Toque de Bola (12.5.2011)

Impressão

Quando Thiago Neves marcou 2 a 0 para o Flamengo, ainda no primeiro tempo, e pelo futebol que este jogador e o time mostravam, absolutos em campo, era só cravar: Flamengo classificado, e jogo até com pinta de goleada.

Sem freio

O Flamengo jogava de uma maneira que mesmo nas vitórias e conquista do Estadual a torcida não tinha visto. Thiago Neves voando, como se não houvessem marcadores, Ronaldinho Gaúcho com um passe para o gol como Ronaldinho dos bons tempos, e toques na bola envolventes e objetivos. Chutes de fora da área e quase todos em direção ao gol.

Puf

Era como se as dúvidas lançadas no jogo de ida, no Engenhão, já estivessem dissipadas em uns 20 minutos de jogo. O Flamengo informava ao adversário que a fatura estava liquidadada.

Do banco

Vagner Mancini, treinador que costuma render mais em clubes não favoritos – foi campeão da Copa do Brasil pelo Paulista – colocou Osvaldo em campo. E o jogo mudou.

De repente

Quando o Flamengo começava a querer administrar a vantagem, com os 2 a 0 que significavam a vaga, Osvaldo “tumultuou” a administração. Criou a jogada da falta próximo a área, e ele mesmo cobrou na cabeça de Washington, no primeiro gol.

Encaixe

Dali em diante, Osvaldo praticamente não errou mais. Bola nos pés dele, e saía alguma jogada interessante. Até que Ronaldo Angelim, improvisado e imprudente, deu chance ao árbitro de expulsá-lo. Cometeu falta sobre… Osvaldo! Da falta, defesa de Felipe, escanteio. E do escanteio, o empate em 2 a 2.

Parênteses

Já repararam como quase todos os chamados grandes clubes têm improvisado nas laterais? Exemplo rápido: o Cruzeiro pode disputar a final do Mineiro com Marquinhos Paraná na direita e Everton na esquerda. Está difícil contratar ou promover laterais da base?

Bate e volta

O primeiro tempo acelerado do bonde e da carroça, que mais pareciam duas RBR para atacar e duas sucatas para defender, ainda teria um gran finale, surreal. O Flamengo ataca, Leonardo Moura tabela, de cabeça, com Wanderlei, chuta, a bola bate no zagueiro, bate na trave de cima, volta no Wanderlei, que cabeceia na trave do lado.

Comparando

Foi um gol tão feito não feito só comparado, talvez, a um gol também tão feito e não feito desperdiçado por Geraldo, no Engenhão, quando o placar já estava em 2 a 1.

Balanço

O primeiro tempo em resumo: quatro gols, duas expulsões (contando com a de Luxemburgo), duas substituições só do Ceará, duas bolas na trave

Complemento

O segundo tempo não teve gols, em função dos dois goleiros e, nos instantes finais, do cansaço. Muito criticado antes do jogo, Ronaldinho Gaúcho deu a Wanderley um gol ainda mais fácil que o feito por Thiago Neves. Mas FH pegou com o pé. Se Gaúcho dá dois passes para dois gols, pronto. Viva ele.

Outro parênteses

Quem aí viu o segundo gol do Peñarol, também à noite, contra o Universidad Católica?

Foi assim

Mais de 48 minutos e meio do segundo tempo, Peñarol em casa vencendo por 1 a 0. Há um “chutão e xororó” para frente, típico de pelada, e o goleiro da Universidad consegue, num só gesto, sair mal do gol, e atirar a bola sobre o corpo do atacante, que, depois do susto, vê a bola entrar.

De volta a volta ao tema

Que FH, Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves nos perdoem. Mas quem ganhou o jogo, ou melhor, empatou o jogo e deu a vaga à sua equipe foi ele, Osvaldo.

Ficha dele

Segundo o site do Ceará Sporting Club, trata-se de Osvaldo Lourenço Filho, 24 anos, nascido em Fortaleza, altura 1,70m, 68 Kg. Já defendeu River/PI, Internacional/ RS, Fortaleza/CE, Sporting Braga/Portugal, Al Ahli/Emirados Árabes Unidos e Ceará/CE.

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