Rio de Janeiro (RJ), 24 de dezembro de 2011
O delegado de plantão no 16º BPM (Barra da Tijuca), Carlos César Santos, deu uma entrevista coletiva na tarde deste sábado em que afirmou que existem polêmicas em tudo o que ocorreu no carro do jogador Adriano, onde a jovem Adriane Cirilo Pinto levou um tiro acidental na mão esquerda.
Segundo o delegado, o segurança particular de Adriano, Júlio César Barros de Oliveira, tenente da reserva da PM, afirmou que Adriano era o carona e quatro mulheres estavam no banco de trás.
Quando eles entraram na boate Barra Music, o segurança garante que deixou sua arma embaixo do banco do motorista. Na volta, a caminho da casa do jogador, Júlio César não pegou na arma, e o que pode ter ocorrido é que ela tenha deslizado para o banco de trás e que ele não viu o que aconteceu.
Em declarações reproduzidas pelo jornal O Dia, porém, o segurança dá outra versão e diz que ninguém pegou sua arma, e quando tirou a pistola da cintura, ela disparou acidentalmente. “Não emprestei a arma a ninguém. Foi um acidente”, garantiu Júlio César.
Enquanto Adriane Cirilo continua internada no hospital Barra D’Or, as outras três mulheres que estavam no carro de Adriano – Viviane Fraga, Andreia Ximenes e Daniele Pena – foram ao 16º BPM depôr.
“É aí que entra a controvérsia. Uma das mulheres afirma que Adriano manuseou a arma, enquanto outra diz que o disparo foi feito pela própria vítima, que ao pegar a arma acabou disparando acidentalmente contra sua propria mão”, explicou o delegado.
Carlos César diz que agora o próximo passo é ouvir a versão de Adriane Cirilo no hospital. Quanto a Adriano, ele será intimado a prestar depoimento. Não há um prazo certo para que isso ocorra: ele tanto pode se apresentar voluntariamente quanto receber uma intimação em casa.
Uma coisa já é certa: o fato dele não ter se apresentado imediatamente pode implicar em prejuízo de provas, já que se o disparo tivesse sido feito por ele, a pólvora que estaria na sua mão pode ter saído.
“De qualquer maneira, independentemente de quem tenha feito o disparo, o indiciamento seria por homicídio culposo, já que foi feito de forma acidental”, afirmou o delegado Carlos César.
A versão do jogador
O jogador Adriano garantiu a amigos não ter sido o autor do disparo que atingiu Adriene Cyrilo Pinto na mão esquerda na saída de uma casa noturna na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado. Ele contou que a jovem, de 20 anos, estava no banco de trás de seu carro e brincava com uma arma quando se feriu sozinha. A pistola, calibre 40, seria do segurança que presta serviço ao atacante do Corinthians.
Adriano, que está em sua casa, também na Barra, disse a amigos que “está tranquilo”. E deu sua versão para o acidente: “Eu estava no banco da frente. Qualquer perícia vai ver que o disparo foi feito no banco de trás. Bala não faz curva.”
O Imperador afirmou também que não foi à 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado, por causa do alvoroço. Segundo ele, se a Polícia quiser ouvi-lo, em sua casa, “não haverá problema”. Além disso, o jogador está disposto a ser submetido ao exame que busca resíduos de pólvora na mão do possível autor do disparo para provar que não foi ele.
Textos: www.espn.com.br e globoesporte.com