Prova de ciclismo do JF Games tem 3km entre bosques e matas da UFJF

Crianças, jovens e adultos são esperados no percurso de mountain bike da concha acústica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que acontece no próximo sábado, 22. O trajeto integra a programação do JF Games, neste final de semana, nas dependências da universidade, e faz parte da Semana Nacional do Trânsito.

Após a explosão do skate na década de 1960, jovens de todo mundo, em especial dos Estados Unidos, passaram a enxergar a vasta variedade de esportes radicais que que podiam surgir com o auxílio das rodas. Nessa febre de novidades, um grupo de ciclistas começou a frequentar trilhas de montanhas da Califórnia (EUA), sendo considerados os pioneiros do mountain bike.

Segundo relatos de ciclistas, levou algum tempo para o novo esporte chegar ao Brasil. “Juiz de Fora é o berço de mountain bike no país. Em 1988 a novidade chegou na cidade, que foi uma das primeiras a difundir e aperfeiçoar o esporte em território nacional”, conta Felipe Gomes, praticante de mountain bike há 16 anos e organizador do JF Games.

A geografia juizforana, com suas diversas montanhas e trilhas, favoreceu a rápida ascensão do esporte, como explica Gomes. “Aqui bastam 10 minutos para se chegar a alguma trilha interessante, diferente das grandes cidades em que às vezes podem ser necessárias horas até se encontrar um lugar favorável para se praticar.”

A variedade de trilhas é enorme. As mais populares são as chamadas “trilhas perdidas”, próximo ao Bairro Linhares, e as trilhas da Represa, da Florestinha e da Igrejinha, A trilha da Pepsi, próxima à Matias Barbosa, é eleita a melhor entre os ciclistas, por causa da grande quantidade de obstáculos. Devido às possibilidades, o esporte que começou com aproximadamente 20 adeptos na cidade, hoje já conta com mais de 300 praticantes. “O mountain bike está em alta. Depois da corrida rústica, acredito que seja o segundo esporte individual com mais atletas em Juiz de Fora”, diz Gomes.

Os interessados em adentrar no universo dos trajetos radicais sobre duas rodas devem preparar o bolso: os gastos iniciais com equipamentos podem beirar os R$ 2 mil. Já para os profissionais os custos são bem maiores, ficando na faixa de R$10 a R$30 mil. Além das bicicletas, que variam muito de preço, é preciso desembolsar uma boa parte de dinheiro para os indispensáveis equipamentos de segurança.

 Trajeto no campus

O percurso escolhido para as provas de mountain bike no JF Games será de três quilômetros por entre os bosques e matas do centro do anel viário do campus, saindo próximo da concha acústica da praça cívica. O trajeto dos competidores é o mesmo e só varia no número de voltas, de acordo com a faixa etária de cada categoria. O evento irá contar com a presença de diversos atletas profissionais de Minas e do Rio de Janeiro. Como forma de estimular a prática do esporte, haverá premiação em dinheiro para os melhores colocados. As inscrições podem ser feitas pela internet, na página da Bike Light.

A atual campeã brasileira de mountain bike, Roberta Stopa, 32 anos, confirmou presença no evento. “Minha temporada de competições neste ano termina no próximo dia 30, com uma prova em Curitiba que conta pontos para o ranking internacional. Vou aproveitar o JF Games como treino, para me preparar melhor”, explica a atleta.

De olho nas Olimpíadas de 2016, Roberta elogia a iniciativa e o suporte dado pela UFJF. “Eventos como esse são muito importantes para a cidade, principalmente no atual momento que o Brasil tem passado no meio esportivo”, conclui.

Texto, foto e informações:  Secretaria de  Comunicação UFJF

Ivan Elias

Ivan Elias, associado do Panathlon Club de Juiz de Fora, é jornalista, formado em Comunicação Social pela UFJF. Trabalhou por mais de 11 anos no Sistema Solar de Comunicação (Rádio Solar e jornal Tribuna de Minas), em Juiz de Fora. Participou de centenas de transmissões esportivas ao vivo (futebol, vôlei, etc). Apresentou diversos programas de esporte e de humor, incluindo a criação de personagens. Já foi freelancer da Folha de S. Paulo, atuou como produtor de matérias de TV e em 2007 e 2008 “defendeu” o Tupi, na Bancada Democrática do Alterosa Esporte, da TV Alterosa (SBT-Minas). Criou, em 2010, ao lado de Mônica Valentim, o então blog Toque de Bola que hoje é Portal, aplicativo, Spotify, Canal no Youtube e está no Twitter, Instagram e Facebook, formando a maior vitrine de exposição do esporte local É filiado à Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) e Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (Abrace).

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