Foi muito mais fácil do que imaginava. Depois de ter vencido o atual campeão Bayern de Munique por 1 a 0 no duelo de ida, semana passada, na Espanha – pelas chances desperdiçadas poderia ter sido mais -, o Real Madrid abriu 3 a 0 logo no primeiro tempo da partida decisiva, acabou anotando 4 a 0 nesta terça-feira, na Alemanha e se classificou para a grande final da Champions League depois de 12 anos de tentativas frustradas.
Chelsea e Atlético de Madri definem às 15h45 (horário de Brasília) desta quarta, em Londres, o segundo finalista. Na casa do Atlético, houve empate por 0 a 0.
Sergio Ramos abriu o caminho para a vaga na Allianz Arena com dois gols de cabeça em 20 minutos de partida, Cristiano Ronaldo completou antes do intervalo e definiu de pênalti, no finalzinho do jogo. Com 16 tentos, o português se tornou o maior artilheiro em uma só edição da competição. O time de Pep Guardiola precisava de cinco gols para reverter a situação até o segundo de Ronaldo, mas pouco levou perigo na segunda etapa.
Maiores vencedores da história do torneio, os madrilenhos sonham com o décimo troféu de campeão europeu desde 2002. Passaram pelo comando do Real desde então 11 treinadores diferentes, entre eles Vicente Del Bosque, Vanderlei Luxemburgo, Fabio Capello e José Mourinho e coube a Carlo Ancelotti a primazia de colocar o time branco de volta em uma decisão de Champions.
Ancelotti que jamais perdeu do Bayern em sua história, com seis vitórias e dois empates e que ganhou em três das quatro partidas que fez em Munique. Era o técnico de que precisa o Real, derrotado em nove de dez visitas à cidade – empatou outra – e também com péssimo retrospecto contra os demais times da Alemanha, somando 19 derrotas, cinco empates e agora três vitórias em encontros com adversários germânicos. O Italiano é bicampeão da Champions com o Milan em 2003 e 2007.
A nota negativa para os madrilenhos é o fato de que Xabi Alonso, punido com o terceiro cartão amarelo, está suspenso da final, dia 24 de maio, em Lisboa. Chance para o ex-são-paulino Casemiro? Ele foi colocado em campo durante o confronto desta terça.
Terceiro colocado e na briga também pelo título do Campeonato Espanhol, com 82 pontos, seis a menos que o líder Atlético de Madri e com uma partida a menos, o Real Madrid recebe o Valencia no próximo domingo. O Bayern venceu o Alemão com antecedência recorde e cumpre tabela no sábado que vem, diante do Hamburgo, fora de casa. Os comandados de Guardiola ainda podem vencer a Copa da Alemanha, em 17 de maio, contra o Borussia Dortmund, em Berlim.
O jogo
Bale, de volta à equipe recuperado de gripe, teve chance com a meta aberta aos nove minutos de partida. Neuer saiu da área de cabeça para afastar bola da defesa, e o galês do Real bateu de primeira. Por cima do gol. Di Maria também chegou perto em chute cruzado.
Aos, 16, saiu o primeiro gol espanhol. Modric cobrou escanteio, e Sergio Ramos subiu alto para cabecear forte. Foi no meio da meta, mas Neuer não conseguiu espalmar. Quatro minutos depois, Ramos fez mais um, de novo de cabeça, desviando cobrança de falta de Di María.
Estava mesmo fácil. Aos 34, Bale puxou contra-ataque pela direita e serviu Cristiano Ronaldo. O português não falhou e comemorou mostrando 15 com as mãos, o número de gols que ele fez e o transformou no maior artilheiro de uma só edição da Champions. Ronaldo ultrapassou Messi, em 2011/12 e o brasileiro Mazzola, 1962/63, cada um com 14 gols nas respectivas temporadas. O atacante luso ainda marcou cobrando falta por baixo da barreira nos acréscimos do segundo tempo.
Texto, informações e fotos Getty: site ESPN Brasil