Sem polêmica, Ituano bate Santos nos pênaltis e comemora título paulista

Uma zebra gigante como a cidade de Itu, famosa pelo tamanho avantajado de seus objetos. Depois de vencer o jogo de ida, o Ituano até perdeu por 1 a 0 para o Santos no tempo normal, mas conseguiu ficar com a surpreendente taça de campeão na cobrança de pênaltis – 7 a 6.

Cícero marcou o único gol do tempo normal em um pênalti bastante polêmico. O próprio Cícero sofreu a penalidade, mas estava em impedimento no começo do lance. E o próprio carrinho do zagueiro Alemão gerou bastante discussão por ter acertado a bola antes de pegar o santista.

Na cobrança de pênaltis, Anderson Salles até errou para o Ituano, mas Rildo e Neto desperdiçaram para o Santos, e o título ficou com a equipe do interior.

O troféu foi o segundo do Ituano na história do Campeonato Paulista, mas o primeiro com todos os times grandes na competição. Em 2002, o time de Itu ficou com a taça, mas em um torneio sem Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras, que disputavam um estendido Torneio Rio-São Paulo.

Foi apenas a quarta vez que uma equipe do interior conseguiu levantar a taça de campeão com todos os times grandes envolvidos na disputa. Os únicos que haviam conseguido o feito eram Inter de Limeira, em 1986, Bragantino, em 1990, e São Caetano, em 2004. O Ituano ainda se transforma no segundo a bater um gigante na final – o outro é a Inter de Limeira, que levantou a taça contra o Palmeiras.

Ituano não se intimidou com Pacaembu lotado por grande maioria santista e sagrou-se campeão paulista de 2014
Ituano não se intimidou com Pacaembu lotado por grande maioria santista e sagrou-se campeão paulista de 2014

 O jogo

Precisando vencer, o Santos partiu para cima logo no começo do jogo e criou boa chance já aos 3 minutos de jogo. Em cobrança de escanteio pela direita, Geuvânio cruzou na área, a bola passou por todo mundo e ia chegando para Thiago Ribeiro na segunda trave, mas Dener apareceu para mandar para longe da área do Ituano.

O time do interior marcava muito forte e as vezes exagerava na violência. Aos 8 minutos, Rafael Silva pisou em Cícero, que estava caído no chão, mas o juiz preferiu não expulsar ninguém e deu só o amarelo. O lance gerou o primeiro empurra-empurra do jogo. As duas únicas armas do Ituano eram o contra-ataque e as bolas paradas. Em uma das faltas, aos 27 minutos, Anderson Salles quase marcou em uma confusão de Aranha com a zaga.

O Santos ficou preso na marcação do Ituano durante quase todo o primeiro tempo. Quando saia dos zagueiros, era o goleiro Vagner quem aparecia para salvar. Aos 34 minutos, Cicinho chegou pela direita e cruzou com perfeição para Leandro Damião, que acertou a cabeçada mas parou em uma defesa de peito de Vagner.

Quando o primeiro tempo parecia se encaminhar para o empate, o Santos achou um pênalti polêmico. Aos 43 minutos, Cícero aproveitou posição irregular, ficou com a bola após bate-rebate na área e caiu após carrinho de Alemão. Os jogadores do Ituano reclamaram bastante, mas o juiz marcou a penalidade. Na cobrança, o goleiro Valter até acertou o canto, mas Cícero bateu com perfeição e não deu chances ao rival.

Sem mais jogar pelo empate, o Ituano voltou bem melhor para o segundo tempo e chegou a ter uma boa chance dentro da área, mas Paulinho e depois Esquerdinha demoraram muito para arriscar um chute e acabaram sendo desarmados.

O Santos, porém, era quem tinha as melhores chances. Aos 23, Geuvânio perdeu um gol incrível. Rildo achou um ótimo passe, e a jovem promessa santista saiu na cara de Vagner. Na hora do chute, porém, pegou mal na bola e acabou mandando pelo lado. Aos 31, foi a vez de Cícero perder um gol em cabeçada após cobrança de falta.

O Ituano ainda ficou perto do gol mais uma vez. Aos 37, Anderson Salles cobrou falta da área, a bola desviou na barreira, mas Aranha se esticou todo para fazer uma defesaça e evitar a derrota. Com o jogo aberto, o Santos respondeu aos 43 em uma tabela de Rildo com Cícero, mas o atacante adiantou muito a bola e nem conseguiu a finalização.

Antes do fim do jogo, só houve tempo para uma expulsão. Cicinho fez falta dura em Anderson Salles no campo de ataque, tomou o segundo amarelo e acabou excluído da partida.

Nos pênaltis, o Ituano saiu atrás com um erro de Anderson Salles, justamente o homem das bols paradas. Depois, porém, Rildo acertou a trave, e Vagner pegou a cobrança de Neto para transformar o Ituano no terceiro campeão do interior da história do Paulistão.

 

Texto e informações: www.espn.com.br

Foto: Danilo Verpa/Folhapress – reprodução site Uol

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