O comerciante Maurício Delgado, de 45 anos, será um dos 19 vereadores eleitos para a próxima legislatura 2021-2024 da Câmara de Juiz de Fora. Filiado ao DEM, recebeu 4.106 no pleito de último dia 15.
Foi a segunda vez que concorreu e admitiu estar surpreso com a vitória. Ele acredita que boa parte dos votos veio de pessoas ligadas ao universo esportivo. Já treinou futebol e atualmente é um dos peladeiros de fim de semana da cidade. Também gosta de correr e de praticar ciclismo.
Nesta entrevista, também foi questionado sobre a importância que o esporte pode ter para a cidade e como pode contribuir com a área durante o trabalho como parlamentar.
Confira a íntegra da conversa com o vereador eleito Maurício Delgado.
Toque de Bola: Como surgiu a sua ligação com o esporte e, em especial, ao esporte local?
Maurício Delgado: A minha ligação com o esporte é desde sempre. Comecei, desde a minha infância, no colegial, a participar de atividades esportivas que é a apresentação mais assídua de todos os esportes. Com o passar do tempo, o envolvimento com a prática do futebol em si se tornou ainda mais assíduo. Aquele sonho de criança de ser um atleta profissional e estar sempre próximo de ser um atleta profissional é grande. A gente fica alimentando esse sonho, joguei nas categorias de base do juvenil do Sport, depois nos juniores, disputei alguns campeonatos fora e isso se perdeu com o passar do tempo mesmo porque eu não era tão bom assim naquilo, não. mas era uma coisa que me agregava, porque eu estava sempre em contato com as pessoas, que é o que sempre me motivou. Daí veio o futebol de várzea de Juiz de Fora, fomentado pela Liga, que é muito importante, muito atuante na cidade. É uma coisa que eu tenho grande apreço e vou defender com todas as minhas forças. Porque a gente necessita da Liga de Futebol de Juiz de Fora, sim, é um departamento que ajuda junto com o Cesporte organizando as competições na área do futebol mais precisamente.
Esse foi o meu primeiro contato esportivo, foi no futebol. Com relação a outros esportes, eu pratiquei muito na minha vida o atletismo, voltado para as corridas de rua, que também eram coisas fomentadas pelo Cesporte. Acho que a Prefeitura, no Executivo e nas suas secretarias, tem que ter realmente esse movimento, são muitos adeptos em Juiz de Fora. Entre outros, o ciclismo, eu sempre gostei muito de esporte. sempre tive muita ligação, muitos amigos. Na minha campanha, meus cabos eleitorais mais assíduos eram todos ligados ao esporte, de professores meus do colegial, aos professores formadores da minha parte educacional ou treinadores meus ao longo do tempo e alguns atletas que estão figurando aí no cenário futebolístico e outros mais que sempre tiveram contato comigo e me ajudaram muito nessa campanha.
– Ano que vem você estará no Legislativo. De que forma você quer levar essa sua proximidade com o esporte para a Câmara? O que isso pode render para a comunidade?
– A gente está ainda na fase de aprendizado. Para mim, foi uma novidade enorme, apesar de eu ter sido candidato oito anos atrás, ter tido uma votação muito expressiva. Confesso que eu tentei novamente, saí candidato novamente, coloquei meu nome de novo a julgamento e ainda é muito novo, essa minha vitória é muito nova para mim. Mas eu jamais esquecerei esse lado voltado com o esporte, mesmo porque as pessoas que estão comigo e me acompanharam durante a campanha sabem do meu apreço e do meu carinho por isso. a gente tem que estar envolvido sim, quero estar o mais próximo da Câmara possível para ver qual o fomento, o que a gente pode fazer juntamente com o Executivo ou juntamente com empresas privadas algumas coisas relacionadas à direção do esporte, em formação do esporte educacional para crianças. Mas isso sem te falar em propostas concretas porque ainda não tenho o apreço burocrático da situação. Eu vou estudar, vou estar ligado, sim, e não vou deixar nunca de amparar o esporte que é aquilo que eu acredito. Vou estar sempre ligado a isso. É real isso. Eu não tenho por que falar mentira para as pessoas ligadas ao esporte, elas estão comigo, elas me conhecem, elas sabem o meu objetivo. A tentativa vai ser árdua e intensa por todos eles. O que estiver ao meu alcance, o que o vereador puder fazer para estar próximo a todas as atividades esportivas de Juiz de Fora, ele pode contar com isso, que lá no meu gabinete vai estar voltado para isso.
– Como cidadão, você praticou esporte, viu a importância do esporte na sua vida. Como você enxerga a importância do esporte para a nossa cidade?
– Fundamental (repete). O esporte para mim tem que ser o carro chefe para uma administração voltada para o cidadão. É ali que começam as coisas, é no esporte que a criança começa a ter o apego por alguma coisa, por alguém, pelas pessoas, pelo trabalho. Comigo aconteceu isso. Teria mil oportunidades para estar inserido em outros mercados, outras situações. E o esporte me trouxe hoje a ser o homem público. foi através dele, do voto de amizade dele, do esporte, que hoje eu me tornei um homem público. É isso que a gente tem que passar para as pessoas. Que sejam homens em suas características plena, que sejam formadores de família, que sejam educadores. O esporte é isso, me proporcionou isso e é isso que a gente tem que mostrar para as pessoas, na sua base, com crianças, com pessoas que devem ter a oportunidade para praticar esporte, não só pela parte física, mas parte educacional, de relacionamento com pessoas.
– Você falou que jogou futebol, mas não seguiu como profissional. Atualmente qual a sua profissão?
– Eu hoje sou comerciante do ramo de alimentação. Possuo um restaurante aqui no Centro (de Juiz de Fora), há 27 anos, mais precisamente. Estou aqui trabalhando hoje e vou trabalhar até 31 de dezembro e, se Deus quiser e me permitir, me der saúde para isso. Faço com grande carinho também, é uma atividade que demanda muito respeito, muita responsabilidade com o próximo, com as pessoas que ali confiam a sua alimentação.
Aliado a isso não deixo de bater a minha bolinha nos finais de semana, não. A gente mesmo sendo caneleiro, a gente gosta disso, de estar com os amigos, de estar envolvido com o esporte até hoje. Jogo a minha Copa Bahamas, o meu Torneio da Liga e não vou deixar de fazer isso, não. Isso teve a vida inteira presente e vai continuar.
– E para encerrar: qual é o seu time de coração?
– Falo com o maior prazer. O meu time é o time de história. É o time que tem tudo a ver comigo. É o time que inseriu os negros na sua essência, no futebol, que é o Clube de Regatas Vasco da Gama. Sou Vasco, de coração, gosto muito da história do Vasco e do que ele promoveu para todos.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira.
Fotos: Maurício Delgado/arquivo pessoal; Maurício Delgado/Instagram.
Arte: Toque de Bola