Juiz de Fora (MG), 6 de outubro de 2011
Morreu, na manhã desta quinta-feira (06), a médica chefe do setor de oftalmologia do Hospital Monte Sinai e triatleta Beatriz Hollanda, 57 anos. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, Beatriz foi atingida por uma carreta, por volta das 10h40, na altura do Km 780, da BR 040 – quando tentava atravessar a via – próximo ao trevo de Lima Duarte – de bicicleta. Uma testemunha, que estava no local, teria dito que a atleta não viu a carreta. Ainda segundo informações da testemunha, o motorista tentou desviar, mas acabou atingido Beatriz.
Atendendo a um pedido da própria médica e triatleta Beatriz Hollanda, a família comunica que não haverá velório. No início da noite, foi divulgado que o corpo seria cremado na Santa Casa do Rio de Janeiro, não mais em Belo Horizonte, como informado à tarde.
Devido ao forte impacto e ao fato de o corpo da atleta ter sido arrastado e atingido por todos os eixos da carreta, a identificação foi difícil. De acordo com o inspetor Luís Heleno Lima Corrêa, os trabalhos de coleta de dados, por parte da Polícia Rodoviária Federal, foram realizados e o laudo fica pronto em cinco dias. A pista ficou interditada durante esta ação e, também, para a perícia da Polícia Civil, sendo liberada às 13h30 com a destinação do corpo de Beatriz Hollanda para o Instituto Médico Legal.
Para o inspetor, a prática de exercícios na estrada deve ser revista. “Andar de bicicleta em uma rodovia é algo extremamente perigoso. Não temos altos índices de acidentes, mas eles são recorrentes. Uma bicicleta, ao passar por um caminhão, sofre atração ou repulsão muito fortes, capazes de puxar contra os eixos ou jogar o condutor para fora da pista. Consideramos, assim, o local inadequado para o treinamento”, afirmou o inspetor.
Susto em acidente anterior
Este não foi o primeiro acidente da triatleta, que treinava desde os 33 anos. Segundo o responsável pela equipe Saúdeperformance, da qual Beatriz fazia parte, Marcos Hallack, há cerca de dois anos, um grande susto interrompeu as atividades da atleta. “Ela caiu da bicicleta, também na BR e teve a face destruída, perdeu dentes e teve até o couro cabeludo atingido. Mas, com muita força de vontade e após uma série de cirurgias, Beatriz se recuperou e teve coragem para voltar a treinar”, contou Marcos.
“Ela era um exemplo de determinação e uma amiga que fiz quando comecei a treinar, com 14 anos. Sei que ela plantou uma semente muito importante no esporte de Juiz de Fora e com certeza será sempre lembrada. Estou, realmente, chocado com este fato”, emocionou-se o também triatleta que se preparava para, com Beatriz, disputar uma prova de triathlon em Pirassununga. “Seria no próximo mês, no aniversário dela e Beatriz estava muito animada. Ela sempre cativou todas as pessoas com seu alto-astral”, ressaltou Marcos, lembrando que o exemplo de superação fica evidente quando se tem a informação de que Beatriz já teria declarado que era sedentária até os 33 anos e que só teria aprendido a andar de bicicleta aos 37 e, a nadar, aos 38.
Entre os títulos conquistados, Beatriz era tetracampeã carioca e mineira, octacampeã brasileira, bicampeã sul americana e pentacampeã panamericana na modalidade triathlon. No duathlon terrestre, a atleta foi campeã carioca. Já no duathlon aquático, Beatriz conquistou o título brasileiro. Ela fazia parte também do Ranking Prefeitura de Juiz de Fora de Corridas de Rua. Beatriz Hollanda era casada e deixa dois filhos.
Informações iniciais divulgadas no blog: TV Panorama e www.megaminas.com
Texto completo: Layla Guimarães – Jornal Ter Notícias – www.oterminal.com.br, com informações complementares da Assessoria Unimed Juiz de Fora
Ainda hoje sinto saudades desta pessoa incrível que foi a Dra. Beatriz Holanda , a acompanhei como estagiário por dois anos em seu consultório e no Hospital Bom Pastor , devo a esta mulher os primeiros conhecimentos na área de oftalmologia , ela não era apenas uma excelente professora , mas também amiga , humana , e transmitia uma energia positiva a todos que a rodeavam .Certa vez ela me disse que se sentia realizada pois , já tinha filhos , corrido maratona e plantado uma árvore , o que mais poderia querer? Que Deus a continue abençoando , e protegendo a sua família . Almir Ruiz
Beatriz deixa para o esporte e principalmente para os juiz-foranos uma grande perda, mas nos orgulha muito com as suas extraordinárias, vitórias, conquistas e recordes,onde sempre enalteceu o nome de nossa cidade.
Beatriz!!!!
Obrigado!!! por ter deixado um legado tão rico para todos nos…
Meus sentimentos à família e que tenham força para continuar…
Sds.
Renato
Parabens Beatriz pela força e dedicação!!!
Luto no Esporte Brasileiro!
Meus sentimentos aos parentes e amigos!!!
Leandro Brasil