Carijó inicia ano do centenário com derrota por 1 a 0 para a Caldense

Poços de Caldas (MG), 30 de janeiro de 2012

O Tupi começou o ano do centenário com derrota no Campeonato Mineiro. O time juiz-forano foi até Poços de Caldas neste domingo, 29, enfrentar a Caldense e acabou derrotado por 1 a 0. O gol da partida foi marcado aos 41 minutos da segunda etapa. O lateral-direito Rodrigo Dias cruzou para a área. Max subiu mais alto que a defesa carijó e tocou de cabeça no cante direito do goleiro Vitor Hugo. O goleiro substituiu Rodrigo na segunda etapa, após o arqueiro titular sofrer entorse no tornozelo ao pisar em um buraco do gramado do Ronaldão.

Ao final da partida, o treinador Alexandre Grasseli disse à Rádio Globo que “há jogos em que somos derrotados e há jogos em que nós perdemos, hoje nós perdemos, deixamos escapar”. O técnico não considera que a derrota tenha sido um castigo por uma postura muito defensiva da equipe alvinegra. “Não fomos uma equipe covarde”. Sem lamentar muito o resultado, Grasseli disse que sentiu no vestiário, “no olho dos jogadores”, que a semana de trabalho será muito proveitosa para que contra o Nacional, de Nova Serrana, sábado, dia 4, o torcedor seja premiado no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

O Nacional tem vários jogadores que pertencem ao Cruzeiro, clube em que Grasseli trabalhava até ser contratado pelo Tupi. “É um time novo, rápido, mas o Tupi vai apresentar um volume de jogo maior do que apresentou aqui em Poços de Caldas”. Considerando o primeiro jogo oficial da temporada, Grasseli não criticou o sistema defensivo da equipe, mas viu que “o ataque poderia ter trabalhado melhor a bola”.

  Veja matéria enviada pela assessoria de imprensa do Tupi:

Em partida disputada na tarde deste domingo (29/janeiro) no Estádio Ronaldo Junqueira em Poços de Caldas (sul do Estado) o Tupi perdeu para a Caldense por 1 a 0, na estreia do Campeonato Mineiro. O gol adversário foi marcado, aos 41 minutos do segundo tempo, por Max, de cabeça. “Poderíamos ter conseguido um bom resultado, mas deixamos escapar a oportunidade”, resumiu o técnico Alexandre Grasseli. O próximo jogo do Galo é no sábado (4/fevereiro), em Juiz de Fora, contra o Nacional/Nova Serrana, às 17h no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

No primeiro tempo em Poços de Caldas, o Tupi teve, conforme definiu o treinador, um comportamento normal de estreia, com um pouco de nervosismo. Aos 31 minutos, a melhor chance de gol: após uma boa troca de passes entre Jailton, Leo Salino e Allan, Ademilson não conseguiu completar o cruzamento do companheiro de ataque.

Na etapa final, logo aos dois minutos, o mesmo Ademilson perdeu uma outra chance, abafado pelo goleiro Gleison. Com o tempo, no entanto, as oportunidades rarearam, para ambos os lados. E quando o resultado parecia ser mesmo o empate, um cruzamento da direita encontrou o centroavante Max, que não perdoou.

O Tupi jogou e perdeu com Rodrigo (Victor Hugo), Flávio, Sílvio, Wesley Ladeira e Fabrício Soares; Assis, Jailton (George), Leo Salino e Michel Cury (Henrique); Allan e Ademilson. Técnico Alexandre Grasseli.

A Caldense atuou com Gleison, Rodrigo Dias, Fábio Paulista, Vinícius e Thiago Fernandes (Yan); Maxwel, Jardel, Eberson (Mário) e Renatinho (Fábio Neves); Max e Luizinho. Técnico: Ademir Fonseca.

Árbitro: Josué Otaciano dos Santos, auxiliado por Breno Rodrigues e Ricardo Vieira Rodrigues

Cartões amarelos: Jailton, Flávio e Leo Salino (Tupi), Vinicius, Renatinho e Fábio Paulista (Caldense)

Renda: R$ 31.155,00

Público: 2.832 pagantes

  Alan faz o jogo 100 e Rodrigo sofre primeira contusão 

No jogo deste domingo (29/janeiro) contra a Caldense (derrota por 1 a 0) duas curiosidades: o atacante Allan, o “xodó da torcida” fez seu centésimo jogo com a camisa Carijó e o goleiro Rodrigo, de apenas 21 anos, “deu chance” pela primeira vez a um reserva – e forçosamente, já que se contundiu (uma torção violenta no tornozelo esquerdo).

Allan estreou pelo Galo em 8 de fevereiro de 2006, empate contra o Juventus em Minas Novas. Nesses 100 jogos muitas alegrias, entre elas: o gol contra o mesmo Juventus, em maio de 2006, que levou o Tupi de volta à Primeira Divisão de Minas Gerais; e as conquistas da Taça Minas, em 2008, e da Série D do Campeonato Brasileiro, em novembro de 2011 (com direito a gol na final, contra o Santa Cruz, em Recife-PE). Neste período, Allan marcou 26 gols.

Já Rodrigo, desde que chegou ao Galo, no segundo semestre de 2010, jogou todas as 33 partidas do Carijó: na Série D do campeonato Brasileiro daquele ano, Mineiro e Série D de 2011.

Sobre a contusão sofrida, não preocupa. Logo após a partida, Rodrigo começou o tratamento. Uma nova avaliação no local será feita nesta segunda-feira (30/janeiro)

Atlético, “Américas” e Villa Nova  vencem

O Atlético venceu o Boa Esporte por 2 a 0, em Sete Lagoas (gols de André, aos 10 e Bernard aos 38 minutos do primeiro tempo), pela primeira rodada do Campeonato Mineiro. Com um saldo de gols menor, Villa Nova (que bateu o Guarani, em Divinópolis, por 2 a 1, dois gols de Alex contra um de Ely Thadeu), América/TO (que venceu o Uberaba, em Uberaba, com um gol de Sandro Costa) e Caldense (que bateu o Tupi por 1 a 0, gol de Max), também somaram três pontos.

Na noite deste domingo, com início as 19h30, Democrata-GV 1×3 América-BH, em Governador Valadares. Pelo maior número de gols marcados em relação ao Atlético, o América já assumiu a liderança. A primeira rodada só será completada no dia 16 de fevereiro, com o jogo Nacional-NS e Cruzeiro.

 Veja programação da semana no Tupi:

Segunda-feira (30/janeiro)

16h – Treino físico para os atletas que não viajaram a Poços de Caldas, em Santa Terezinha

Terça-feira (31/janeiro)

14h30 – reapresentação em Santa Terezinha, seguindo para trabalhos de musculação, na Academia Higéia

Quarta-feira (01/fevereiro)

9h – Treino tático, em Santa Terezinha

16h – Treino tático, em Santa Terezinha

Quinta-feira (02/fevereiro)

16h – Treino tático, em Santa Terezinha

Sexta-feira (03/fevereiro)

9h – Treino técnico-tático, em Santa Terezinha

13h – Início da concentração, no Hotel Ritz

Sábado (04/fevereiro)

9h – Treino físico para os atletas que não foram relacionados para a partida contra o Nacional, em Santa Terezinha

17h – Jogo Tupi x Nacional/Nova Serrana, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora

Tupi bem mineiro

Quando a bola rolar neste domingo, 29, em Poços de Caldas, para Caldense x Tupi, 16h, no Estádio Ronaldo Junqueira, dando início ao campeonato mineiro, e também durante o torneio, se alguém (como é comum entre os narradores de futebol) disser “os mineiros do Tupi…” não estará usando apenas uma força de expressão: o Galo de Juiz de Fora é um time genuinamente mineiro e nada menos que 17 jogadores do elenco nasceram nas Gerais.

Para se ter uma idéia do significado disso – e para ficar apenas nos exemplos dos principais times da capital – no Atlético são oito os nascidos por aqui e no Cruzeiro apenas três. No Galo Carijó há ainda dois quase mineiros e, sendo assim, apenas seis são de fato “estrangeiros”.

Os mineiros do Tupi: Paulo Vitor (nascido em Muriaé), Victor Hugo (Belo Horizonte), Flávio (Paracatu), Wesley Ladeira (Cataguases), Fabrício Soares (Salto da Divisa), Douglas Costa (Juiz de Fora), Michel Benhami (JF), George (Belo Horizonte), Lucas Silva (Juiz de Fora), Leo Salino (JF), Michel Cury (Divinópolis), Ulisses (Belo Horizonte), Bruno (Juiz de Fora), Maguinho (JF), Renan (Belo Horizonte), Allan (Juiz de Fora) e Cassiano (também nascido em JF).

São quase mineiros: Ademilson (fluminense de Itaguay, mas cidadão honorário de Juiz de Fora) e Paulinho (amazonense de Manaus, mas que vive em Belo Horizonte desde menino).

Os “estrangeiros” do Galo: Rodrigo (fluminense de Niterói), Sílvio (fluminense de Nova Iguaçu), Carlão (paranaense de Maringá), Assis (paulista de Assis), Henrique (baiano de Itabuna) e Jefferson (nascido no Rio de Janeiro).

O técnico Alexandre Grasseli é capixaba, de Cachoeiro de Itapemirim.

   As mudanças em relação ao campeão brasileiro

O Tupi mantém boa parte da equipe que conquistou, no segundo semestre do ano passado, o histórico título brasileiro da Série D diante do Santa Cruz, com duas vitórias – 1 a 0, gol de Ademilson, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, e 2 a 0, gols de Allan e Henrique, no estádio conhecido como Mundão do Arruda, diante de mais de 60 mil torcedores – parte da crônica pernambucana fala até em mais de 70 mil.

A principal mudança foi conhecida de maneira “torta”. Enquanto elenco, Comissão Técnica e dirigentes comemoravam o título, numa churrascaria próxima ao hotel, em Recife, o site do Volta Redonda anunciava a contratação do treinador Ricardo Drubscky. O técnico já havia acertado sua transferência, mesmo depois de informar à imprensa a sua renovação de contrato, a dez dias da finalíssima. A “bomba” pegou os torcedores de surpresa. Na volta a Juiz de Fora, Drubscky confirmou sua saída, em entrevista coletiva concedida no Estádio Salles Oliveira, antes da carreata que parou a cidade na hora do almoço, em 22 de novembro.

Em dezembro, foi anunciado o nome de Alexandre Grasseli, ex-técnico da categoria sub-20 do Cruzeiro, com passagens como auxiliar técnico dos profissionais da Raposa. Na coletiva de apresentação, Grasseli rechaçou qualquer temor por não ter experiência em equipes profissionais. “Quem conhece o meu trabalho sabe que busco sempre as primeiras colocações e tenho resultados e conquistas ao longo da carreira”. Também na apresentação de Grasseli, o dirigente José Roberto Maranhas destacou: “O Tupi sempre apostou em trabalhos, mais do que em nomes. O próprio Drubscky não tinha títulos como técnico de profissionais antes de passar pelo clube”.

Outras baixas, entre titulares ou quase, no elenco foram: o lateral-direito Marquinho, destaque na reta final da Série D; o lateral e meia Augusto e o meia Luciano Ratinho; a revelação Vitinho, que não era titular absoluto mas cresceu muito nos jogos finais da campanha na Série D; o apoiador Marcel, que subiu muito de produção no Brasileiro, inclusive marcando gols.

Alguns nomes que mais se projetaram ou até já têm a condição de ídolos da torcida permaneceram. É o caso do goleiro Rodrigo, do zagueiro Wesley Ladeira, um “leão” nos jogos finais contra a equipe pernambucana; e os atacantes Allan e Ademilson, fundamentais pela experiência nos momentos de maior pressão no Arruda, e em jogos difíceis de fases anteriores, especialmente os chamados mata-mata, diante de Volta Redonda e Anapolina.   Henrique, uma espécie de 12º jogador, fundamental nos 2 a 0 em Recife, é outro que permanece.

Dos reforços contratados, a maioria já é conhecida do torcedor. O zagueiro Fabrício Soares e o meia Michel Cury disputaram o Campeonato Mineiro do ano passado pelo Tupi, e o apoiador Léo Salino também já vestiu a centenária camisa carijó.

O setor mais modificado em relação ao time que encerrou 2011 é o meio-campo. Com as saídas de Marcel, Vitinho e Luciano Ratinho e a contusão inesperada de Michel, que atua na lateral-esquerda e na meia, Jailton, Léo Salino e Michel Cury já chegaram vestindo a camisa titular.

A lateral-esquerda transformou-se no maior ponto de interrogação. Com a saída de Augusto, a contusão de Michel e o pedido de dispensa de Vander, conhecido de Allan, seu ex-companheiro do Águia, de Marabá, só nesta semana o Tupi anunciou um nome para a posição. Trata-se de Carlão, com experiência internacional até em Taça Libertadores, mas cuja inscrição na Federação Mineira não ocorreu a tempo. As opções são o zagueiro Fabrício Soares, que já atuou na posição, e o jovem Bruno, revelação da base, mas originalmente jogador de meio-campo.

Fora de campo, a diretoria tem se esforçado em subir degraus em busca de mais profissionalismo. A equipe realizou uma pré-temporada em Ubá, no Centro Esportivo Ubaense, por um período de 12 dias. Além da dispensa de Vander, o zagueiro Wesley, que veio do Cruzeiro, também saiu do elenco antes de ter estreado, sem maiores explicações.

Outra “mexida” dos dirigentes foi o lançamento de duas campanhas voltadas aos torcedores, em busca de novas fontes de arrecadação. Na “Guerreiros Carijós”, os 173 torcedores que se dispuseram a pagar R$ 300, parcelados em até 12 vezes, terão o seu nome estampado na camisa que o Tupi vai vestir no sábado, 4, diante do Nacional, de Nova Serrana, em Juiz de Fora. Outra campanha é uma espécie de sócio-torcedor, em que por uma contribuição mensal, o torcedor passa a ter o direito de assistir a todas as partidas com mando de campo do Tupi no Mineiro e no Brasileiro da Série C, podendo ainda frequentar a sede social.

Grasseli “divide” o Estadual em etapas

O técnico do Tupi Futebol Clube, Alexandre Grasseli, deu mostras que é um estrategista ao dividir os compromissos do time no campeonato mineiro por etapas. Ele não faz contas, de quantos pontos é preciso conseguir para chegar à semifinal, mesmo porque considera que o torneio será bastante equilibrado, mas garante que mesmo num campeonato curto é preciso galgar fases. Para isso, ele conta com a vibração do elenco Carijó. “Estou impressionado, nesse ponto tempo que estou em Juiz de Fora, com o quanto o clube, os jogadores e todos aqui em Santa Terezinha encarnam essa energia positiva. O Tupi é realmente uma paixão”.

Sobre as etapas a serem cumpridas, o treinador é bem didático: “Temos três compromissos bastante difíceis logo no início: Caldense (neste domingo em Poços de Caldas), Cruzeiro em Sete Lagoas e Nacional/Nova Serrana, uma equipe que tem que ser olhada com respeito, a seguir, em casa. Depois um longo período, de 25 dias, com apenas um jogo (Uberaba, em casa). Na sequência faremos os cinco jogos que vão dizer o que realmente almejamos no campeonato: Boa, Villa Nova e Guarani (em casa), e os dois Américas, Teófilo Otoni e Belo Horizonte (Fora). Por fim, um jogo dificílimo em Governador Valadares (contra o Democrata) e o grande rival Atlético em Juiz de Fora”.

Textos:  Toque de Bola e assessoria Tupi

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Ivan Elias

Ivan Elias, associado do Panathlon Club de Juiz de Fora, é jornalista, formado em Comunicação Social pela UFJF. Trabalhou por mais de 11 anos no Sistema Solar de Comunicação (Rádio Solar e jornal Tribuna de Minas), em Juiz de Fora. Participou de centenas de transmissões esportivas ao vivo (futebol, vôlei, etc). Apresentou diversos programas de esporte e de humor, incluindo a criação de personagens. Já foi freelancer da Folha de S. Paulo, atuou como produtor de matérias de TV e em 2007 e 2008 “defendeu” o Tupi, na Bancada Democrática do Alterosa Esporte, da TV Alterosa (SBT-Minas). Criou, em 2010, ao lado de Mônica Valentim, o então blog Toque de Bola que hoje é Portal, aplicativo, Spotify, Canal no Youtube e está no Twitter, Instagram e Facebook, formando a maior vitrine de exposição do esporte local É filiado à Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) e Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (Abrace).

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