maior. Foram recolhidos 5% sobre a receita bruta: R$ 271,60. As despesas para a confecção dos talões de ingressos (70) somaram R$ 332,50. Com a taxa de participação do Campeonato Mineiro, que inclui as despesas com os profissionais da arbitragem e a taxa para a realização dos exames antidoping, o Tupi desembolsou R$ 7.914 e, com diárias e transporte das autoridades, mais R$ 1.100. Ao todo, a B3 atingiu a cifra de R$ 9.618,10.

O somatório das três parcelas totalizou R$ 12.726,74, valor R$ 7.294,74 maior que a renda obtida com a venda de ingressos para o jogo.

Texto: Thiago Stephan

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