A venda de parte da sede do Tupynambás para uma incorporadora está prestes a ser concretizada.
Nos próximos dias, o acordo final deve ser assinado, e a transferência de propriedade feita. Mas alguns aspectos do negócio ainda não estão claros na cabeça do torcedor do Baeta. Assim, o Toque foi ao local, ouviu o presidente do clube, Cláudio Dias, e explica para você detalhes do contexto e da prática da negociação. Veja também vídeos exclusivos sobre o assunto em nosso Instagram.
Inviável
Trabalhando sempre com um passivo maior do que conseguiria quitar e crescente, o Tupynambás viu sua dívida permanecer na casa dos R$ 3 milhões nos últimos anos. Com poucos sócios em dia, além de uma mensalidade pequena, a própria manutenção do clube não era coberta, e Baeta fecha os meses no vermelho, como explica Dias.
“A manutenção da sede, sem utilizar, gira em torno de R$ 30 mil por mês, para um quadro de sócios de menos de 80. Em dia com o clube, fora os beneméritos que são cerca de 13 pessoas, são 20 sócios antigos, mais a diretoria e conselho, que somam 29 pessoas. A taxa de manutenção é de R$ 80, e não podemos aumentar, pois o clube não tem nada a oferecer aos sócios”, explica Cláudio.
Multiplicação de patrimônio
Dias faz questão de rebater quem diz que o Tupynambás está sendo vendido. Segundo ele, além da manutenção da sede do clube no Poço Rico, o Baeta irá multiplicar seu patrimônio. Os valores da venda de parte da sede são protegidos por cláusulas de confidencialidade, mas a projeção é que sejam mais de R$ 20 milhões pelo preço de mercado da área.
Parte do dinheiro já tem destino. “O terreno que estamos adquirindo, já com registro e taxas será em torno de R$ 3 milhões de reais. Estamos negociando cerca de 16 mil m² e a área na qual será construído o novo CT é de 726 mil m². Estamos resolvendo as pendências financeiras do clube e agregando patrimônio. Com a negociação de parte da sede, teremos um clube estável financeiramente, o que não acontece atualmente”, projeta Cláudio.
Melhorias no Poço Rico
A área que será desmembrada da atual sede compreende lojas na Avenida Brasil, das quais duas permanecerão com o clube; as arquibancadas, o campo e os vestiários do Estádio José Paiz Soares; além do Ginásio Poliesportivo, o salão de festas e as piscinas do Baeta. No restante do terreno, atualmente em obras finalizando o segundo andar onde futuramente funcionará um salão de festas e restaurante além de uma a sauna, outras melhorias estão planejadas.
“Atualmente, o clube não pode funcionar, pois necessita de investimento elevados para atender as normas dos Bombeiros, como o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Temos um campo que não é oficial e não podemos realizar jogos, além de não haver espaço físico para adequar. O mesmo acontece com a ginásio. Pretendemos fazer uma academia nova, duas piscinas e um bar novo para o pessoal. Havendo espaço, uma quadra de areia também”, explica Dias.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos e arte: Toque de Bola
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