O treinador Carlos Alberto Parreira disse na tarde desta quinta-feira, 27, em entrevista coletiva no saguão de entrada do Estádio Municipal de Juiz de Fora, que uma cidade, para ser sede de uma delegação internacional no período da Copa do Mundo, “tem que seduzir”.
Parreira veio a cidade como assessor técnico para trazer subsídios para as cidades se prepararem da melhor maneira possível, e deixou claro que não tem poder de decisão na escolha das cidades que estão pleiteando receber seleções. “Segurança, conforto e privacidade são fundamentais. As definições começam a ser feitas após o sorteio, sempre foi assim. As equipes começam a pesquisar antes, no caderno de encargos da Fifa, mas as decisões são tomadas pós-sorteio, então as pessoas que vierem aqui querem ver as coisas prontas. E pronto é estar em condições de seduzir: chegou, gostou. Tem que oferecer campo, estádio, vestiários, tudo em excelentes condições, vimos aqui potencial, e as melhorias que precisam ser feitas”.
O consultor destacou a localização de Juiz de Fora e Matias Barbosa como ponto positivo para a candidatura: “Está próxima de grandes cidades, a localização é favorável. Eu peguei um avião no Rio e em 30 minutos estava aqui, para São Paulo são 50 minutos, uma hora de voo, essa localização facilita muito. Na Copa do Mundo agora, as seleções jogam em locais diferentes, em cidades diferentes, então esse deslocamento é importante”.
Além de ir ao Estádio Municipal, Parreira visitou o Haras Morena, em Matias Barbosa, e o Complexo Esportivo da UFJF. Ele concedeu a entrevista ao lado de Fuad Noman, da Secopa, do Prefeito Custódio Mattos e do Secretário de Esporte e Lazer de JF, Renato Miranda.
Parreira lembrou que já esteve em ação em nove Mundiais de Futebol, e em todos eles escolheu ou ajudou a definir os locais de treinamentos e concentração. O treinador foi campeão da Copa do Mundo de 1994, no comando da seleção brasileira, que teve Romário como destaque, nos Estados Unidos.