Chegar ao playoff pela primeira vez. De preferência, já deixar a vaga encaminhada com a campanha do primeiro turno. Este é o objetivo traçado pela UFJF para a Superliga Masculina de Vôlei 2014/15, em sua quarta participação consecutiva na elite do vôlei nacional. Das 12 equipes, oito seguem para a segunda fase, já com partidas de ida e volta de caráter eliminatório.
O Toque de Bola acompanhou com exclusividade para Juiz de Fora a cerimônia oficial de abertura da competição, nesta terça-feira, 21, em São Paulo, e conversou com o treinador Chiquita e os atletas Alemão, Manius e Batagim, que representaram a instituição na solenidade.
Chiquita enfatizou a importância dos torneios disputados na Argentina, se mostrou preocupado com as lesões e acredita que, apesar da disputa ser dura, é possível atingir a principal meta: a vaga nos playoffs.
Xô, lesões
“A expectativa é boa para essa temporada e já começamos a Superliga com um confronto direto contra o Minas. A competitividade é muito grande, as equipes estão bem estruturadas. A entrada do Voleisul (de Novo Hamburgo-RS, convidado para ocupar a vaga do Volta Redonda, que desistiu alegando problemas financeiros) dará uma tônica muito acirrada à competição. Nosso time, apesar de alguns resultados negativos nesse início de temporada, tem vindo bem e acredito que tenhamos solucionado os problemas das lesões” comentou.
Consistência desde o início
Chiquita acredita que este ano a equipe tem tudo para conseguir alcançar sua meta. “A gente espera chegar aos playoffs. Na confecção do grupo no início do ano, buscamos jogadores que tenham um perfil que possam colocar a UFJF em um patamar melhor. A idealização desse novo time foi para ter uma consistência maior desde o início e delinear no primeiro turno um caminho de classificação mais tranquilo, caso que não ocorreu nas temporadas passadas”, declarou o treinador, que já dirigiu a equipe na Superliga 2013/14.
Ele ainda ressaltou a importância dos torneios disputados pela UFJF na Argentina, os primeiros em solo estrangeiro, para a formação e entrosamento do time de Juiz de Fora e lamentou as ausências de alguns atletas nessa experiência.
Mini-temporada argentina
“Foi interessante. O potencial da equipe é muito grande e serviu para entrosar os jogadores. Por exemplo: o Alemão. Ele estava vindo de um processo e até a fase da Argentina estava praticamente fora dos treinamentos. Lá se integrou ao grupo, deu um ritmo de jogo muito bom para ele e outros jogadores. Pena que não pudemos contar com o Fabio Paes e o Sérgio, por lesão, e o Batagim, este pela seleção. Se tivesse a equipe toda lá, teríamos um ganho maior já que por ser uma competição de jogos seguidos a rotatividade dos jogadores nos faltou. Não tínhamos peças de reposição, principalmente na ponta, e o time acabou cansando. Mas em sentido de entrosamento e melhorias técnicas e táticas foi excelente”, destacou.
Alemão: vaga nos playoffs para a evolução do projeto
O central Alemão confidenciou uma preocupação com a queda de ritmo do time durante os jogos, como ocorreu na semifinal do estadual, derrota de 3 a 1 para o Minas, e espera que a equipe melhore na Superliga. Ele ressalta que internamente a intenção de todo o elenco é conquistar a vaga nos playoffs. Pelo bem do projeto.
“Até agora nenhuma outra equipe formada pela UFJF conseguiu se classificar. Então, o que se conversa lá dentro não tem discussão. É um objetivo em conjunto que todos estão depositando grande fé que dessa vez vai se conseguir. Para a evolução do projeto. Já ficou em nono, em décimo. Não tem cabimento o projeto se aperfeiçoar a cada ano, a estrutura melhorar. E não se atingir o objetivo maior, que é a classificação”.
O atleta destacou que os treinos têm sido muito bons, e cabe aos jogadores colocar isso em prática já desde os primeiros jogos da competição nacional.
Grupo fechado
Mesmo com a UFJF sofrendo com inúmeros jogadores lesionados no início da temporada e tendo a meta de chegar aos playoffs, a possibilidade de mais reforços chegarem a Juiz de Fora foi descartada por Chiquita.
“Dificilmente nós tentaremos outras contratações, a parte financeira da equipe já está fechada. Mas contamos com a sorte para que o time participe como um todo e as lesões não nos atrapalhem, porque diferente da temporada onde fomos contratando jogadores durante a competição, este ano nós já temos o grupo formado”, comentou o treinador.
Reportagem e texto: Guilherme Fernandes e Ivan Elias
Foto: Toque de Bola