Que polêmica nos Aflitos!

Timbu garantiu vaga na próxima fase

  Após quase uma semana, a partida entre Náutico e Paysandu, válida pela fase de quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série C, ainda repercute no cenário esportivo nacional. O empate em 2 a 2 teve golaços, casa cheia no Estádio dos Aflitos, em Recife, e vários outros ingredientes de uma grande decisão, mas tudo isso ficou em segundo plano aos 49 minutos do segundo tempo.

Aos 49 do segundo tempo 

  Quando a partida se encaminhava para o fim e o placar marcava 2 a 1 para o Papão, o que daria a classificação para as semifinais e o acesso à Série B no Brasileirão para a equipe do Pará, o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou um pênalti para o Timbu. Após desvio de Caique Oliveira, a bola tocou no braço de Anderson Uchoa dentro da área.  Na cobrança, Jean Carlos converteu, levou a decisão para a disputa de pênaltis e o Náutico terminou classificado. O lance gerou muita reclamação por parte de toda a equipe do Paysandu e ainda ecoa nos bastidores do pós-jogo. Clique aqui para ver o lance. 

Erro “escandaloso”

  Em nota oficial veiculada em suas redes sociais, o clube paraense classificou o episódio como um “gravíssimo e escandaloso erro de arbitragem” e anunciou que o presidente Ricardo Gluck Paul seguiria, com advogados, para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, em busca de providências. Clique aqui para conferir a nota oficial do Paysandu, na íntegra.

Presidente do Paysandu já oficializou o pedido de impugnação da partida no STJD

  O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou, no final da manhã desta quarta, dia 11, que o Paysandu ingressou com pedido de impugnação da partida. Clique aqui para conferir a nota oficial do STJD, na íntegra.

Não vai parar

Paulo César Salomão Filho, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), confirmou o recebimento do pedido de impugnação da partida entre Paysandu e Náutico.

  Em despacho divulgado no começo da noite desta sexta-feira, Paulo Salomão determina à CBF a não homologação da partida, mas nega o pedido de paralisação da Série C. Ainda não há data marcada para o julgamento no Pleno.

  Árbitro “cretino”

  Em entrevista à ESPN, Ricardo Gluck não poupou críticas à marcação da penalidade, à escala da CBF e ao árbitro Leandro Vuaden. “Se você pegar os quatro jogos das quartas de final, apenas o nosso não teve árbitro Fifa. Isso é outra coisa que vou pedir explicação ao Gaciba (chefe de arbitragem da CBF). O árbitro foi cretino em marcar aquele pênalti. Eu nunca vi um lance tão unânime nacionalmente, todo mundo concordando que foi esdrúxulo”, analisou.

  Ameaças aos milhares 

  Após a polêmica, o número de celular de Leandro Vuaden foi divulgado pela torcida do Paysandu. Desde então, o árbitro tem recebido ameaças de torcedores do bicolor e afirmou que registrou queixa em todas elas. “Neste momento estou cuidando da integridade da minha família devido às milhares de ameaças que venho recebendo, todas registradas no órgão competente, mas posteriormente estarei à disposição”, resumiu o árbitro.

Leandro Vuaden relatou que vem recebendo ameaças

 

 

 Outro pênalti?

 A CBF emitiu um parecer oficial na manhã desta quinta, dia 12, afirmando que “não se pode dizer que o árbitro ocasionou prejuízo direto a uma ou a outra equipe”. De acordo com Ouvidor de Arbitragem da CBF, Manoel Serapião Filho, aos 20 minutos do primeiro tempo houve um pênalti não marcado para o Náutico. Foi uma disputa em que o atacante do Náutico foi derrubado pelo goleiro do Paysandu com o uso dos braços, “de modo muito claro”.

  Ainda de acordo com Serapião, a avaliação do trabalho (da arbitragem) como um todo não pode ser positiva”. No fim, ele recomenda que a Comissão de Arbitragem analise a conveniência de recomendar que o árbitro da partida assista ao jogo para reavaliar seus critérios de análises nas duas situações mencionadas.

 

Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento, com informações da CBF, do STJD e agências 
Foto de capa: Reprodução/DAZN;
Fotos: Cristino Martins/O Liberal; Aldo Carneiro/Pernambuco Press; Paulo Paiva/AGIF

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