Trave + trave = pódio

POR: Thanus Lancini – 28 anos de Ibitipoca de participação no IOR

“Comecei a andar de moto em 1985, corri algumas provas e o Ibitipoca começou e vim. Achei que era uma prova normal. Mas chegando nela, vi que não era nada disso. O desafio era maior. Me derrubou bastante o primeiro, o segundo também. Daí percebi que tinha que treinar mais, correr mais, pois ele puxava mesmo.

Minha história foi bem difícil sempre no Ibitipoca. Na categoria Master, em 2006, sempre bati na trave. Segundo, terceiro. Os top do Brasil correndo e eu lá sempre chegando logo colado neles. Mas em um ano, vi o erro deles e, para mim, tudo se abriu. Fiz uma boa prova no primeiro dia, fiquei em segundo no geral e pensei: ‘amanhã, não posso errar’. E também estava contando que eles não iam errar da mesma maneira.

No meio da prova do segundo dia, vi eles errando. Então, fui ao delírio. Mas aí começou um calvário interno. A cabeça pira, você começa a repetir para si mesmo: ‘eu não posso furar um pneu, eu não posso quebrar a moto, eu não posso machucar’. Era minha chance de vencer o Ibitipoca.

Corri umas três, quatro horas nessa tensão e tendo que ficar de olho na planilha e nos equipamentos e vindo na técnica para nada acontecer. Graças a Deus deu certo e pude subir na rampa como campeão. Sempre bateu na trave, mas esse dia a bola entrou. Vou te falar que a ficha demorou dias para cair!”

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