Liminar impede obras no campo

Leia matéria de Wallace Mattos, da Tribuna de Minas:

As obras de reforma do espaço hoje ocupado pelo campo do Estádio Procópio Teixeira, que pertence ao Sport Club Juiz de Fora, não poderão ser feitas, pelo menos por enquanto. O juiz da 1ª Vara Cível de Juiz de Fora, Mauro Pitelli, concedeu liminar que suspende, por pelo menos 30 dias, o projeto da atual diretoria do Verdão da Avenida de transformar o lugar em um complexo com quadras – uma poliesportiva e outra de tênis -, três campos de futebol society e um centro de convivência.

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Segundo o autor da ação, Edson Costa, a intenção é que a atual diretoria reabra o diálogo para que o futebol do Periquito e da cidade não perca um de seus símbolos. “Entendemos que o plebiscito (realizado no dia 9 de dezembro de 2012) que decidiu pela transformação do campo em quadras não tem apoio estatutário e nem cível. Então pedimos a liminar ao juiz, que a concedeu e, agora, vai analisar o mérito. Nossa intenção é que a diretoria ouça os associados e volte atrás em acabar com um patrimônio, uma herança do futebol de Juiz de Fora”, disse o associado do Verdão ao programa Super Bate Bola desta segunda-feira (4), na Rádio Solar.

 Sem obras

O presidente do Sport, Paulo Cezar Gasparette, reeleito por aclamação no mesmo dia da aprovação da obra por 79,35% dos associados que votaram no fim de 2012, diz que a intenção é caçar a decisão, mas que não há obras em andamento nesse sentido no clube. “Vamos derrubar essa liminar. E, no mais, não há obras acontecendo para a transformação do campo. É apenas um projeto. Não há dinheiro, estamos procurando parceiros para isso. Na época da aprovação, fiz uma consulta aos associados, não um plebiscito. Se quisesse, poderia levar o projeto à frente sem fazê-lo, passando pelos processos normais nos conselhos. Quis ouvir os sócios justamente porque queria que a responsabilidade fosse compartilhada. Mas nada vai acontecer se não houver recursos. Estou tentando tornar o clube viável economicamente”, explicou.

De acordo com o advogado Luiz Carlos Soares, um dos elaboradores do pedido de liminar, agora Gasparette tem um prazo para tentar reverter a decisão. “A diretoria tem oito dias para, a partir de sua citação, tentar cassar. Não acredito que conseguirão. Em até 30 dias, iremos entrar com a ação principal para poder ter, no futuro, uma decisão definitiva no mérito”, contou Soares.

 Texto, foto e informações: www.tribunademinas.com.br – Wallace Mattos

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