
Primeiro foi a Patrocinense, depois a URT. No fim de abril, a maioria dos clubes que disputam o Campeonato Mineiro terão os contratos de seus jogadores encerrados.
Assim, cresce entre os clubes e nos bastidores a possibilidade da não continuidade do Estadual 2020. Ou o que pode se tornar uma luta jurídica com a Federação Mineira de Futebol (FMF). Pelo menos é essa a avaliação do vice-presidente do Tupynambás, Claudio Dias.
“A Patrocinense já dispensou o elenco. Agora, na última semana, foi a URT. Então, já não vamos ter esses dois times. Aqui no clube, os contratos todos terminam até dia 30 de abril, quando a Federação ainda vai se posicionar. No meu entendimento, é impossível realizar o restante da competição. Caso insistam, os clubes podem acionar a Justiça Desportiva”, explica o dirigente.

Assuntando
Dias tem procurado se aconselhar com especialistas para sustentar a tese que a melhor saída seria considerar o Mineiro 2020 encerrado. “Falei com alguns juristas, inclusive de outras modalidades, e o entendimento é de que o compromisso do Tupynambás com a Federação é até o dia 26 de abril, quando estava prevista a final do Mineiro. Claro que um adiamento, atraso, pode ocorrer. Mas não nesta magnitude”, considera.
Segundo Cládio, a situação da pandemia mundial do novo coronavírus não dá sinais de será resolvida em breve, e se respalda na situação do estadual quando este foi paralisado. “Semana após semana acompanhamos as quarentenas serem ampliadas. Juiz de Fora acabou de declarar estado de calamidade pública até o fim do ano. Assim, não enxergo perspectiva de solução rápida. Se o Tupynambás estivesse rebaixado no momento da parada, não teria discussão. Mas como existe a possibilidade, é injusto rebaixá-lo. Me perguntaram: ‘ah, mas você vai recorrer ao tapetão ?’ Se for preciso, sim. A solução de fazer a competição em 2021 com 14 times é a mais justa na nossa avaliação”, explica.

Desistências
A segunda equipe a anunciar a dissolução de seu elenco após a paralisação do Campeonato Mineiro foi a URT, de Patos de Minas. No dia 2 de abril, os contratos de jogadores e comissão técnica foram encerrados. Nas redes sociais (veja ao lado), o técnico Ademir Fonseca se despediu do Trovão azul, que deixou na oitava colocação do Estadual, com 11 pontos.
Ainda na segunda semana de paralisação, o Patrocinense já havia dispensado seus atletas e desmobilizado a estrutura do futebol. No fim de abril, a maioria dos clubes do interior de Minas Gerais terá os contratos da maioria de seus atletas encerrados.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos com informações do globoesporte.com/triangulo-mineiro
Fotos: Rise Up Mídia/Tupynambás FC; reprodução Facebook Ademir Fonseca