Juiz de Fora (MG), 7 de fevereiro de 2012

A diretoria do Tupi Futebol Clube, através do vice-presidente de Futebol José Roberto Maranhas, confirmou oficialmente na tarde desta segunda-feira (6/fevereiro) o nome do novo técnico: Moacir Junior.

A apresentação do novo técnico do Tupi, Moacir Júnior, para a imprensa (em entrevista coletiva) e para os torcedores, será nesta quarta, 8,  às 10h, em Santa Terezinha.

Ele estava no Americano de Campos (RJ) e foi treinador do Galo entre agosto de 2007 e fevereiro de 2008.

Nesse primeiro ano foi vice-campeão da Taça Minas (perdeu a decisão nos pênaltis, para o Ituiutaba, depois de dois empates em 1 a 1 nos jogos decisivos). “A opção por Moacir Júnior foi motivada por vários fatores, além da sua óbvia competência: já há um conhecimento mútuo diretoria/treinador, ele conhece boa parte do grupo de jogadores e dessa forma o período de transição é infinitamente menor”, disse o dirigente Carijó.

Sobre a saída de Alexandre Grasseli, José Roberto Maranhas disse que a culpa (pelas duas derrotas seguidas no campeonato) não é exclusiva do ex-treinador. “Quando ganha, ganha todo mundo; quando perde também. Os erros foram de todos, mas a cultura no futebol brasileiro é essa: o técnico vive de resultados, que não vieram”, afirmou.

Mineiro de Curvelo, Moacir Vieira de Araújo Júnior tem 45 anos, é ex-jogador (zagueiro) e começou a sua carreira como treinador no Aciaria, de Ipatinga (MG) e tem no currículo passagens por Tombense (MG), Ipatinga (MG), Francana (SP), Comercial (SP), Bahia (BA) e Monte Azul (SP), entre outros.

A queda 

Em reunião realizada na noite deste domingo, 5, entre a diretoria do Tupi Futebol Clube e Alexandre Grasseli, ficou definida a saída do treinador. A diretoria Carijó agradece o profissionalismo demonstrado pelo técnico nesses dias em que esteve à frente do Galo e deseja-lhe boa sorte no prosseguimento de sua carreira. Na reapresentação dos jogadores, nesta segunda-feira, 6, o treinamento é de responsabilidade do auxiliar técnico Felipe Suriani.

Leia a crônica: Toque de Bola (05/02/2012)

De acordo com o diretor de futebol e médico do Tupi, José Roberto Maranhas, a troca é uma tentativa de mudança enquanto ainda há tempo. “O resultado é o produto final de um trabalho. O elenco estava sem liga. Temos que trocar enquanto temos tempo. O time não mostrou nenhum entrosamento. Trocamos o comando para tentar dar uma melhorada. Pior que está não pode ficar. Já estamos lutando contra o rebaixamento. O próximo adversário é o Cruzeiro, o que deixa a situação ainda mais difícil. Se perdermos o apoio da torcida e da mídia, a situação pode ficar ainda pior”, disse Maranhas. O diretor disse ainda que não daria nenhuma pista sobre o novo treinador do Tupi.

Segundo Maranhas, em entrevista no início da tarde, o nome estava praticamente acertado. O técnico já teria pedido demissão do atual clube em que está e vai fazer o comunicado oficial de sua saída na tarde de hoje. Ainda de acordo com Maranhas, somente após esse comunicado será divulgado oficialmente o nome do segundo treinador do Tupi no ano do centenário. No MG TV 1ª Edição desta segunda-feira, o repórter Ricardo Ribeiro afirmou que o novo técnico do Tupi será Moacir Júnior, que está deixando o Americano de Campos (RJ).

Grasseli, 37 anos, deixa o Tupi 56 dias após ser apresentado como técnico, no dia 12 de dezembro. Durante a entrevista coletiva que concedeu naquele dia, disse acreditar que o Tupi teria um ano tão ou mais vitorioso que em 2011. Comentou ainda que a suposta falta de experiência não atrapalharia o seu trabalho.

Tupi decepciona, perde em casa para Nacional de Nova Serrana e já fala em sinal de alerta no Mineiro

Bruno, em jogada individual, determinou a vitória de 1 a 0 do Nova Serrana sobre o Tupi aos 28 minutos do segundo tempo, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro. Público foi muito pequeno para receber os campeões brasileiros da Série D, e o time decepcionou. A renda foi de R$ 18.612,50, com apenas 2.221 pagantes e 2.842 presentes.

Primeiro tempo

 Com menos de um minuto de jogo, Leo Salino chutou, o goleiro Douglas bateu roupa, Allan pegou o rebote e tentou cruzar mas a bola saiu em escanteio, desviando na zaga.

As principais jogadas do Tupi passam pelo meia Michel Cury.

Principais momentos do primeiro tempo: em falta sofrida e cobrada por Michel Cury, Silvio quase encobriu o goleiro, de cabeça.

Nacional ataca: Gabriel chuta de fora da área e a bola passa à esquerda de Victor Hugo. Foi a primeira chegada do time de Nova Serrana.

Em jogada individual, Michel Cury se livra da marcação e chuta para fora.

Jogada de Flávio, passe de Michel Cury para Ulisses, que da direita chutou cruzado, bola passou rente à trave direita, goleiro Douglas não achou a bola.

Jogada de Jailton que bateu bem, goleiro deu rebote e Allan chutou por cima na sobra, de primeira, mas sem direção.

Allan em jogada individual, chutou cruzado da esquerda, goleiro Douglas defende.

Ademilson chega na frente da zaga mas chuta nas mãos do goleiro.

Resumo: Tupi ataca o tempo inteiro mas não exige defesas muito difíceis de Douglas. As chances mais perigosas foram duas vezes com Ulisses, logo de cara, e depois em chute cruzado, fora do alcance do arqueiro. Allan e Ademilson, quando estiveram em posição de marcar, finalizaram colocado, mas com pouca força.

Segundo tempo

  Já com Fabrício Soares na vaga de Silvio, o Tupi tentou manter o mesmo domínio do primeiro tempo, mas não apresentava jogadas criativas que forçassem de verdade o goleiro adversário. Uma falta cobrada da intermediária, no meio do gol, foi a última aparição de Michel Cury antes de ser substituído por Henrique. Alguns torcedores chamaram o treinador Grasseli de burro. Nas primeiras jogadas, Henrique mostrou muita disposição mas em nenhum momento o time “encaixou”. Não lembrou, nem de muito longe, embora contasse com alguns dos mesmos jogadores, a equipe que encerrou a Série D cm a autoridade de impor seu estilo a qualquer adversário, dentro ou fora de casa.

Pressionado pela torcida a atacar e já sem organização, o Tupi foi dando ao Nacional os espaços que ele precisava para sair de Juiz de Fora com mais pontos que o planejado – foi a estreia da equipe, que teve o jogo contra a “matriz” Cruzeiro adiado da primeira rodada. Aos 28, Bruninho invadiu a área pela esquerda e mesmo sem ângulo conseguiu acertar um chute forte para vencer o jovem Victor Hugo. Um minuto depois, Victor Hugo evitou o segundo gol, se esticando todo em chute forte e colocado, com a defesa alvinegra batida no lance com muita facilidade.

A entrada de Cassiano, atacante, na vaga do lateral Carlão, com a posição de Carlão passando a ser ocupada por Leo Salino, foi mais uma tentativa em vão. O Tupi não se acertava, e embora tenha chegado ao gol principalmente em cruzamentos para a área, quem mais levou perigo foi o Nacional, em contra-ataques desperdiçados.

  Grupo na mão e sinal de alerta

  Ao final, o técnico Grasseli, na coletiva, disse que apesar das duas derrotas o Tupi jogou para vencer as partidas iniciais do Mineiro. “Tenho o grupo na mão”, garantiu, referindo-se à necessidade de motivar a equipe para a reação, já contra o Cruzeiro, no domingo, em Sete Lagoas. Grasseli lembrou os problemas de contusão e, mesmo com a fisionomia abatida, tentou passar uma mensagem de confiança para as próximas rodadas, e a esperança de uma temporada vitoriosa. “Sabemos da importância deste ano na história do Tupi e temos certeza que vamos dar a volta por cima”.

Admitindo preocupação com o rebaixamento, pelo fato de o time não ter pontuado em duas rodadas, o treinador reconheceu: “O sinal de alerta já está ligado”.

O maior artilheiro da história do Estádio Mário Helênio, Ademilson, admitiu que não foi feliz nas poucas oportunidades que teve, mas disse que não vai fugir da responsabilidade e que é obrigação de todos se empenhar em busca de um bom resultado já diante do Cruzeiro, para apagar o péssimo início no Estadual.

O presidente do clube, Áureo Fortuna, questionado sobre cobranças da torcida sobre o trabalho da Comissão Técnica, disse que muda treinadores a todo momento não é característica da direção do clube. Mas garantiu que “vai haver uma cobrança”. Ele lembrou que em função do título brasileiro o Tupi passou a ser “a bola da vez”, com todos querendo superá-lo. Mas destacou: “Dentro de casa temos que vencer, não podemos temer nenhum adversário”.

ESCALAÇÕES

TUPI

1 Victor Hugo

2Flávio

3 Wesley Ladeira

4 Sílvio (13 Fabrício Soares)

6 Carlão (17 Cassiano)

5 Jailton

8 Ulisses

7 Léo Salino

10 Michel Cury (15 Henrique);

11 Allan

9 Ademilson

Técnico: Alexandre Grasseli

12 Paulo Vítor

13 Fabrício Soares

14 George

15 Henrique

16 Bruninho

17 Cassiano

18 Jeferson

NACIONAL DE NOVA SERRANA

1 Douglas

2 Afonso

3 Alessandro Lopes

4 Josimar

6 Gabriel;

5 Thiago Santos

7 Marcão

8 Alex Maranhão

10 Dudu (16 Bruninho)

9 Reinaldo Alagoano (18 Sebá)

11 Marcinho (17 Eder)

Treinador: Emerson Ávila

12 Ranieri

13 Gil Bahia

14 Alexandre

15 João Guilherme

16 Bruninho

17 Eder

18 Sebá

Árbitro: Ronei Candido Alves, auxiliado por Pedro Araujo Dias e Renato Junior de Souza.

 Texto: Ivan Elias

Fotos: Assessoria Tupi

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