. Neste sábado, 20, às 17h, as duas melhores campanhas da Superliga B se enfrentam pela 6ª rodada. No final da maratona de três jogos em sete dias, o líder JF Vôlei recebe o Anápolis Vôlei, no ginásio do Riacho, em Contagem.
Há um ano, também pela Superliga B, no ginásio da UFJF, o JF Vôlei levou a melhor: 3 sets a 1, de virada. Em 2021, as equipes sofreram mudanças e o contexto é outro.
Cientes disso, os dois técnicos falaram ao Toque de Bola elogiando a força do adversário. Os números justificam a expectativa para o confronto. Os mineiros lideram a competição com 15 pontos em 5 jogos. Os goianos estão com 11 pontos em 4 jogos.
“Vamos enfrentar outra pedreira”
Apesar das vitórias até agora, o técnico Marcão destacou que o JF Vôlei não se apresentou o desempenho esperado. Contra o SMEL Araucária/ASPMA/Berneck, o problema foi o “início devagar”. Já contra o Vôlei Futuro, onde o técnico foi taxativo em dizer que o time venceu, mas não jogou bem.
As lições destas duas partidas foram fundamentais na vitória fora de casa contra o Brasília Vôlei/Upis, segundo Marcão.
“O jogo foi bem disputado. A gente teve bons momentos que permaneceram em muitas partes dos sets. Conseguimos sacar inteligentemente, posicionar melhor no bloqueio, aí gerou um monte de defesa e no contra-ataque fomos inteligentes. Gostei da forma como nos comportamos na primeira bola, não forçando ataques desnecessários, tomando poucos pontos de bloqueio. Foi um jogo bem próximo do que a gente acha ideal”, destacou.
Esta vitória já é passado. O foco nos últimos dias foi no Anápolis Vôlei para estar pronto para outro jogo duro. “Não temos muito tempo, vamos enfrentar outra pedreira, que é Anápolis que também está invicto. Nosso objetivo, respeitando sempre o adversário, é fazer um jogo melhor que esse [contra o Brasília Vôlei/Upis] e, consequentemente, vencer”, falou Marcão.
“Esperamos fazer um bom jogo”
O Anápolis também é apontado como um dos favoritos para o acesso à Superliga A. Os goianos venceram as quatro partidas que disputaram. Estão com 11 pontos, porque a vitória contra o UnimedAero foi por 3 sets a 2, somando dois pontos.
Ao ser questionado sobre as expectativas para a partida deste sábado, o técnico Ricardo Picinin, em entrevista ao Toque de Bola, escondeu o jogo, mas elogiou o adversário. “Acredito que JF Vôlei está jogando o melhor voleibol da Superliga B. Esperamos fazer um bom jogo”.
O projeto conta com um gestor conhecido da torcida brasileira, Dante Amaral. Enquanto jogador, conquistou o título olímpico em 2004 e venceu o Sul-Americano, Mundial, a Copa do Mundo, a Liga Mundial e o Pan-Americano. Uma presença importante para time e torcida, como ressaltou Picinin. “Com certeza, a presença dele serve de inspiração para todos nós”.
Para a Superliga B, o time manteve alguns atletas da temporada passada e trouxe reforços que estão treinando desde o ano passado. “Montamos a equipe no mês de novembro. Temos uma boa mescla de atletas experientes e jovens”, resumiu.

No entanto, a pandemia afetou o calendário do time mesmo antes de entrar em quadra pela Superliga B. De acordo com o técnico, foram diagnosticados 15 casos e todos se recuperaram bem.
Para cumprir a quarentena, duas partidas foram remanejadas: uma o time já cumpriu, venceu o Niterói Vôlei por 3 sets a 1 no dia 3 de fevereiro.
E agora, na reta final da fase classificatória, os goianos começam uma maratona de três jogos em sete dias. Após o JF Vôlei, viaja para jogar contra o Araucária na terça, 24, na partida que finaliza a segunda rodada. E no sábado, pela sétima e última rodada, recebe outro adversário direto, o Brasília. “Vamos pensar em um jogo de cada vez, quem tiver bem vai para a partida”, explicou Picinin.
Regulamento da Superliga B
Como nos dois últimos anos, os oito times se enfrentam em turno único na fase de classificação. Nas quartas de final, o líder enfrenta o último colocado da fase inicial, o segundo pega o sétimo, o terceiro encara o sexto e o quarto joga contra o quinto.
As quartas e as semifinais serão disputadas em um mata-mata em melhor de três partidas. Os melhores colocados têm o direito de sediar os dois últimos jogos do confronto. Nas quartas de final, os dois piores classificados entre os quatro eliminados caem para a Superliga C em 2022.
Os finalistas garantem o acesso à Superliga Masculina de Vôlei 2021/2022. Eles decidirão o título da Superliga B no dia 1º de abril, na casa da equipe de melhor campanha entre ambos.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Foto: Nadine Oliver/Brasília Vôlei; @tathyserbeto.fotografia/Anápolis Vôlei