O pequeno juiz-forano Nicolas Benjamim Vidal tem nove anos, foi diagnosticado com Síndrome de West, atrofia do Nervo óptico e paralisia cerebral.
A história do garoto se tornou conhecida porque há campanhas em andamento para arrecadar recursos para melhorar a qualidade de vida dele. Os objetivos são comprar uma nova cadeira e uma rampa de acesso para ajudar nos deslocamentos.
A causa do Nicolas e da família, que mora no Bairro Jardim Gaúcho, foi abraçada por torcedores do Flamengo, o time de coração da família.
A rifa de uma camisa autografada por Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Pedro, William Arão, Isla, Everton Ribeiro, Filipe Luis, Vitinho, Léo Pereira, Gerson, Diego Alves, Gustavo Henrique e Michael e uma vaquinha online são promovidas por uma parceria entre torcida organizada FlaBrotherJF e o consulado FlaNação.
“A gente está bem feliz de poder fazer e realizar isso. É muito importante ter esse olhar carinhoso para o outro. A vida vai muito além de nós mesmos”, disse Sélvia Maria Paz, uma das organizadoras das campanhas.
Quer entender melhor e ajudar? A reportagem do Toque de Bola te conta essa história.
“Queremos dar conforto a ele”, diz a mãe
Assim como em muitas famílias brasileiras, a pandemia complicou a vida da Cibele Aparecida Vidal da Silva e do marido, Vagner Vidal.
Apenas Vagner trabalha como o motorista e a renda da família diminuiu por causa do corte do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 2020. “Ficamos quase um ano sem receber o benefício a que tínhamos direito. Foi reativado há pouco tempo”, contou ao Toque de Bola.
Nicolas já enfrentou muitas batalhas. Nasceu prematuro, com cinco meses. Teve hidrocefalia, passou por laserterapia oftalmológica por causa da retinopatia da prematuridade; parada respiratória.
Aos oito meses, uma otite evoluiu para meningite. Enfrentou uma hipertensão intracraniana que causou uma hemorragia intensa que desencadeou uma média de 300 crises convulsivas por dia.
Foi diagnosticado com Síndrome de West, que é um tipo de epilepsia, com a atrofia do nervo óptico, que compromete a visão e paralisia cerebral. Ele não se movimenta, se alimenta por meio de sonda e lida com muitas dores que não o deixam dormir.
A torcida entra em campo
A história de Nicolas chegou até a FlaBrothers e o consulado FlaNação, que realizaram uma parceria para ajudar a arrecadar os recursos. O ponto de partida foi o Mc Kadillac que divulgou a história do Nicolas no grupo da diretoria, como contou Sélvia Maria Paz, integrante da organização das campanhas.
“A FlaBrothers faz ações sociais há um tempo e eu também faço pelo Consulado FlaNação. Aí o Kadi jogou no grupo, todo mundo se propôs a ajudar e a gente pensou no que poderia ser feito. Pensamos em celular e tivemos a ideia de sortear a camisa oficial do Flamengo. Fizemos a vaquinha e compramos a camisa branca”, disse ao Toque de Bola.
Sélvia disse que teve uma ideia para valorizar ainda mais a camisa da rifa. “Pelo trabalho que faço pelo consulado, entrei em contato com o Flamengo, enviei para a Gávea, levaram para o Ninho para os jogadores autografarem”.
Como participar das campanhas
Além da camisa autografada, a rifa vai sortear um boneco do Gabigol e uma tábua para churrasco. Os bilhetes custam R$ 10 e estão à venda nas lojas Nação Rubro-Negra no Mister Shopping e no Shopping Zona Norte, além também na Loja do Torcedor, na Galeria Pio X.
O sorteio será 20 de junho ao vivo no Instagram. Todo o valor arrecadado será entregue à família.
A FlaBrother também criou e está compartilhando a vaquinha online, com a meta de arrecadar R$ 25 mil. Faltando pouco mais de um mês para ser fechada, até o momento, a campanha obteve R$ 2.560 em 55 doações.
A divulgação está pesada nas redes sociais da FlaBrothers e com direito a vídeos de ex-jogadores, como Athirson, Leandro e Lico pedindo para que os torcedores, independente de ser flamenguistas ou não contribuam nas campanhas para ajudar o Nicolas.
“Está tendo uma resposta muito bacana. Estou bem feliz com o alcance que está tendo”, disse Sélvia Paz.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: Sélvia Paz/arquivo pessoal; Cibele Vidal/arquivo pessoal