Caros e caras, quem me acompanha aqui, nos multimeios e multi redes do Toque sabe bem minha posição quanto à realização de competições durante a pandemia. Por isso, considero gigante qualquer atitude que a comissão técnica e os jogadores da Seleção Brasileira tomarão em relação à disputa ou não da Copa América. Para o bem ou para o mal.
O sonho é que, em uma tomada de consciência que levasse em conta os mais de 470 mil mortos pela covid-19 no Brasil, Tite, sua turma e seus atletas se recusem a entrar colocar a Amarelinha em campo. Mesmo que esta seja só a justificativa pública – não sou ingênuo a ponto de achar que dos motivos envolvidos a sensibilidade não demonstrada até agora seja o principal para não jogarem a Copa América – seria um alento.
Não vai acontecer
Mas, duvido que isso aconteça e serei profundamente surpreendido se acontecer. Mais “simples e fácil” é um posicionamento nebuloso em “titês fluente” do treinador, e os jogadores, mesmo se posicionando contra, dizerem que vão jogar a Copa América sob protesto.
Os motivos dados para entrarem em campo, mesmo em cima de uma pilha gigantesca de mortos, será um já muito distante – para os mais sensatos – “orgulho de vestir a camisa do Brasil” e “poder dar um pouco de alegria ao povo sofrido em meio à tanta tristeza”.
Mesmo que aconteça
Só por vã esperança, já imaginei o que poderia se passar se o posicionamento dos meus sonhos se concretizasse. Seria o fim do ciclo de Tite à frente da Seleção, um novo treinador – que sabemos ser Renato Gaúcho – seria nomeado e uma nova convocação seria feita.
Provavelmente, disputaríamos a Copa América com uma seleção paralela. Escacaríamos ao mundo o estado de exceção que todos nós vivemos no dia a dia e sofremos na pele. Talvez fosse melhor.
Faça bolo
Em ambas as situações, jornalistas como eu e veículos como esse estaremos mais próximos de voltar a tempos sombrios, publicando, ao invés de notícias, receitas culinárias. Pensando bem, seria uma utilização melhor de espaço do que noticiar “gols, vitórias e conquistas” de uma seleção sob a égide do autoritarismo, celebrando sobre uma pilha de cadáveres.
Receita de bolo de fubá:
- 1 ½ xícara (chá) de fubá mimoso
- 1 xícara (chá) de farinha de trigo
- 2 xícaras (chá) de açúcar
- 4 ovos
- 1 xícara (chá) de óleo
- 1 xícara (chá) de leite
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- 1 colher (sopa) de sementes de erva-doce (opcional)
- 1 pitada de sal
- manteiga e farinha de trigo para untar e polvilhar
Modo de preparo:
- Preaqueça o forno a 180 ºC (temperatura média).
- Com um pedaço de papel toalha (ou pincel), unte com manteiga uma fôrma de bolo, com furo no meio, de 25 cm de diâmetro – tente fazer uma camada bem fina. Polvilhe com farinha e chacoalhe bem para espalhar. Bata sobre a pia para retirar o excesso.
- Numa tigela separada, quebre um ovo de cada vez e transfira para o copo do liquidificador Junte o óleo, o açúcar e o leite. Bata até ficar liso, por cerca de 5 minutos.
- Transfira a mistura para uma tigela grande. Junte o fubá e a farinha, passando pela peneira. Com um batedor de arame, mexa delicadamente até a massa ficar lisa. Por último misture o fermento, as sementes de erva-doce e o sal.
- Despeje a massa do bolo na fôrma untada e nivele com uma espátula. Leve ao forno preaquecido e deixe assar por cerca de 30 minutos. Para saber se o bolo está assado: espete um palito na massa, se sair limpo é sinal que o bolo está pronto; caso contrário, deixe por mais alguns minutos até que asse completamente.
- Retire do forno e deixe esfriar por 15 minutos antes de desenformar.
Sirva em temperatura ambiente. Combina muito com aquele cafezinho passado na hora.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Lucas Figueiredo/CBF; e panelinha.com.br