Após período de testes na Seleção Brasileira Sub-17, o juiz-forano Guilherme Silva retomou a rotina como atacante do Botafogo. O atleta, filho do ex-atacante de Tupi e Sport, Claudinho, integrou o grupo que esteve na Granja Comary, em Teresópolis, em preparação para o Torneio Internacional de Montaigu, que ocorre na França, entre esta terça-feira, dia 16, e o dia 22 de abril. Na competição, o Brasil está no grupo A, ao lado de México, Espanha e França. A chave B conta com Portugal, Argentina, Inglaterra e Costa do Marfim. O primeiro colocado de cada grupo se classifica diretamente para a final do torneio.
O atacante ficou de fora da lista final do técnico Dudu Patetuci, mas aproveitou muito bem a oportunidade. Em entrevista exclusiva ao Toque de Bola, Guilherme se disse muito feliz com a convocação e com o que conseguiu apresentar na Seleção.
“Foi uma oportunidade muito boa. Quando me deram a notícia eu fiquei muito feliz, me emocionei bastante porque sempre foi um sonho vestir a camisa da Seleção Brasileira. Só de estar envolvido no ambiente, o treinador lembrar de mim, é muito gratificante. Acho que aproveitei bem, fui bem nos treinos e acho que ele me observou bem”, disse o atleta.
Aprendizado
A ida à Granja Comary é o auge do início de carreira de Guilherme. O atacante passou por Bonsucesso, tradicional formador de talentos no bairro Industrial, em Juiz de Fora, Vasco e Fluminense antes de chegar ao Botafogo.
No cruz-maltino, aprendizados incorporados em sua formação: “No Vasco eu aprendi a ser mais organizado e ter respeito a tudo. Nunca tinha vivenciado um clube grande e quando eu cheguei era tudo muito diferente da escolinha. Uniforme, horário… tudo passou a ser muito presente na minha vida. Foi muito bom pra mim. Sou um cara responsável hoje e devo muito ao Vasco por ter me proporcionado isso”.
Gratidão à família
Aos 16 anos, Guilherme se diz muito determinado em sempre evoluir e credita a convocação ao esforço dele e da família. “Tudo isso é fruto de muito trabalho. Sou um cara muito dedicado e muito focado no que eu quero. Saí de Juiz de Fora aos 10 anos com a minha mãe, depois meu pai veio para o Rio para ficar comigo. Por ter sido jogador profissional, ele conversa muito comigo e me ensina muita coisa a cada dia. Aprendo muito com ele”, contou Guilherme.
Desde criança
Quando se trata de Botafogo, o coração fala mais alto. Há quase dois anos no clube, Guilherme se declara ao alvinegro e agradece pela oportunidade de atuar. “Tenho aprendido muito no Botafogo também. É meu clube de coração, sempre foi meu sonho jogar no Botafogo, e, graças a Deus, eu estou jogando nesse clube que eu amo muito e tenho muito respeito. Me sinto muito bem aqui, jogando em uma categoria acima, o que me ajudou a abrir essa oportunidade na Seleção Brasileira”.
E a sequência?
De volta à rotina, a ideia é se firmar dentro do Botafogo. A sequência no clube é considerada fundamental pelo atleta, que almeja integrar o elenco profissional em breve. No entanto, nenhuma porta foi fechada pelo jogador.
“A expectativa é muito boa dentro do Botafogo. Espero ser um grande atleta profissional no clube, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Surgem muitas oportunidades também, muitas propostas, mas pretendo subir para o profissional do Botafogo no próximo ano. É uma meta que eu tenho na minha carreira, além de continuar na Seleção Brasileira”, relatou.
Na torcida
Guilherme não recebeu a oportunidade de estar entre os 20 convocados para ir à França, mas tem uma torcida especial por um atleta. Companheiro de Botafogo, o volante João Vitor é o único representante do clube na Seleção. Fubá, como João é chamado pelos companheiros, é amigo do juiz-forano no dia a dia e foi muito importante na primeira experiência de Amarelinha.
“Ele me deu muita moral na Seleção. Considero ele um irmão. Me mostrou como funciona tudo lá dentro e falou bem de mim para os outros companheiros. Torço muito para ele nesse campeonato”.
Texto: Toque de Bola
Fotos: Arquivo pessoal/Guilherme Silva