Está chegando a hora e a ansiedade vai batendo nos pilotos que vão largar para o Ibitipoca Off Road 2021. Como já é tradicional, a prova foi pensada nos mais variados tipos e níveis de participantes, motanda para que o competidor termine os dois dias do rallye mais charmoso do Brasil com um sorriso estampado no rosto e a medalha no peito.
Os últimos detalhes já estão chegando no lugar e, claro, com consultoria de quem conhece. Saulo Silva, referência no planejamento de competições de enduro de regularidade em Minas Gerais, é o responsável pela conferência final da prova. Com tudo pronto, é hora de acelerar nas trilhas entre Juiz de Fora e Lima Duarte.
Como tradicionalmente ocorre, o IOR 2021 inicia suave e vai apertando sua parte técnica, como conta o coordenador do Ibitipoca, Manoel Resende. “É uma prova de dois dias, com largada em Juiz de Fora, e a primeira parte, até o neutralizado em Lima Duarte, é mais tranquila. Utilizamos mais estradas, dando oportunidade dos pilotos se organizarem e adaptarem-se aos aparelhos de navegação. Na segunda parte, já começam a aparecer trilhas mais difíceis. Este ano buscamos uma região nova para a passagem das motos.”
Divisão para agregar
Como explica o coordenador Thiago Resende, a divisão de percursos começa antes mesmo da primeira parte terminar e serve para todos se divertirem. “Já é uma característica da nossa prova ter uma divisão para as categorias. Ela se inicia antes mesmo do primeiro neutro, em Lima Duarte. Nas médias 1 e 2, uma característica de prova mais difícil, nas 3 e 4 mais tranquila. Isso tudo para dar a oportunidade de todos os pilotos participarem e ficarem competitivos nos dois dias. Também há oportunidade de recuperação, caso não se consiga superar algum obstáculo, com neutros colocados estrategicamente com essa função. Nas médias 1 e 2 a prova tem 227km, e para as medias 3 e 4 são 180km.”
Thiago conta que a segunda metade da edição deste ano tem menos pontos distintos entre os percursos do IOR 2021. “No segundo dia, a prova larga em Conceição de Ibitipoca, é praticamente a mesma para todas as categorias. Preferimos separar apenas em dois locais que poderiam ser mais difíceis de transpor, onde colocamos as médias 1 e 2. Não está fácil, mas tem menos obstáculos que possam causar engarrafamento.”
Chegada e resultados
Na chegada, além da felicidade de completar a prova, os pilotos serão recebidos com todos os cuidados. “Os competidores chegam em Juiz de Fora a partir das 14h do domingo e, assim que chegarem, recebem a premiação de participação. Estamos planejando fazer uma rampa de chegada e um palco separado para a premiação, evitando aglomerações”, explica Manoel.
O resultado final também terá agilidade, como ganrante o responsável pela apuração, Anderson “Boka” Santiago. “Liberaremos o resultado o mais cedo possível. Há muitos pilotos de fora, e a ideia é que eles possam saber o desempenho as colocações o quanto antes para ficarem livres para iniciar o retorno para casa.”
Breno Rezende
Para o Ibitipoca Off Road 2021 marcar a volta do rallye mais charmoso do Brasil com a qualidade de sempre, a organização se reforçou. Este ano, o time que cuida da prova de motos está reforçado pelo experiente Breno Rezende. O piloto vai ajudar antes e durante os dois dias de trilhas entre Juiz de Fora e Lima Duarte.
“Vou ajudar na organização. Fazer o simulado das provas da média 3 e 4. Andarei também na prova na média 1 e 2 para ajudar em algum desenho, situação que eu possa contribuir com minha experiência. No dia da prova, vou ser a Moto Zero. Estarei largando entre 5 e 10 minutos antes da primeira moto da Master”, explica Breno.
Piloto da Moto Zero
Mas, você deve estar se perguntando: o que faz o piloto Moto Zero. E o básico é: usa seu conhecimento de pilotagem e das trilhas da região para garantir que o participante do IOR 2021 tenha a melhor experiência na prova, antecipando-se a imprevistos.
“Como o Manoel (Rezende) e o Saulo (Silva) saem abrindo as porteiras bem antes, o intervalo até os competidores passarem nos locais costuma dar cerca de uma hora. Assim, alguma pessoa da região pode passar e achar que os locais foram deixados abertos por engano, fechando de volta. Isso pode resultar em atraso dos competidores. Com isso, venho fazendo a prova toda. A possibilidade de haver esses imprevistos diminui. Estou lá para qualquer outro problema também: árvore que cai, trecho impedido. Com meu conhecimento da região, posso montar um desvio, arrumar uma solução rápida. Até mesmo direcioná-los para outro ponto da prova para que haja uma espécie de relargada”, explica Rezende.
Saulo Silva
Pela quinta edição consecutiva, a prova conta com a sabedoria de Saulo Silva para a conferência de percurso. “A minha participação no Ibitipoca Off Road vai para o quinto ano seguido. Normalmente, a gente vai para aí uns 15 dias antes da prova e faz o simulado de prova. Uma prova de regularidade tem três fases, tem o levantamento, que o Manoel vai e faz o desenho de prova. depois vem outra equipe junto com o Boka (Anderson Santiago) e o Breno e fazem a conferência de prova, verificando os detalhes. Depois eu venho e faço o simulado de prova, como se fosse o dia da prova, como se fosse um piloto participando da prova, tentando andar dentro da média estipulada, observando a questão da segurança do piloto e atentando com todos os detalhes, passando a nossa experiência nesses 23 anos de levantamento de prova, passando as nossas observações com relação à média, segurança do piloto, desenhos também. Enfim, de uma maneira geral, é última passada no trajeto antes da prova acontecer.”
“Para mim é um prazer muito grande trabalhar com o Manoel e com o Thiago, que são pessoas que há cinco anos estão confiando no nosso trabalho e na nossa experiência. A gente fica muito feliz de poder contribuir com os eventos que a gente participa, além de todas as provas da Copa Sul-Mineira que eu faço levantamento, do Mineiro também, tem as do Paulista e a final do Brasileiro que eu faço o levantamento também no interior de São Paulo, além de fazer o simulado do Enduro da Independência e há cinco anos junto com o Manoel no Ibitipoca Off Road”, conta Saulo.
Texto: Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/Ibitipoca Off Road
Fotos: Savastano