O sentimento entre os integrantes da Comissão Técnica, elenco e dirigentes da Caldense era um misto de alegria e alívio com o gol de Rafamar no último minuto do tempo regulamentar.
A equipe vinha de um jogo desgastante em curto período de tempo – na quinta-feira anterior, em casa, perdeu para a Ponte Preta por 2 a 1 pela Copa do Brasil. Foram apenas três alterações na formação inicial nos times escalados quinta e domingo. Contra a Ponte, Max, Marcel e Michel Elói foram titulares. No domingo, deram lugar a Feijão, Michel e Álvaro.
A opção foi por lançar o que havia de melhor no elenco. Assim, alguns atletas atuaram literalmente no sacrifício, entre eles o meia atacante ex-carijó Ewerton Maradona. Essa “entrega” foi destacada pelo treinador Gian Rodrigues na entrevista coletiva após a partida.
Íntegra da entrevista coletiva concedida por Gian Rodrigues, técnico da Caldense
Classificação
“A Caldense não merecia estar na Série D, mas necessitava. É uma classificação muito importante para a sequencia dos trabalhos do clube. O grupo é muito dedicado, em momento algum deixou de acreditar. Sabíamos da expectativa que existia, devido ao campeonato do ano passado, mas também tínhamos ciência das nossas condições. Agora teremos dois anos de Série D pela frente.”
Ewerton Maradona
“Parabenizo e agradeço ao Maradona por tudo que ele fez por essa equipe. São praticamente três noites sem dormir. Na sexta-feira, dia da viagem, ele passou mal e ontem novamente. Não divulguei isso antes para não parecer que estava tentando arrumar desculpa. Maradona merece os parabéns só por ter aquecido hoje (domingo).”
Troca de volantes
“Para agredir o adversário eu precisava mexer. Nem sempre quando você precisa atacar, tem que colocar jogador ofensivo. Troquei os volantes, pois têm características diferentes. Ainda no primeiro tempo, após a parada técnica, melhoramos nosso desempenho. O Glaysson fez defesas brilhantes.”
Resultados
“Na hora que começaram a sair os gols, me falaram que, se a gente tomasse um gol, estaríamos fora, mas eu disse que se fizéssemos um estaríamos dentro. Coloquei o Andresinho porque eu queria vencer o jogo. A intenção é sempre tentar ganhar.”
Copa do Brasil
“Eu faria tudo da mesma forma. O aproveitamento foi satisfatório. Uma pena a gente ter sofrido os dois gols da Ponte Preta, da maneira que foi. Importante ressaltar que nós não estamos eliminados da Copa do Brasil. Acreditamos ainda na classificação. É difícil, mas era difícil o Tricordiano ganhar do Atlético-MG também.”
Futuro
“Minha preocupação era deixar o time classificado. Agora vamos nos reunir com a diretoria. Eu quero muito continuar na Caldense. O Léo (treinador Leo Condé, que dirigiu a equipe do sul de Minas) também teve um primeiro ano difícil no clube, mas depois foi vice-campeão mineiro. Isso mostra a importância de um trabalho com sequência. Na minha cabeça, já tenho coisas desenhadas, mas agora é com eles. É um clube muito bom de trabalhar, desde os dirigentes até o staff”.
Resumo do Mineiro
“Mobilização é a palavra para esse grupo. A gente sabe tudo que acontece dentro do clube, no dia-a-dia. As vezes acontecem coisas que não podemos passar para a imprensa. Sou o comandante da equipe e tenho que saber filtrar as informações. Dentro da Caldense todos se uniram para conquistar os objetivos.”
Maradona: satisfação, mas novas cores
Entrevistado pelo Toque de Bola no intervalo da partida, o meia não citou qualquer problema e deu a impressão que voltaria para a etapa complementar: “É uma satisfação muito grande reencontrar alguns amigos aqui do Tupi, mas agora visto as cores da Caldense. Vamos conversar e tentar virar a partida. O importante é sair daqui com a vitória”.
Veja fotos da Caldense, que registram o reencontro com os carijós, a tensão pelo resultado parcial, a parada técnica e, no fim, a festa pelo gol de empate com sabor de vitória
Texto com informações de Cérix Ramon
Edição: Toque de Bola
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