O treino do Tupi na quarta, 12, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, teve invasão de membros da torcida organizada Tribo Carijó. A intenção era um protesto pacífico e uma conversa com o elenco. A polícia chegou a ser acionada, mas tudo ocorreu tranquilamente. “Mostrar para eles que o Tupi tem torcida e que a gente está de olho”, diz Daniel do Santos, diretor da Tribo Carijó.
Cobrança sem alvos específicos
O treino ocorria na tarde do feriado de Nossa Senhora Aparecida e tinha os portões do estádio fechados. Alguns membros da torcida entraram por baixo dos portões, outros pularam. A polícia foi acionada e retirou os torcedores das dependências do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Após o treino, os jogadores vieram até o portão principal para conversar com os membros da torcida organizada. A cobrança por mais empenho não tinha alvos específicos: todos os jogadores foram cobrados da mesma maneira.
O diretor da torcida organizada Tribo Carijó, Daniel dos Santos, falou ao Toque de Bola sobre o objetivo da ação realizada no treino da quarta, 12.
Foi uma forma de protestar, fazer uma cobrança aos jogadores. A gente viu vários jogos que o time joga o primeiro tempo bem, chega no segundo e parece que o time cansa. A gente não sabe se é cansaço mesmo. Achamos que por parte de alguns jogadores tem corpo mole nos jogos, principalmente o último jogo contra o Bahia: a gente viu o time já tomando uma goleada logo no primeiro tempo, um time muito apático em campo. Então não podemos deixar os jogadores fazerem o que querem, eles têm que respeitar o time, dar raça. A gente sabe que são jogadores fracos, têm limitações técnicas, mas pelo menos dar raça, é isso que queremos.
Se a gente for cair, vamos cair com dignidade. Eles dando raça em campo e honrando a camisa do Tupi. O objetivo foi cobrar esses jogadores, principalmente falar com o capitão Renan para que ele passasse para os demais no elenco. Mas o bom é que a conversa foi com todos os jogadores e a gente conseguiu cobrar cara a cara cada um. Inclusive já vimos vários jogadores em baladas aqui em Juiz de Fora, então a gente também cobrou esses jogadores. Eles têm o direito de sair, tem o momento de lazer, mas enquanto não estiverem rendendo em campo, acho que isso não é válido. Se o jogador sai e rende em campo é uma coisa, mas ele sair para a balada e não render em campo a situação já muda.
Foi uma cobrança pacífica, mas a gente quer mostrar para eles que o Tupi tem torcida e que a gente está de olho e vai cobrar. Já fizemos um protesto antes das Olimpíadas, foi mais discreto, em Santa Terezinha. A gente conseguiu conversar com eles também e não teve mudança. Agora a gente espera que pelo menos nessa reta final, com essa cobrança, eles deem sangue em campo.
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, o Tupi lamentou o acontecimento:
Em relação ao ocorrido no treinamento de quarta-feira, o Tupi Football Club entende que os torcedores, sobretudo aqueles que estão constantemente no estádio têm direito de se manifestar, desde que de forma respeitosa e pacífica. O clube lamenta a invasão das dependências do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Após a atividade, representantes da diretoria e todos os jogadores conversaram com os torcedores presentes, que se comprometeram a continuar apoiando o galo carijó.
Texto: Toque de Bola
Foto: Antônio Neto
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