Quinto jogo no Campeonato Mineiro. Quinta escalação. A entrada do bem recomendado Bruno Paiva no meio-campo, na vaga de Marcel (desde o início) é a nova aposta do Tupi, em busca do primeiro gol, da primeira vitória e da fuga das últimas posições.
O jogo contra a URT, de Patos de Minas, começa às 10h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Não, você não leu errado. O jogo começa, de fato, às 10h (durante a semana, a partida já esteve anunciada para as 16h e depois para as 11h, “parando” em 10h, que acabou se tornando o horário definitivo.
Depois de três jogos sob o comando de Eder Bastos e um na dupla batuta do contratado Aílton Ferraz e do auxiliar-técnico Ricardo Leão, a partida do sábado de carnaval pode ser considerada a primeira da “carreira solo” de Aílton no futebol mineiro, e a estreia diante do torcedor, em Juiz de Fora.
Mesmo ressaltando a qualidade do adversário, que começa bem o estadual com duas vitórias e dois empates, Aílton não quer desperdiçar a terceira oportunidade da equipe nos jogos como mandante – já perdeu para o Tombense na estreia e foi goleado pelo Cruzeiro na terceira rodada: “Dentro de casa nós temos que comandar”, afirma o comandante, em entrevista após a atividade final antes do encontro.
Para tentar tirar a pressão dos ombros dos jogadores, as opções apresentadas na semana foram “puxar” para ele, treinador, toda a responsabilidade, e chamar para conversas particulares dois jogadores, que não tiveram os nomes revelados, que estariam sem dormir, tamanha a cobrança por um desempenho melhor do Carijó nas quatro linhas.
Confira entrevista do treinador Aílton Ferraz, antes de sua primeira partida em Juiz de Fora como treinador do Tupi:
Depois de uma semana cheia de trabalho depois que você chegou, maior conhecimento do elenco, expectativa para o jogo contra a URT? Decisivo?
Aílton Ferraz: Jogo muito difícil. Acompanhei muito bem a equipe da URT e sabemos das dificuldades que vai encarar. Mas esta semana deu para fazer alguns ajustes, algumas correções também do jogo passado. Focamos muito em finalização. Precisamos fazer gols. Não adianta fazer gol e perder, tem que fazer gol e ganhar. Por isso também trabalhamos muito a parte defensiva. Acho que os ajustes e os encaixes foram bem proveitosos. A gente pensa numa boa vitória, porque é isso que vai dar uma consistência maior para todos nós. Falei para os jogadores que eles não têm que carregar peso, para acreditarem neles porque eu que escalo. Então, se eu escalei, a confiança é total. Para que eles possam ter liberdade de jogar o seu futebol. Eles sabem da importância de ganhar. Não cabe a mim cobrar mais porque já foram muito cobrados. É colocar em prática tudo que foi treinado, conversado, para que a gente consiga a primeira vitória dentro do campeonato. Ainda mais um jogo em casa. Já perdemos duas em casa e sem dúvida esse jogo é mais uma decisão para nós. Vamos em busca da vitória.
Qual o objetivo com a saída do (volante) Marcel e a entrada de (meia) Bruno no meio-campo? Mais velocidade?
Aílton Ferraz: Bruno entrou no jogo passado. Não é a função dele. Colocamos porque eu e Ricardo (Leão, auxiliar) entendemos que era preciso entrar da forma como ele entrou. Agora, na semana, demos um ajuste melhor de posicionamento. Mudamos um pouco para que ele possa render aonde ele sabe jogar. Com isso, mexemos em algumas peças para fazer esse encaixe tático dentro da equipe. Agora é transferir isso para dentro do campo. O adversário é muito difícil, mas dentro de casa nós temos que comandar. É o campo nosso, diante da torcida, e precisamos da vitória. Não vou falar que é a qualquer custo porque senão você vai de qualquer maneira. Mas precisamos da vitória com bastante determinação, raça, e sabendo que essa vitória nos deixa numa posição muito boa. Vindo essa vitória, vamos começar a pensar de uma forma diferente. Para que o clube possa respirar um pouquinho mais.
Como evitar um pouco a pressão dos jogadores numa situação difícil como essa? Time não venceu, não marcou gols e pega um adversário bem colocado na classificação?
Aílton Ferraz: Puxando tudo para mim. Puxei a carga toda para mim, deixando eles à vontade para jogar o futebol. Porque a responsabilidade cada um deles sabe. A cobrança cada um se cobra. Teve dois atletas que eu tive que conversar pessoalmente. Não sou psicólogo. Mas tenho alguns cursos dentro da profissão que ajudam bastante. Detectei eu dois não estavam dormindo por estarem se cobrando demais. E logo depois da conversa vi uma resposta melhor. Acho que por isso é bom você conversar e chamara parra você a responsabilidade, para que eles possam se sentir um pouco mais confortáveis dentro de campo e poderem render aquilo que eles sabem. Às vezes o atleta não rende porque ele se cobra demais. Eu sei disso porque sou um ex-atleta. Eu era assim comigo, mas tinha uma personalidade muito boa e isso me ajudava. Quando a gente não vê essa personalidade em alguns atletas, procuramos passar isso para eles. Trazendo a personalidade para mim, o treinador, porque eu acredito neles. Tenho certeza de um jogo melhor, já fizemos um bom jogo contra o Tricordiano. Confio e creio num jogo melhor ainda contra a URT, e com vitória
O que sabe da URT?
Aílton Ferraz: Vi todos os jogos deles na competição. Fizemos pontos positivos e negativos. O Alan foi meu jogador no Volta Redonda. Carlinhos foi destaque no Rio de Janeiro, bom jogador, habilidoso. O restante buscamos informações. É um time experiente, malandro, sabe jogar, perigoso em termos de transição,e procuramos trabalhar a semana em cima disso aí, focando em neutralizar os pontos forte e tirar proveito dos pontos negativos.
Jogos da quinta rodada do Campeonato Mineiro (Arte: Toque de Bola. Se preferir,clique na imagem para ampliar)
Classificação (Arte: Toque de Bola. Se preferir, clique na imagem para ampliar)
Jogos do Tupi no Campeonato Mineiro (Arte: Toque de Bola. Se preferir,clique na imagem para ampliar)
Texto: Toque de Bola
Artes: Toque de Bola
Fotos: Tupi – Leo Costa
Edição: Toque de Bola
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