Caros e caras, confesso que esta crônica teria outro tema e outra abordagem. Mas diante do que presenciei no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio neste fim de semana, ficava difícil escrever sobre outra coisa. Sim, está é uma crônica sobre arbitragem e VAR.

Desde já, deixo claro que a maneira como o VAR é usado no Brasil é diretamente afetada pela qualidade da arbitragem nacional. Por isso creio que tudo tem que melhorar de nível. Mas, voltemos ao caso concreto.
No Tupi 1 x 3 Serranense, um lance praticamente decidiu o jogo no fim do primeiro tempo. O árbitro, Murilo Misson Júnior, decidiu, por sua própria cabeça, expulsar o goleiro carijó, Victor Hugo, por conta de um pênalti que viu em uma disputa de bola com um atacante do Serranense.
Auto de confissão
Na súmula, o juizão não teve dúvida, escreveu: “expulsei este atleta (Victor Hugo) com aplicação direta do cartão vermelho por, na disputa pela bola, dentro da área penal, ter atingido seu adversário com a sola da chuteira e uso de força excessiva seu adversário de número 7 na altura da coxa. Informo que o atleta atingido foi atendido rapidamente e permaneceu no campo de jogo.”
Estão no texto da súmula as expressões “na disputa da bola” e “força excessiva”. Nessas situações, as recomendações da International Board mais recentes são de que não se expulse o jogador que cometeu o pênalti em questão. Isso para evitar uma tripla punição: pênalti, expulsão e gol (claro que ocorreu isso com o Tupi, pois, Tupi!). Só é orientada a expulsão em caso de lances de penalidades máximas fora da disputa da bola ou agressão.
Ninguém mais viu
Reparem que não estou discutindo a “sola” e a penalidade que Murilo viu, e eu e demais colegas presentes ao Estádio não vimos. Mas, a ignorância das recomendações da Board. Por desconhecimento? Pouco provável, já que até esse escriba sabe disso. Por má fé? Prefiro não acreditar nisso. Vamos ficar no lapso mental, no erro natural, ao qual todo ser humano vivente está sujeito.
É aí que deveria entrar o VAR. Como toda expulsão é revista, a cabine poderia lembrar o senhor Misson Júnior das recomendações da Board. Chamá-lo a reavaliar o lance e retirar o cartão (ou até mesmo não dar o pênalti). É para corrigir injustiças como esta que o assistente de vídeo existe. E neste jogo tive a prova de que ruim com ele, sem ele não dá mais!
Texto: Wallace Mattos
Fotos: Toque de Bola
Caríssimo colega, bom jornalista e que me permita dizer, torcedor carijó autêntico, Wallace Mattos. Não se engane dizendo que o Tupi foi roubado pela arbitragem.
Perca seu tempo e texto mostrando que o nosso amado Galo Carijó vem sendo garfado não pela arbitragem, mas por gestões ineficientes, fora de campo, há mais de 20 anos seguidos. E que nos últimos, piorou ainda mais. Gestões até sem força para encaminhar qualquer representação junto à FMF contra a atuação de uma determinada arbitragem. Ou você acha que alguém conhece ou respeita um tal de Juninho na sede da Federação em BH ?
ENFIM, chega de nos enganarmos.
O Tupi precisa de uma total reformulação enquanto há tempo. O resto é lamentação de torcedor apaixonado.
#NovaEleiçãoJá
Ailton Nasser
torcedor carijó.
Prezado Wallace, vou ser obrigado a discordar de você.
A má fé existe dentro das 4 linhas e tbm dentro da cabine do VAR, portanto quando houver a intenção de prejudicar algum time, não é o VAR que irá impedir essa roubalheira que é o futebol brasileiro.
Vide o que fizeram com o Botafogo praticamente em todo campeonato brasileiro e com o Vasco naquele lance contra o Inter.
Outro detalhe: eu como Vascaíno, voltei a gritar gol no momento que a bola ultrapassa a linha do gol adversário, já que a série B não tem VAR como todos sabem. Com o VAR, sinto-me um grande palhaço assistindo futebol.
Um grande abraço!!!