Lanterna da Superliga Masculina 2015/2016, o JF Vôlei já trabalha com foco na seletiva para a próxima edição do principal campeonato de voleibol do país. A equipe juiz-forana ainda tem quatro partidas pela frente, contra Funvic Taubaté, São José dos Campos, Vôlei Brasil Kirin e Sada Cruzeiro, e está a 9 pontos do Copel Telecom Maringá, primeiro time fora do Z2. Segundo regulamento oficial da competição divulgado pela CBV, em quadra, as duas últimas colocadas terão direito a habilitação para a Superliga 2016/2017 apenas na seguinte condição:
“Ter sido classificada em 1° lugar na seletiva realizada entre as equipes não classificadas na Superliga 2015/2016 e Superliga Série B – 2016, a equipe deverá participar do torneio com os mesmos atletas que disputam as referidas competições acima”. Participam do torneio os dois últimos colocados da Superliga e os segundo e terceiro lugares da Superliga B.
O Toque de Bola entrevistou o diretor técnico da equipe juiz-forana, Maurício Bara, que admitiu já trabalhar com a chance de competir a seletiva desde o início da temporada, projetou nova disputa em quadrangular e falou sobre a possibilidade de sediar o evento, entre outras abordagens.
A seletiva
“Para ser sincero sempre esteve em pauta. Obviamente a gente não queria e até poderia estar em uma situação melhor, mas já está em pauta. Estávamos esperando o jogo contra Montes Claros, e isso já entrou em pauta com a comissão técnica para que os jogadores possam se preparar para a seletiva. O Radamés Lattari esteve aqui no fim de semana e confirmei com ele que, segundo o regulamento, ela tem acontecer até o dia 30 de março, junto com os playoffs. O foco é todo lá, claro que o bom desempenho na seletiva passa por atuar bem nesses últimos jogos contra os líderes para chegar no melhor ritmo de jogo possível lá nessa batalha”, declarou Bara.
Provável sistema de disputa
“É um campeonato completamente diferente, um mata-mata todo dia. Em teoria a gente acredita que vai ser um quadrangular unindo o 11° e o 12° da Superliga A, e o 2° e 3° da Superliga B, mas com variáveis. Caso o Cruzeiro (Sada Cruzeiro Unifemm) fique em segundo, entrariam o terceiro e quarto, e caso fique em terceiro entrariam o segundo e o quarto, enfim, uma série de fatores que a gente já está de olho. Acreditamos que esse é o regulamento, como no ano anterior nós brigamos porque queriam mudar no meio, estávamos em último e eu disse que se ficássemos, deveríamos ser rebaixados. Mas dessa vez não, foi uma coisa discutida, planejada, entendida, então vamos nos preparar, temos experiência nisso. Só lembrar que a nossa história pré-Superliga era de campeonatos nesse modelo. Muda um pouco o tipo de preparação, depende muito do elenco, são jogos sucessivos. Estamos com isso na cabeça, sabíamos da hipótese desde o inicio da temporada e agora mais do que nunca é real, mesmo que exista a possibilidade matematicamente, mas é muito difícil que a equipe vença os quatro jogos e os adversários percam os quatro, nós ganhamos duas até agora. Então estamos pensando na seletiva, se acontecer, aconteceu, mas não tem como pensar diferente”, explicou o diretor.
Sede: “Por mim, jogaria em casa”
“Seletiva será tiro curto. Ano passado foi um quadrangular com final. Quatro dias de competição, todos contra todos e uma final com os dois primeiros. A sede depende das propostas. Vamos lutar, conversar com a comissão técnica pelo desempenho nosso dentro de casa, acho que a torcida vai ferver em uma seletiva. Claro que jogar em casa tem suas responsabilidades naturais, mas temos que ver com os jogadores também. Por mim, jogaria em casa, mas vou ver com os jogadores, e na reunião com a CBV nós vamos fazer alguma proposta. Não sei se vai ser a melhor, mas vamos tentar. Se chegar uma equipe dizendo que vai bancar tudo, não vamos ter como competir. Mas vamos trabalhar para trazer a seletiva para essa torcida. Temos que acostumar, já tivemos vitórias históricas jogando torneios desse tipo”.
“Prepara o coração”
“Nosso grande objetivo do ano é a manutenção da vaga. Nós sabíamos que tínhamos duas chances: a durante a fase classificatória, creio que nós não estamos jogando como lanterna em termos de desempenho, mas estamos pecando em termos de resultado; e a seletiva, mas nós não podíamos externar isso para imprensa e para os jogadores. Imagina falar isso para os jogadores? Eles iam pensar, vamos jogar as 22 rodadas e lutar mesmo pela seletiva. Agora vamos ver o que nos espera, prepara o coração”.
Nova reitoria
O diretor técnico do JF Vôlei também foi questionado sobre a relação com a nova reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora, da chapa “Reconstruir a UFJF”, formada pelo economista Marcus David e sua vice, a professora formada em Enfermagem, Girlene Silva. O Toque de Bola entrou em contato com a assessoria da nova reitoria, que afirmou que os novos comandantes preferem realizar pronunciamento após a posse, prevista para o final do mês de março.
Confira o vídeo com a entrevista na íntegra abaixo:
Texto: Bruno Kaehler e Guilherme Fernandes – Toque de Bola
Foto: Toque de Bola
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