Sada Cruzeiro comemora tetra da Superliga. Veja como a temporada termina e as projeções

O Sada Cruzeiro segue imbatível na Superliga Masculina de vôlei. A Raposa conquistou o tetracampeonato da competição – terceiro título seguido – neste domingo, 10, ao bater, de virada, o Vôlei Brasil Kirin, de Campinas, por 3 sets a 1 (23/25, 25/23, 25/15 e 30/28), em 2h20 de jogo. A temporada 2016/2017 promete ainda mais emoção com a permanência do JF Vôlei na elite e o ingresso da equipe de Castro (PR), que disputará pela primeira vez o certame. Além do time celeste, o Rexona Ades também manteve a hegemonia no feminino conquistando seu 11° título.

Sada Cruzeiro conquista o tetracampeonato da Superliga Masculina (Foto: Divulgação CBV)
Sada Cruzeiro conquista o tetracampeonato da Superliga Masculina (Foto: Divulgação CBV)
  Leal decide
  O primeiro set começou disputado. O ponteiro Leal conseguiu um ace e o Sada Cruzeiro fez 4/3. A equipe do treinador Marcelo Mendez foi para o primeiro tempo técnico com um de vantagem (8/7). Com um ponto de contra-ataque do cubano Leal, os cruzeirenses abriram dois (11/9). Quando o time mineiro fez 13/10, o técnico Alexandre Stanzioni pediu tempo. A paralisação fez bem aos campineiros que encostaram (14/13). O Brasil Kirin cresceu de produção e virou o marcador (21/19). Depois de um erro de ataque do time de Campinas, o Sada Cruzeiro empatou (22/22). O final do set foi disputado ponto a ponto e o Brasil Kirin levou a melhor por 25/23.
  O Brasil Kirin seguiu melhor no início do segundo set e fez 6/4. O time cruzeirense fez três pontos seguidos e virou o marcador (7/6). A equipe do treinador Marcelo Mendez passou a jogar com velocidade e abriu três pontos (12/9). Numa boa sequência de saques do central Luisinho, a equipe campineira empatou (12/12). A parcial ficou disputada ponto a ponto. O time celeste foi melhor na parte final da parcial e venceu o segundo set por 25/23 com um ace do central Éder.
  A vitória no segundo set fez bem as cruzeirenses que abriram quatro pontos no início da terceira parcial (9/5). Bem no bloqueio, os mineiros seguraram a vantagem no placar (14/8). O time mineiro seguiu dominando a parcial e, se aproveitando dos erros da equipe campineira, abriu oito pontos (23/15). O Sada Cruzeiro manteve a liderança até o final e venceu o terceiro set por 25/15.
  A quarta parcial começou equilibrada. O Sada Cruzeiro foi para o primeiro tempo técnico com um de vantagem (8/7). Bem no saque, o Vôlei Brasil Kirin abriu dois (10/8). O cubano Leal se destacava e os mineiros viraram o marcador (12/11). A parcial seguiu disputada ponto a ponto. O ponteiro Piá conseguiu um ponto de contra-ataque e a equipe campineira fez 20/18. Neste momento, o treinador Marcelo Mendez pediu tempo. A paralisação fez bem aos mineiros que empataram (20/20). O final da parcial foi decidido ponto a ponto e os cruzeirenses fecharam o set por 30/28 e o jogo por 3 sets a 1.
EQUIPES:
SADA CRUZEIRO – William, Wallace, Leal, Filipe, Isac e Éder. Líbero – Serginho. Entraram: Fernando Cachopa, Alan.
Técnico: Marcelo Mendez
VÔLEI BRASIL KIRIN – Gonzáles, Wallace, Olteanu, Lucas Loh, Luisinho e Maurício. Líbero  – Thiago Brendle.
 Entraram: Michael, Jotinha, Ygor Ceará, Pará e Vini. Técnico: Alexandre Stanzioni

 

 Quem sobe

A Superliga Masculina 2016/2017 terá uma participação inédita. A equipe paranaense da cidade de Castro venceu a Superliga B, derrotando na final o Sesi-SP, e garantiu o direito de atuar na elite do vôlei nacional. Outra equipe que permanece é o JF Vôlei, que venceu a Seletiva disputada em Juiz de Fora contra o Upis Brasília e o Copel Telecom Maringá, que acabou sendo rebaixado.

 

  Bastidores

O CEO da CBV, Ricardo Trade, o Baka, garantiu ao jornalista do Estadão, Bruno Voloch, que não houve nada de anormal nos bastidores para que esta seletiva fosse disputada no ginásio da Faculdade de Educação Física, na UFJF (hipótese levantada pelo próprio jornalista): “Juiz de Fora sediou a competição porque apresentou as melhores condições e estruturas para os clubes participantes. Maringá realmente quis receber o evento, mas analisando as duas candidaturas optamos por Juiz de Fora somente pelo lado estrutural. Nada mais”.

Perguntado sobre uma possível inclinação de Radamés Lattari para favorecer a escolha de Juiz de Fora como sede, Baka foi taxativo: “Comigo aqui não tem essa se amigo de fulano e de beltrano. Aqui hoje não. Existe um regime profissional e não admito interesses paralelos em nome da amizade. Isso Maringá pode ter certeza que não. Maringá e qualquer outro clube que se sinta prejudicado”.

Sobre uma possível “virada de mesa” em que o número de equipes participantes fosse aumentado de 12 para 14, a volta de Maringá, e um possível ingresso de um carioca, seja Botafogo, ou um novo time comandado por Giovane Gávio, Baka esclareceu: “Fico feliz que o Giovane tenha conseguido êxito e que o Rio volte a ter uma equipe de ponta. Regras são feitas e valem para todos sem diferença. O caminho para chegar até a Superliga é passando pela Superliga B, seja para o Giovane ou qualquer outro clube interessado. O único garantido é o time de Castro que ganhou o direito dentro de quadra. Ponto. Se Castro não jogar quem se classifica automaticamente para a Superliga é São Bernardo e não o Botafogo. O que eu digo é que nenhum clube com CNPJ novo irá jogar a Superliga. Se o Giovane irá se associar a a, b ou c é um direito dele e do clube que abre as portas. Isso a CBV não pode e não vai se opor. Lamento muito a saída de Maringá. Eles perderam dentro de quadra e nada mais justo que voltem da mesma forma. A questão de 14 times jogarem depende da aprovação dos demais clubes e não somente da CBV. O que eu digo é que hoje a CBV não teria verba para financiar uma Superliga com 14 equipes no masculino”, declarou, recentemente.

 

Ricardo Trade, o Baka, é CEO da CBV (Foto: Estadão)
Ricardo Trade, o Baka, é CEO da CBV (Foto: Estadão)

 

  Feminino: 11 vezes Rio e volta do Flu

Na Superliga Feminina, o maior vencedor da história da competição conquistou mais um título. O Rexona-Ades (RJ) bateu o Dentil/Praia Clube (MG) por 3 sets a 1 (25/18, 26/28, 28/26 e 28/26), no ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF) e garantiu o 11º título de sua história em uma final inédita, já que o time mineiro chegou a grande decisão pela primeira vez.

A seletiva feminina apontou como campeão o Fluminense, que, assim, volta à elite da modalidade. Para o torcedor da cidade que acompanhou a grande fase do Sport Club Juiz de Fora no início da década de 80, são inevitáveis as lembranças de partidas memoráveis no ginásio alviverde reunindo Sport, Fluminense, Minas Tênis Clube e Flamengo, entre outras grandes equipes.

 

Rexona Ades conquistou o 11° título da Superliga Feminina (Foto: Divulgação/CBV)
Rexona Ades conquistou o 11° título da Superliga Feminina (Foto: Divulgação/CBV)

 

 

Texto com informações do site da Confederapão Bras8leira de Voleibol (CBV) e entrevista concedida ao blog de Bruno Voloch no “Estadão”

Fotos: Divulgação Estadão e CBV

Edição: Toque de Bola

O Toque de Bola é administrado pela www.mistoquentecomunicacao.com.br

Deixe seu comentário