A Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promove, neste sábado, dia 18, a abertura da 12ª Semana Paralímpica. O evento ocorrerá no ginásio da SEL, localizado na rua Custódio Tristão, no bairro Santa Terezinha, às 10h. Além do desfile dos atletas inscritos, a solenidade terá apresentações culturais e da banda da Polícia Militar.

A Semana Paralímpica ocorre duas vezes por ano, nos meses de maio e setembro, em tom comemorativo do aniversário da cidade e em homenagem ao mês da pessoa com deficiência, respectivamente.
Com o apoio da Supervisão de Esporte Adaptado da SEL, o evento visa oportunizar um momento de socialização, confraternização, motivação e apresentação das habilidades esportivas da pessoa com deficiência.
Em entrevista ao Toque de Bola, Gisele Muniz, professora de natação e atletismo paralímpico, destacou a importância social e esportiva do evento.
“Um dos objetivos da Semana Paralímpica é justamente essa integração social entre os atletas, famílias, amigos. Eles podem trocar experiências e expor seu potencial esportivo. Quem não conhece ou não sabe que pode praticar um esporte paralímpico, esse é o momento de saber que todos têm essa possibilidade. Além disso tudo, há a questão do objetivo de vida. Todos nós temos objetivos de vida e, para esses atletas, o esporte acaba sendo esse objetivo. É ali que eles encontram satisfação, prazer e realização pessoal”, comentou Gisele.
Programação com novidades

Além da cerimônia de abertura, o evento se estende ao longo da semana. De segunda, dia 20, a sábado, dia 25, estão previstas competições de seis modalidades: bocha, natação, atletismo, futebol paralímpico, goalball e polybat. Todas as pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual, visual ou múltipla e queiram participar podem se inscrever até às 18h desta sexta, dia 17 (CLIQUE AQUI para fazer a inscrição).
A principal novidade desta edição está na premiação. Os atletas com deficiência visual receberão medalhas com escritos em Braille. Segundo a SEL, o objetivo é promover mais inclusão para este público, dando sequência ao que ocorreu em 2018, quando o juramento foi lido em Braille por um competidor.
Nem tão novidade assim, porém desconhecidas, são as modalidades do polybat e do goalball. Já consolidadas no cenário paralímpico, ambas são destaque no esporte. Não conhece?
Polybat

O polybat surgiu como alternativa de esporte para pessoas que não podiam participar do tênis de mesa tradicional ou tinham perfil para a bocha.
O perfil característico dos atletas da modalidade inclui quem tem distrofia muscular, paralisia cerebral, ossos quebradiços, traumatismo craniano e outras limitações severas. Para a competição, a função de agarrar do punho é essencial, por isso nem todos os jogadores de bocha podem jogar polybat.
É jogado numa mesa de 1,2 metro por 2,4 metros, com proteção nas laterais, para a bola não sair pelo lado, e altura de até 10 centímetros; a mesa deve ter altura suficiente para acesso fácil à cadeira de rodas. Cada jogador usa raquete de 30 centímetros de comprimento para rebater a bola de plástico de golfe ao longo da superfície da mesa contra seu oponente. O objetivo é rebatê-la a fim de lançá-la para fora do lado adversário ou forçar falta e ganhar o ponto.
Goalball

O jogo de goalball divide-se em duas partes, cada uma com dez minutos de duração, tendo um intervalo de três minutos entre elas. Ganha quem tiver marcado mais gols.
Em caso de empate, prorrogação, com dois tempos de três minutos, com a regra do gol de ouro: quem fizer, ganha. Caso a igualdade permaneça, disputa de lances livres.
A quadra tem de medidas 18 metros de comprimento por nove metros de largura e é dividida em três zonas distintas: zona de ataque, zona neutra e zona de defesa, que servem para assinalar onde fazer o quê.
Texto: Toque de Bola
Fotos: Toque de Bola; Átomo Sport