Tupi levanta lances polêmicos e diretor vai à FMF: “Agora é guerra”. Bugre também reclama

Se as atuações da arbitragem nas últimas rodadas da Série A vêm sendo um dos temas mais abordados nas mesas de debate esportivo durante a semana, em Santa Terezinha a revolta é a mesma. Após novo lance polêmico em partida do Tupi, desta vez em toque de mão dentro da área do Guarani não marcado pelo árbitro Devarly Lira do Rosario (ES), o vice-presidente do Conselho Gestor alvinegro, Cloves Santos, criticou a Federação Mineira de Futebol e prometeu protesto presencial.

“Espero que a arbitragem faça greve. Quero que eles parem, porque para fazer essas palhaçadas aqui é melhor parar. Quem tem que procurar os direitos do Tupi é a Federação Mineira de Futebol e eu sempre critico a FMF porque é omissa com o Tupi em relação a esse tipo de coisa. Tem um observador e uma série de situações que a gente paga para que, em caso como esses, a Federação nos represente. Então a minha crítica vai para a Federação Mineira, já cansei de CBF, nem posso chegar na CBF fazendo isso, tenho que ir representado pela Federação e acho que está tendo uma omissão muito grande em relação ao Tupi, não só nesse jogo”, avaliou Santos, emendando:

“Mais uma vez vou na Federação Mineira e falar tudo o que tenho pra de dizer. Agora não tem mais harmonia, agora é guerra. Vou cobrar e colocar nomes. Quero que o Giuliano Bozzano, que é o representante da FMF, vá na CBF, prove que foi na CBF, pegue os lances do Tupi e coloque no jornal para todo mundo ver. Porque depois vamos disputar um acesso, como aconteceu contra o Paysandu, a gente é roubado porque não tomamos providências aqui. Só que ficamos de mãos e pés atados. Isso está infelizmente nas mãos de terceiros, não cabe só ao Tupi”.

Árbitro da Federação Capixaba de Futebol não deu pênalti claro para o Tupi e invalidou gol do Bugre de jogador em posição duvidosa
Árbitro da Federação Capixaba de Futebol não deu pênalti claro para o Tupi e invalidou gol de jogador do Bugre em posição duvidosa (Foto: Léo Comello)

Os lances

Em contato feito pelo Toque de Bola nesta terça-feira, 18, Santos garantiu estar finalizando o agrupamento das jogadas com erros de arbitragens contra o Galo Carijó: “Primeiro estamos levantando os lances. Tem um pênalti em Guaratinguetá, um contra o Londrina sobre o Daniel Morais, o do Tombense, a mão no jogo do Guarani e outros ainda. O Júlio (Cirico, auxiliar técnico) está me ajudando a separar esses lances e então iremos até a Federação”, explicou.

A expectativa do diretor juiz-forano é a de que até na próxima semana ocorra a conversa com a FMF.

Bugre também reclama

Nenhuma equipe saiu satisfeita com a arbitragem de sábado no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Em entrevista ao Toque de Bola após o jogo, o comandante do Guarani. Paulo Roberto Santos, que já atuou pelo Carijó na década de 80, viu influência direta dos profissionais do apito:

Hoje técnico do Guarani, Paulo Roberto Santos já foi comandado por Geraldo Magela defendendo o Carijó
Hoje técnico do Guarani, Paulo Roberto Santos já foi comandado por Geraldo Magela defendendo o Carijó

“Não podemos deixar de enaltecer a qualidade do Tupi, uma equipe que faz a campanha que faz desde o início da Série C não é por acaso, tem qualidade, mas no jogo em si, o árbitro errou em um lance de pênalti para o Tupi em que a bola foi na mão do nosso zagueiro, errou na mesma situação em uma bola na mão do zagueiro do Tupi. Então errou para os dois lados em penalidades, e ainda deu dois impedimentos escandalosos no primeiro tempo onde o adversário passou todo o tempo fazendo linha de impedimento e nunca vi no futebol mundial um time que tenha 100% de aproveitamento nas linhas de impedimento. Isso não existe e ficou caracterizado pela TV. Então houve interferência do árbitro no resultado direto da partida”, analisou o treinador da equipe paulista.

Passado carijó

Em 1983, no início da “era Maurício Baptista de Oliveira”, o Tupi voltava à elite do futebol mineiro. Entre as contratações para meados da década estava o atleta Paulo Roberto Santos, hoje técnico do Guarani. Confundido em seu retorno à Juiz de Fora por carijós com o lateral do Atlético Mineiro, Paulo Roberto, pai do defensor do Alvinegro juiz-forano, Paulo Roberto Jr., o comandante do Bugre relembrou sua passagem pela Manchester Mineira:

“Tivemos a oportunidade de trabalhar naquela época aqui, de 1985, 86, no acesso do Tupi. Estava na segunda divisão pelo Flamengo de Varginha, e tinham três equipes daqui disputando a segunda divisão do Mineiro: o Tupynambás, Tupi e Sport. Na formatação do elenco para  a primeira divisão do Mineiro fui trazido pelo falecido Geraldo Magela, que era treinador da época, e que fiquei sabendo por coincidência hoje (sábado) que nos deixou. Naquela época estivemos aqui e fizemos alguns amigos”, rememorou o treinador.

 

Texto: Bruno Kaehler – Toque de Bola

Fotos: Léo Comello e Toque de Bola

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