É com muita alegria e honra que recebi o convite da Mônica para escrever uma crônica para o Portal de Notícias Toque de Bola. É o que passo a fazer, á partir de agora. Ela me sugeriu “algo sobre esporte e melhor idade”. Eu gosto muito de futebol. E se não fosse o estudo teria sido jogador profissional, nos idos dos anos 80 do século passado.
A história é a seguinte. Eu nasci em Porciúncula, cidade pequenininha, de nome cumprido, localizada no noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Já contei essa passagem nas Ondas do Toque, na web rádio, sabatinado pelos grandes jornalistas Ivan Elias e Wallace Mattos. De férias escolares íamos muito em “Porci”. E o Salvador, um homem alto e muito religioso, organizava torneios de futebol com a garotada. Com os de casa e com os visitantes. Era o meu caso!
Pelo Flamengo?
Porque desde 1968, aos 8 anos de idade, não morava mais na cidade natal. Então tinha os jogos, tipo torneio mesmo. Com quatro times, com camisas dos maiores clubes do Rio de Janeiro: Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Há época, dois desses times citados eram considerados times grandes (se é que me entendem!). Hoje, não.
Eu atuava pelo Flamengo, isso não foi uma coincidência. Aí o FRIAÇA, vivo em minha memória, e na do apaixonado leitor e leitora pelo futebol, vai lembrar que ele foi jogador do Vasco, inclusive fez o gol da Seleção Brasileira contra o Uruguai. Na final da copa de 1950. Por gentileza, aos mais novos leitores e leitoras, recomendo consultas ao Google. Ele, me vendo jogar, manifestou o desejo de me levar para o Vasco. O que não aconteceu – soube, bem depois, que o meu pai não autorizou porque apostou no meu sucesso nos bancos escolares. E, naquela época, o futebol não era bem visto. Era coisa de quem não quer nada com a vida. Vê se pode!
O tempo passa…
Hoje em dia, quanta diferença! Isso tudo para dizer que o meu sonho era ser jogador de futebol. No entanto, fiz minha carreia na educação pública do ensino fundamental até o ensino superior. E tudo pago pela sociedade, pela comunidade, e também pelos meus pais. O que mais fazia quando moleque era estudar e jogar bola com os colegas de e na rua. E sim, eu fui bom de bola, e bom de escola.
O tempo passou. E passa para todo mundo. Hoje em pleno século 21, já caminhando para a “melhor idade”, na verdade, já estou “sexy”. Sexagenário. A paixão pelo futebol continua. Muito mais no sofá do que propriamente no campo. Estou me cuidado para a manutenção da saúde com a prática regular de exercícios físicos. Com a melhora de minha performance, quinzenalmente, aos sábados, com o futebol no ARKADYAS SÊNIOR. Reconheço que, “o cérebro pensa, mas o corpo não vai junto”. Estou tentando diminuir essa distância entre um e outro. Desejo também aprender e praticar outros esportes: capoeira – para os membros – e jardinagem – para a alma.
Comemore a longevidade
A nossa longevidade precisa ser comemorada. E nos impulsiona a sair da zona de conforto. Da antiga CBD. Come. Bebe. Dorme. A idade não pode ser – e não é mesmo – desculpa para você deixar de praticar um esporte ou uma atividade física de sua apreciação. Temos muitas. Mude só a forma de fazer. Para isso, consulte um/a profissional da área. Crie e conquiste um grupo de amigo/as para essas práticas coletivas de esportes e lazer. Fazem muito bem para a nossa saúde mental e emocional. E para a saúde do bolso. Já tão comprometido com o custo de vida, principalmente, com os elevados valores dos planos de saúde.
O que me leva a afirmar sobre a necessidade de, cada vez mais, o poder público, investir na implementação de ações públicas municipais de incentivo à prática de atividades físicas e de lazer para a população. Sem deixar de fora, a população idosa de nossa cidade, mais de 100 mil pessoas. Estou totalmente convencido e observo, na minha vivência cotidiana, que a regularidade da prática de atividades físicas é muito importante para a nossa vida. Aqui vale a velha máxima: Corpo são em mente sã!
Vou mais um pouco no meu desejo de cuidar mais da saúde, com perda de peso, ativo fisicamente, e determinado na mudança de comportamento alimentar e mental para continuar jogando as minhas peladas e controlar(até mesmo) deixar a medicação para a hipertensão arterial, esquecida para sempre, no armário da cozinha. Ou seja. Não está na hora de dependurar as chuteiras. Vai ter prorrogação.
Texto: José Anísio “Pitico” da Silva
Fotos: Toque de Bola; Facebook José Anísio Pitico; Faculdade Pio XII; e Blog da Floresta
Professor Gilmar. Muito obrigado pela sua atenção, caro amigo. Tricolor, de carteirinha. De goleiro, não. Meio-campista.Técnico. De passes certeiros. Não é à toa, que hoje, sou conhecido como Zidane. Um forte abraço, querido amigo. Gilmar Quaresma.
Pitico, grande pessoa, muito conhecimento, muito boa e interessante sua crônica. Mas, poderia ter sido jogador profissional, não exagera, né? Talvez um bom goleiro?
Abraços do amigo e admirador Gilmar Quaresma.
Um grande abraço. Lukako.Tudo de bom.
Meu nobre amigo Pitico é uma honra ler essa crônica linda, vejo muitas coisas incomum em nossa trajetoria. Seu novo amigo Lukaco
Muito obrigado. Suhade. Pela atenção. Pelo comentário. Importantes para mim. Eu que agradeço pelo seu apoio e estímulo. Um grande abraço. Tudo de bom!
Depoimento e texto muito bons, necessários e de ganho enorme! Parabéns Pitico! Vou aproveitar todas as dicas! Obrigada!