A nossa crônica deste domingo, 14 de março de 2021, é, na verdade, uma jogada dividida (mas na bola, hein?) com os amigos. Começo daqui e convido vocês a darem sequência na área de comentários.
Vou citar cinco lembranças que tenho do esporte e vocês enviam as suas. Não precisam ser cinco. A quantidade de lembranças não importa. Podem ficar à vontade. O legal é vocês participarem (como, aliás, têm feito aqui no Toque de Bola – Portal, nas nossas redes, no aplicativo, no Youtube).
São memórias, tá? Não queremos dizer que as nossas cinco lembranças tenham sido fatos raros ou espetaculares. São memórias pessoais mesmo. Situações que ficam marcadas. Como se fossem hoje, agora, cada uma delas.
Só mais um detalhe: não vamos falar (não hoje) sobre histórias como profissional de imprensa. É de cidadão, de torcedor. Combinado?
1) A primeira vez que assisti a uma partida de futebol na marquise do antigo Salles Oliveira, estádio do Tupi. O jogo mesmo não lembro. Sentar/debruçar naquela marquise, porém, pedindo licença para quem estava no parapeito para poder pular (não tinha outro caminho), foi especial. Talvez por ter sido a primeira vez que fui sozinho, e de ônibus, ao estádio. Depois virou rotina. Chegar cedo, garantir lugar na marquise, ver jogadores dos dois times bem de perto. Valeu, marquise do Salles! Mil vezes melhor que qualquer “pei per viu”, viu?
2) O gol do Fluminense, pela TV, sobre o Botafogo na decisão do Campeonato Carioca de 1971, aos 41 do segundo tempo. Lula. O gol não, a comemoração. O pulo e o grito do meu pai – no começo levei foi um tremendo susto! – e os meus irmãos repetindo os gestos. O caçula aqui, perplexo, nem lembro se pulou também, se paralisou. Selfie com certeza não teve. Aliás, já pensou se outra “mudernagem”, o VAR já existisse e anulasse? Como retroagir tanto pulo e tanto grito?
3) A terceira memória não tem data específica. Era a chance de poder ver de perto, pessoalmente, os radialistas esportivos. Sejam aqui da cidade ou do Rio (estes vinham em amistosos ou torneios como a Taça Cidade de Juiz de Fora). Era o único meio de saber se os meus ídolos existiam mesmo. Ou se eram somente vozes do rádio. Aí são muitos. Paulo Roberto Simão, Dirceu Costa Ferreira, Márcio Guerra, Ivan Costa, Toni Martins, Paulo César, Fernando Luiz. Do Rio queria ver o rosto de Edson Mauro, Afonso Soares, Antônio Porto, Cesar Rizzo, do nosso “danadinho” Maurício Menezes e tantos outros. Além de poder confirmar se eram de carne e osso, a grande curiosidade: será que a cara vai combinar com a voz? Cada curiosidade estranha… Nem te conto.
4) Jogos de vôlei feminino no ginásio do Sport na década de 80. Que privilégio! Era um dos primeiros a entrar no ginásio (sempre lotado!) para garantir lugar no “gargarejo”. Para quase copiar uma frase batida, “era muito mais que voleibol”. Era tudo em torno! A movimentação, a adrenalina, os pedidos de tempo dos treinadores e algumas broncas homéricas, a torcida jogando junto. Que cenário espetacular! Quantas partidas e bastidores inesquecíveis, além do bicampeonato estadual do Sport quebrando a hegemonia de então do Minas. Arrepia ainda só de lembrar. Dá para “ouvir” o ginásio pulsando agora, tudo outra vez.
5) O Maracanã. Que fascínio! Ir ao estádio Mário Filho (tomara, aliás, que o nome permaneça) pela primeira vez era sonho. O espetáculo que as torcidas faziam, a entrada das equipes em campo, a rampa, a chegada… Ter a certeza, a exemplo dos radialistas, que o templo existia. E dava até para entrar nele, olha só! Magia pura. Talvez os cinco, dez primeiros jogos que assisti da arquibancada tenham tido o sabor prorrogado de uma primeira vez (aquele sorvete que você vai empurrando para casquinha não ficar sem companhia no final, sabe?). E testemunhar seu time ser campeão, como em 1980 (o tricolor conquistou a Taça Guanabara e depois o Estadual, em duas finais contra o Vasco)… É sonhar demais. Cada decisão uma festa com cem mil pessoas. Aí já passa de sonho. É delírio!
Pronto. Lançamos nossas cinco lembranças. Agora é a sua vez. Utilize a área de comentários do Portal para enviar as suas memórias mais afetivas do futebol ou do esporte de maneira geral.
Sabem o mais bacana de resgatar estas histórias? É constatar que ainda hoje, seja como torcedor ou jornalista, estar em um ginásio, ou estádio, ou numa pista de atletismo, numa prova de off Road ou em outras modalidades, significa revisitar este sentimento. E constatar que, tantos anos depois, o esporte ainda tem a capacidade de alimentar a nossa memória e aquecer os nossos corações.
Crônica: Ivan Elias – Toque de Bola
Foto do estádio Salles Oliveira: Memorial Márcio Guerra
Foto vôlei do Sport: arquivo pessoal Wania Sarmento
Valeu, Beto Vidal! Ótimas lembranças
Vou colocar aqui minhas 5 lembranças do esporte na cidade:
1) Motocross onde hoje fica o bairro Cascatinha, juntava multidões
2) Flu 2 x 1 Fla no campo do Sport, com dois gols do argentino Doval para o Flu
3) Jogos Universitarios, onde as finais, principalmente de futsal, lotavam o ginasio do Sport, com grandes embates entre Engenharia, Medicina, Educaçao Fisica, Machado Sobrinho e outras
4) Final do Brasileiro Serie D no Estadio Municipal, Tupi 1 x 0 Santa Cruz, gol de Ademilson
5) jogos de volei no ginasio do Sport, com a presença também dos times do Rio, Fluminense e Flamengo, e dos times de BH.
Grande Abraço
Beto Vidal
Bacana, seu Mauricio. Certa vez, na Rádio Solar, tivemos a oportunidade de fazer uma cobertura da Corrida da Fogueira ao vivo, inspirados pelo saudoso Mário Helênio. Foi muito bacana! Abraço e obrigado pela sua atenção e companhia
Valeu muito, Cláudio! Obrigado
Minhas memórias: agora só tenho uma (em razão de um AVC e um TRAUMSTÍSMO CRANIANO em fins de 2019): as corridas da fogueira organizadas pelo Marianinho (não me lembro dos anos). Saiamos do clube, iamos até a rua Sta. Rita e voltavamos pela getulio vargas, andradas e rui barbosa. Era uma festa.
Belas lembranças Ivan, vou passar algumas minhas :
1)Título carioca do Fluminense em 1976, assisti na casa de um tio vascaino. Galera toda torcendo pro Vasco e eu vibrei demais nesse dia.
2)Meu primeiro título no futebol pelo Santa Maria de Além Paraíba-MG, no campeonato regional amador adulto em 1980. Inesquecível, peguei pênalti e fui revelado aquele dia com 16 anos para o futebol.
3)Um título pelo sub-20 do Flamengo em um “Mundialito” em Seul, na Coreia do Sul, em 1983, Flamengo representou o Brasil, River Plate a Argentina, mais as seleções da Coreia do Sul e do México.
4)Título Carioca do Flu em 1995. Assisti na casa do meu amigo Telê, também tricolor, vibramos muito juntos.
5)Título da Super Copa Árabe de clubes na Síria com o Al-Hilal em 2001, foi um título dificílimo, inacreditável mesmo.
Valeu ?
Cláudio Rogel
Algumas recordações no Sport Club Juiz de Fora. Jogo da seleção brasileira de futebol master, equipe de futsal do Sport jogando o torneio Rio/São Paulo com ginásio lotado. E para finalizar, o jogo de baquete entre a equipe do PBF e Corinthians com a presença do Oscar, Gérson….
Já estive várias vezes na marquise do Sales de Oliveira!!!
Ótimas lembranças!!!!
Muito legal resgatar momentos marcantes e lugares especiais!!!!
Tive inúmeras alegrias nesse modesto mas envolto de muitas místicas!!!
Inauguração dos refletores do Sport Club em 1976: Fla x Flu
Que legal você compartilhar as suas memórias. A sua forma de relatar fez com que eu sentisse parte das suas emoções. Parabéns pelo relato.