A sexta, dia 25, foi dia de recomeçar para o Tupi e com contratação de treinador.
No início da tarde, o clube confirmou pela suas redes sociais a contratação de Ademir Fonseca para comandar a equipe no Módulo 2 do Campeonato Mineiro 2022. Esta é a quarta passagem do técnico por Santa Terezinha. Ele comandou o Carijó em 2000, 2009 e 2019.
Planos
A sexta também foi dia foi de divulgar, pela manhã, quais são os planos e próximos passos do clube. Após ir do arbitral do Módulo 2 do Campeonato Mineiro, confirmando sua participação no torneio, e anunciar a volta de Cloves Santos , o Tupi detalhou orçamento e o perfil dos aletas que quer contar. O Toque de bola esteve na coletiva e transmitiu ao vivo a apresentação da nova formatação da direção de futebol do Tupi.
Na nova configuração do futebol carijó, o vice-presidente da pasta, Jeferson Vitor, cuidará, ao lado do presidente Eloísio “Tiquinho” Siqueira, da atribuições mais ligadas à administração. Já o diretor de futebol, Adil Pimenta, ganha a companhia do gerente, Cloves Santos, no dia a dia do campo e bola. A ideia é que as decisões sejam tomadas em conjunto e responsabilidades divididas neste novo momento do Tupi.
Até quarta
O foco principal até o momento da coletiva era a contratação de um treinador, que mais tarde foi confirmado, e a montagem do elenco. Paralelamente, segue a reestruturação completa do departamento de futebol do Carijó.
“Conversamos com dez técnicos e, após o arbitral – no qual foi definida, por exemplo, a liberação do limite de idade -, o perfil ficou estabelecido, e reduzimos a lista para, por exemplo, três nomes principais que iremos focar. Temos algumas linhas para trabalhar: departamento médico, comissão técnica permanente e a questão do treinador, além da questão de logística. Vamos sentar agora para ver se fechamos essa questão da comissão técnica e o treinador para, quinta (dia 3 de março), fazermos essa programação”, explicou Santos.
Pimenta atrelou a escolha do treinador ao orçamento para a contratação. “Temos diversos nomes de treinadores. Como houve o arbitral na quarta e nos reunimos quinta, estamos como quando você vai comprar um carro. O quanto tem para comprá-lo? Vamos trabalhar em cima da realidade do clube e expor isso ao treinador que queremos. Caso ele se adeque, tomamos uma decisão. Claro que temos ideia de quem queremos, mas às vezes não se adéqua. Então conversamos com outro. Por isso até não temos como revelar no momento os nomes”, explicou.
Sem estádio?
Também na manhã desta a diretoria do Tupi recebeu a informação de que o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio estará indisponível durante um período de maio. Se isso se confirmar, o Carijó e o Tupynambás, que terão partidas marcadas nos dias de indisponibilidade na arena local, vão ter que buscar outro local para sediarem seus jogos.
“Fomos informados na quinta (dia 26) desta indisponibilidade. Seria entre os dias 8 e 20 de maio”, informou o vice de futebol, Jeferson Vitor. “Essa questão de maio me pegou de surpresa. O Tupi não poder jogar no Estádio em maio é um prejuízo técnico e financeiro. Ainda não sentamos com os representantes da Prefeitura, mas esperamos sensibilizá-los que os clubes da cidade não pode ficar sem jogar em sua casa. Não estamos criticando a administração municipal, ainda vamos conversar”, destacou Santos.
O Toque confirmou a informação de que o Estádio Municipal está pré-agendado para evento que pode ocorrer no período citado pelo vice-presidente de futebol do Tupi. Assim que obtivermos mais informações, atualizaremos esta matéria ou dedicaremos uma nova postagem ao assunto.
Perfil de atletas e orçamento
“Contrataremos atletas com identificação com o clube e a torcida. Temos até um projeto que será lançado futuramente que é da torcida participar, não só na questão do marketing, tem que ter um handcap também, de o torcedor trazer um 9. Então, claro que eu vou trabalhar sim com quem eu confio. Comissão técnica que acho vitoriosa. Estamos tentando treinador que conheça a realidade do clube, e atletas também. Com aquele meu caderninho que não mudou muito, mas com profissionais que estejam em atividade e bem. Muitos estão decaindo. O mapeamento está sendo feito no Módulo 1, no Carioca, na A2 e até na A1 do Paulista que tem atletas lá que querem vir para nos ajudar”, explica Santos.
Segundo o vice de futebol, o orçamento do Tupi para o Módulo 2 já tem um número a ser alcançado. “Estamos fazendo o levantamento, estivemos e ainda estamos tendo contatos com empresas para que elas possam se tornar parceira do clube nesta caminhada. Temos um entendimento daquilo que é custo para participar do campeonato, do que vai se gastar efetivamente, dentro de R$ 600 ou R$ 700 mil. Para toda a competição”, revelou Jeferson.
Volta leve
O presidente e o vice da pasta também falaram sobre o que motivou a opção pelo retorno de Santos ao processo decisório do futebol do clube. “Toda as pessoas que participaram de momentos positivos da história do clube, que se destacaram, são muito bem vindas. Precisamos entender o que foi feito naqueles períodos, tiramos algo que não foi adequado, e utilizamos a experiência dessas pessoas. Queremos unir. Quanto mais gente capacitada sentada aqui, melhor. Todos que se sentirem capacitados, ou tiverem vontade e humildade para aprender, como aprendemos todos os dias, as portas estão abertas. Venham conosco fazer um Tupi diferente”, disse Vitor. “Além da auditoria, conversei com inúmeras pessoas, dizendo que estamos de portas abertas para todos. Tive só informações boas sobre o Cloves. Negativas nada. Então, é mais um motivo para ele estar com a gente”, observou Tiquinho.
Santos também falou sobre o momento que deixou o clube, em busca de esclarecer porque dívidas do clube são atribuídas a ele. “Em 2015, o Tupi teve a maior cota da Copa do Brasil, chegando a quase R$ 1,5 milhão de recebimento. Com o acesso para 2016, ele teve a cota de TV, transmissão, mais outros patrocínios. Teve a maior receita do clube em 2016. Em março de 2016 eu saí do clube. Todas as dívidas, isso está comprovado pela auditoria, vieram após a minha saída. Quando saí, tinham pouquíssimas ações trabalhistas. Então não aceito nenhum tipo de colocação que alguma dívida do Tupi foi provocada por mim. Saí de lá com o clube positivo. É importante deixar isso claro. Volto leve com relação a isso”, afirmou.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: divulgação/Tupi; e Toque de Bola
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