Dezenove dias e cinco partidas. Este pode ser o período de Paulo Campos no comando do Carijó. O treinador pode fazer no domingo, 16, contra o Guarani, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, às 16h, sua despedida com a camisa alvinegra. Segundo o técnico, sua vontade é a de permanecer até o fim da Série C, interesse recíproco da diretoria do clube. No entanto, de acordo com o diretor executivo do Tupi, Alberto Simão, o alto salário vem sendo um obstáculo para o acerto e as conversas, já iniciadas, serão retomadas após a partida do Campeonato Mineiro.
“Os entendimentos estão adiantados com o Paulo, ele é muito valorizado, o Tupi não pode dar um passo maior que suas pernas. Gostaríamos muito que ele ficasse, mas o Paulo também tem que entender o que o Tupi significou na vida dele. Ele está feliz, assim como nós. Então, como ambas partes estão satisfeitas, acho que podemos ter um acordo. Agora, financeiramente, vamos ter que fazer contas e contas porque o Tupi hoje tem uma realidade diferente. Vou dar um exemplo, nem chegou o vencimento dos atletas e já estão em dia, assim como os funcionários. É uma administração diferente”, analisou Alberto.
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Em conversa antes do treinamento desta sexta-feira, 14, o técnico do Alvinegro de Santa Terezinha foi transparente ao expor seu interesse na permanência, mas também realizou uma ressalva quanto às questões financeiras do clube.
“Pode parecer às vezes que o Paulo largou ou saiu. Não. Sou muito de palavra e compromisso, para mim não é contrato que faz a diferença. Quando fui contactado para vir ao Tupi, o acordo era de cinco jogos, os quatro do Mineiro e contra o Juazeiro na Copa do Brasil. Esse foi o acordo. Estou muito feliz de ter vindo para cá, tido esta oportunidade. Está muito bacana a relação Paulo, clube, mídia e torcida. É sincera. Eu gostaria muito de continuar, independente de qualquer coisa, mas isto está a cargo da diretoria, porque não sei as condições do clube”, disse Paulo.
Público de domingo pode ajudar
Simão ainda garantiu que os esforços serão feitos em busca da renovação e afirmou que a presença do torcedor na partida contra o Guarani pode ajudar na permanência do técnico e ainda em uma possível contribuição adicional aos jogadores carijós.
“O sacrifício que puder ser feito, vai ser realizado, agora, o torcedor pode ajudar nesta contratação. Vamos encher o Mário Helênio, esperamos um público pelo menos de quatro mil pessoas aqui, que já nos dá a condição de fazer algo a mais pelos jogadores e pela renovação do Paulo Campos, então é uma via de mão dupla neste momento”, ressaltou o diretor.
Análise do período sob comando da equipe
Campos chegou em Juiz de Fora afirmando que o convite da diretoria para comandar o clube seria um grande desafio para a carreira. Com a possibilidade de despedida, o treinador se mostrou satisfeito com todo o respeito conquistado e as vitórias alcançadas, lembrando que os objetivos ainda não terminaram.
“Avalio com muita alegria, pelo fato de que se eu não confiasse na minha pessoa como homem e profissional, não aceitaria, já que, teoricamente, as chances de perdas seriam muito grandes, por não conhecer o grupo. Mas por acompanhar o futebol, por ter sido um adversário meu no ano passado e por terem dado oportunidade que a comissão técnica pudesse continuar o trabalho, além de que não cheguei com medidas drásticas, procurei primeiro saber as características de clube, povo local, porque quando você vai trabalhar no exterior, obrigatoriamente você tem que buscar isso primeiro antes de implantar qualquer idéia sua. Então fui gradativamente tomando ciência disso e botando minha experiência e visão e acredito que não poderia ter sido melhor. Vai culminar, se Deus quiser, porque a gente sabe que merece, com essa classificação para as semifinais”, projetou.
Texto de Bruno Kaehler
Fotos: Toque de Bola
Link: http://www.toquedebola.esp.br/esporte-local/2014/03/paulo-campos-deseja-ficar-mas-permanencia-esbarra-em-realidade-financeira/
Texto: Bruno Kaehler
Outro dia postei no Facebook sobre o TUPI precisar da torcida, fui veementemente combatido, um chegou a falar que eu estava por fora, que a TORCIDA no futebol moderno não é assim tão importante, fiquei pensativo: Será que sou um imbecil, será que estou em um lugar fora da realidade, o que eu falei de verdade ou de mentira?
Paulo Campos deseja ficar, mas permanência esbarra em realidade financeira : Dezenove dias e cinco partidas. Este… http://t.co/kGGbnA8kf1