Depois do empate em 1 a 1, neste sábado, 29, um abatido Antônio Carlos Roy apresentou-se para a entrevista coletiva. Lamentou as chances criadas no primeiro tempo e o descontrole da equipe na etapa final, quando admite que quase sofreu a virada do Vila Nova-GO.
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“Tivemos um bom primeiro tempo. No final, a bola na trave do Allan, uma outra chance com o Salino, podia ter terminado o primeiro tempo 2 a 1. O gol não veio e depois dos 20 minutos do segundo tempo, o time ficou abriu, querendo ganhar de qualquer maneiras. De certa forma, você adiou. A rodada foi boa, mas não conseguimos fazer o dever de casa”, analisou o técnico.
O nervosismo no segundo tempo comprometeu todo o desempenho do time?
“Com certeza, foi uma equipe totalmente desequilibrada. Principalmente depois dos 25 minutos, a equipe ficou nervosa e abriu. Como nós tivemos chances de ganhar semana passada, em Caxias do Sul, eles (Vila Nova) também poderiam ter ganho aqui no segundo tempo”.
O time ficou muito exposto (sofreu gol em contra-ataque)? Sentiu as mudanças táticas, principalmente no setor defensivo?
“Trocamos o Allan pelo Hugo. É um jogador de muita qualidade, e mostrou isso. Mas foi para o sacrifício. Estava há quase um mês sem jogar. E é um risco que o Tupi está correndo a todo momento. Quando se está atrás na competição, começa a correr riscos. O Hugo entrou até bem tecnicamente, mas sem condicionamento físico. Isso sobrecarregou o meio. O Léo Salino sentiu dores no púbis, e colocamos o George, este também no sacrifício, porque está com o tornozelo inchado. E outra coisa: acabamos tendo saída só por um lado. O Fabrício Soares, volto a falar, fecha bem o setor, mas não tem saída (para o ataque). Aí colocamos Henrique e Alex Travassos nas laterais, que são totalmente ofensivos mas com pouco poder de marcação. Então tivemos que abrir, não tem jeito. Tivemos oportunidades para ganhar no jogo, e no final podíamos até ter perdido”.
Dá para se fazer algo fora de campo até no aspecto de motivação, além da parte tática e técnica. Qual a projeção para o time nas quatro rodadas que restam?
“Quem acompanha o futebol sabe que quando se está lá atrás na tabela, o emocional… Não são todos os jogadores que suportam da mesma forma. Estamos tentando. Ontem (sexta-feira) trouxemos um palestrante, psicólogo de São Paulo, fizemos esta palestra à noite, hoje (sábado), antes de falar da parte tática do jogo, mostramos vídeos ao elenco, de jogadores que se superam, e estamos buscando. O que eu posso falar para a torcida? O torcedor vem aqui, xinga um, xinga outro, mas não falta empenho. O zagueiro Sílvio, por exemplo, passou a noite inteira com febre e jogou, desgarrou lá de trás, criou situações na frente. Volto a falar: falta é um pouquinho mais de capricho para a bola entrar. E a competição está estreitando, faltavam seis, cinco, e agora só faltam quatro jogos. E destes quatro, dois são confrontos diretos, e aí temos que fazer a diferença.”
Os próximos jogos do Tupi são (todos em outubro): dia 6, Santo André (confronto direto contra o descenso), no ABC Paulista; dia 13, Brasiliense, no Distrito Federal (também confronto direto); dia 20, em Juiz de Fora, diante do Oeste (SP), e dia 28, última rodada da fase de classificação: Chapecoense, em Chapecó (SC).