A equipe do Centro Regional de Iniciação ao Atletismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (CRIA UFJF), participou do Campeonato Brasileiro de Atletismo Caixa de Menores Interclubes, realizado em São Paulo de sexta-feira, 23, ao domingo, 25. Representando a cidade, o atleta Robison Gomes, 16, foi destaque do Campeonato ao bater o recorde mineiro nos 1.500m, abaixando a marca de 4min1seg para 4 minutos e 76 centésimos. O tempo batido foi quebrado após permanecer cerca de 37 anos como o melhor da prova.
“Estou muito feliz por ter quebrado o recorde, porque ele já não era superado há muito tempo. Consegui colocar meu nome na historia e acredito que isso motiva ainda mais os atletas da minha equipe a continuarem treinando. A prova em si foi bem difícil por estar chovendo e pela disputa com atletas de nível nacional. Estava meio ansioso, mas deu tudo certo e foi exatamente aquilo que eu esperava”, conta Robison em entrevista exclusiva ao Toque de Bola.
O evento reuniu cerca de 800 atletas de todo o país e o CRIA UFJF representou Juiz de Fora com 11 jovens, que em sua maioria têm entre 15 e 16 anos. Superando marcas pessoais, os meninos da cidade alcançaram bons resultados e voltaram para casa contentes com seus desempenhos. Para Robison, o recorde deixa o atleta com ainda mais vontade de superar marcas e dá esperanças de realizar o sonho de futuramente poder sustentar sua família.
“Estou pensando em abaixar mais o recorde e continuar treinando forte para chegar bem melhor nas competições de nacionais. Tenho um sonho como atleta de um dia poder ajudar meus familiares e chegar as Olimpíadas e Campeonatos Mundiais, além de ser exemplo de vários jovens atletas que terão o mesmo sonho que eu”, revela o jovem.
Amor ao esporte e gratidão ao CRIA UFJF
Robison chegou ao projeto de atletismo por conta do interesse em praticar esportes coletivos. Mesmo assim, aceitou a indicação de conhecer a modalidade individual e desde então não consegue largar as pistas. Mesmo ainda jovem e com pouco tempo como atleta, o juizforano já conhece as dificuldades do esporte, o que o faz valorizar ações como a do CRIA UFJF ainda mais.
“O atletismo hoje é um esporte que está crescendo, mas ainda há uma dificuldade em questão de apoio, pois é difícil manter um atleta sem ajuda. Precisamos a todo momento de apoio para nos desenvolvermos no esporte, que para mim hoje não é apenas uma modalidade, mas uma vida que não pretendo abandonar, que me faz feliz, mais do que qualquer festa. Me renovo e me sinto bem como atleta, o apoio dos meus treinadores é essencial e acredito que se não fosse o atletismo agora, não sei o que seria de mim”.
Para o treinador Phelipe Castro, 26, esse resultado edifica em pouco mais de dois anos o CRIA UFJF como centro de descoberta de talentos.
“Nos últimos 12 meses, conseguimos três medalhas em competições de nível nacional, resultados que sustentam e indicam o excelente trabalho realizado na UFJF. E este último (Robison) mostra mais uma vez o talento desta cidade para corridas de meio fundo e fundo”, analisa Phelipe.
Texto: Bruno Kaehler com informações da assessora do CRIA UFJF, Tainá Voltas
Fotos: Jefferson Verbena/Robison Gomes