Que vergonha tanto “chilique”!

Scolari recebe cartão amarelo e logo em seguida o vermelho em Atlético x América

Que vergonha tanto “chilique”!

Será que os chamados grandes clubes do futebol brasileiro chamam a atenção ou aplicam multas aos profissionais que prejudicam suas instituições com “chiliques” ou indisciplina gratuita ou destempero dentro e fora de campo?

Se há alguma punição, não se torna pública. Recentemente não vimos.

O que mais chama a atenção nesta Série A do futebol nacional são os treinadores. Só para ficar em alguns exemplos: Abel Ferreira (Palmeiras), Fernando Diniz (Fluminense) e Luiz Felipe Scolari (agora Atlético Mineiro).

Não percebem que estão sendo anti-profissionais e prejudicam seus clubes, que por sua vez sempre declaram dificuldades financeiras?

É normal em determinado jogo a arbitragem desagradar alguma equipe.  Naquela partida específica, situação pontual, sujeito perde a linha, passa do tom e é expulso. Ok.

Mas todo jogo? Diniz, exaltado com justiça pelo futebol bonito do Fluminense (que agora vive má fase), foi expulso contra o Atlético Mineiro nos instantes finais, punido com cartões amarelo e vermelho, deixando de ficar à beira do campo por duas rodadas. E não houve nenhum lance capital na partida que pudesse de alguma forma servir como justificativa.

E Diniz, que nas coletivas costuma dizer coisas bem interessantes, tem agravante séria em seu destempero: ofende durante o jogo alguns atletas do seu próprio time. Como já ocorreu com Tchê-Tchê, hoje no Botafogo. Nenhum atleta precisa passar por isso. Uma vez, vá lá. Mas sempre?

No Palmeiras, parte da torcida do Clube vê na postura de Abel uma espécie de resposta à falta de simpatia da mídia no tratamento cotidiano ao Porco. Uma afirmação perante à opinião pública. Mas será que vale a pena ele conviver com um festival de cartões? Justificaria a suposta defesa da instituição? Entendo que não.

Scolari no Atlético 2×2 América praticamente repetiu a façanha de Diniz, tomando dois cartões consecutivos e sendo expulso no final do primeiro tempo. Para não ficar só nos “chiliques” da beira do campo, dentro dele o atacante Hulk, que reclama da arbitragem sempre, “conseguiu” o cartão vermelho também, ao final da partida.

A “cereja do bolo” é Scolari afirmar que os árbitros já entram em campo com algo preparado para prejudicar Hulk. Quer dizer: um técnico que errou “absolvendo” um jogador que errou, pelos mesmos motivos: chiliques!

Eu, hein? Tá tudo errado. Treinadores e atletas têm, sim, obrigação de manter o equilíbrio, a postura. Não podem os clubes passar a mão na cabeça dos irresponsáveis e quando voltarem da suspensão fazer igual ou pior.

É falta de educação, de equilíbrio e de profissionalismo!

 

Texto: Ivan Elias

Foto: print TV Globo

Ivan Elias

Ivan Elias, associado do Panathlon Club de Juiz de Fora, é jornalista, formado em Comunicação Social pela UFJF. Trabalhou por mais de 11 anos no Sistema Solar de Comunicação (Rádio Solar e jornal Tribuna de Minas), em Juiz de Fora. Participou de centenas de transmissões esportivas ao vivo (futebol, vôlei, etc). Apresentou diversos programas de esporte e de humor, incluindo a criação de personagens. Já foi freelancer da Folha de S. Paulo, atuou como produtor de matérias de TV e em 2007 e 2008 “defendeu” o Tupi, na Bancada Democrática do Alterosa Esporte, da TV Alterosa (SBT-Minas). Criou, em 2010, ao lado de Mônica Valentim, o então blog Toque de Bola que hoje é Portal, aplicativo, Spotify, Canal no Youtube e está no Twitter, Instagram e Facebook, formando a maior vitrine de exposição do esporte local É filiado à Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) e Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (Abrace).

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