Juiz de Fora sediou no final de semana o 12° Congresso Distrital e a 19ª Assembleia Geral do Panathlon Club Distrito Brasil. A realização foi do Panathlon Club de Juiz de Fora, presidido pelo Professor Juarez Carvalho Venâncio.
No encerramento da programação, domingo, na visita ao Complexo Esportivo da UFJF, o Presidente do Distrito Brasil, William Saad, bateu o martelo: “Eu estive em todas as 19 assembleias, em diversas cidades brasileiras, e podemos garantir que essa em Juiz de Fora foi a mais produtiva de todas”.
Representantes dos clubes de São Paulo (capital), Santos, São José, Taubaté, Bebedouro e Ribeirão Preto ficaram encantados não só com as instalações esportivas do Campus Universitário, mas pela receptividade e organização demonstradas em todas as etapas da realização do evento em Juiz de Fora.
O encontro nacional de 2013, entre os dias 4 e 7 de abril, já está marcado para Taubaté (SP).
Como foi
A cerimônia de abertura foi realizada na noite de sexta-feira, no Victory Hotel. A solenidade de abertura teve entre as atrações uma palestra sobre “A Integridade no Esporte”, por Heglison Toledo, e a entrega do título de “Entidade Benemérita” ao Panathlon Club local e moções de aplausos aos seus associados pelo vereador Francisco Canalli, da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
A parte musical ficou com o Coral CAEd, que sob a regência de Ciro Tabet, cantou o Hino Nacional, o Hino de Juiz de Fora, o Hino do Panathlon, e duas canções da MPB: “Sob a Luz dos Olhos Teus” e “Mas que nada”.
Ainda no hotel, o sábado foi reservado às apresentações dos trabalhos sobre o tema “A Integridade no Esporte” e debates internos entre os Panathlons de todo o Brasil. Também no sábado, em assembleia geral eletiva, William Saad Abdulnur foi reeleito à Presidência do Distrito Brasil. O sábado à noite, como determina a tradição dos encontros nacionais do clube, teve na agenda o jantar de gala.
Na oportunidade, foram entregues kits aos convidados, com produtos regionais, como doce de leite e goiabada. O associado do Panathlon Club de Juiz de Fora e vice-presidente do Tupi, médico José Roberto Maranhas, ainda premiou alguns convidados com camisas oficiais do centenário clube carijó.
No domingo, 22, a programação para os convidados incluiu uma visita, pela manhã, ao novo complexo esportivo do Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, quando foram anfitrionados pelo também panathleta local e Secretário Geral da UFJF, Basileu Tavares.
Entre os convidados, destaque para o presidente do Panathlon Club Distrito Brasil, Wiliam Saad, o Membro de Honra do Panathlon Internacional e um dos principais nomes do movimento no mundo, jornalista Henrique Nicolini, e o presidente do Panathlon de São Paulo, capital, Professor Aristides Almeida Rocha.
O evento contou com apoio da Prefeitura de Juiz de Fora, Bahamas, Terra Bike, Laboratório Cavalieri e Convention Bureau.
O MOVIMENTO PANATHLÉTICO
É a Associação de “Panathlon Clubes”, voltados essencialmente para o serviço voluntário dos sócios dos Clubes. É uma Organização Não Governamental que possui finalidades éticas e culturais. Procura aprofundar, divulgar e defender os valores da atividade física e do esporte, vistos como instrumentos de formação e de preservação da pessoa e como meio de solidariedade entre homens e povos.
A palavra Panathlon é de origem grega e pode ser traduzida pela expressão “todos os esportes”. O lema “Ludis Iungit” pode ser traduzido como “O esporte une”.
O primeiro Clube Panathlon foi constituído em Veneza, em 12 de junho de 1951. Em 1960, 67 Clubes de várias nações, reunidos em Assembléia na cidade de Pavia, fundaram o “Panathlon International”.
Hoje o Panathlon International possui 262 Clubes com 12.000 sócios em vinte e três países da Europa, da América e da África.
Objetivos:
– incentivar a amizade entre todos os panathletas e os que trabalham na vida esportiva;
– difundir, com ações sistemáticas e contínuas por parte dos diferentes setores de seus órgãos, a concepção da atividade física e do esporte, inspirados no fair play e considerados como elemento da cultura dos homens e dos povos;
– promover estudos e pesquisas sobre problemas da atividade física e do esporte e de suas relações com a sociedade, divulgando-os em colaboração com a escola, a universidade e outras instituições culturais;
– participar da elaboração das normas desportivas, através de proposta, assessoria e programação no campo dos esportes, observando as leis nacionais e regionais previstas pra as várias modalidades;
– agir para que uma educação esportiva sadia seja garantida a cada um, sem distinção de raça, sexo ou idade, principalmente através da promoção de atividades juvenis e escolares, culturais e esportivas;
– como conjunto de Clubes de serviço, incentivar e apoiar as atividades em favor dos excepcionais, as atividades para a prevenção da toxicomania e para a recuperação de suas vítimas, as iniciativas de solidariedade para com os veteranos desportivos, a promoção e a realização de programas de educação à não violência e de dissuasão ao doping;
– apoiar o Movimento Olímpico nas ações que se harmonizem com as suas finalidades;
– promover a expansão do movimento panathlético em todo o mundo, mediante a constituição de novos Clubes.
Ações permanentes:
Em 1990, com a proposta da Comissão Cultural, o Panathlon International lançou a sua primeira grande ação permanente, que se tornou o fio condutor das atividades panathléticas em todo o mundo: “a promoção da educação desportiva como elemento de cultura dos jovens”.
Entre as finalidades desta ação consta também a de ajudar o Comitê Internacional Olímpico a alcançar o objetivo (declarado na Carta Olímpica) de educar através do esporte os jovens do mundo, através de uma melhor compreensão, recíproca e de amizade, contribuindo assim para a construção de um mundo melhor.
Flambeaux d’or:
São prêmios de grande prestígio atribuídos a cada quatro anos a personalidades de fama internacional que tenham tido particular destaque na promoção do esporte, em atividades de cultura esportiva e na organização de grandes eventos esportivos.
João Havelange e Edson Arantes do Nascimento (Pelé) já foram agraciados com esta comenda.
Relações internacionais:
O Panathlon International foi reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional como “organismo cultural benemérito” (deliberação nª 11/6/1982), e faz parte da Associação Geral de Federações Internacionais Desportivas (AGFIS) e do Comitê Internacional para o Fair Play (CIFP).
Mantém relações sistemáticas com a UNESCO e com a Associação Nacional de Comitês Olímpicos Europeus (COE).
Revista:
“PANATHLON INTERNATIONAL” é uma publicação oficial, bimestral, veiculada em três idiomas (francês, inglês, italiano), com 16.000 exemplares de tiragem.
Trata de temas sobre a organização e a cultura do esporte. Documenta a atividade dos Clubes, dos Distritos e do Conselho Internacional.
“Os Cadernos do Panathlon International” – coletânea onde são publicadas e divulgadas, em três línguas, as atas dos congressos. Destaca-se “Esportes. Éticas. Culturas. O Esporte na Segunda Metade do Século XX” (obra em quatro volumes)
Sede permanente:
RAPALLO – GE, Itália (Villa Porticciolo, V.le G. Maggio 6)
tel. **39 0185/65295-96, fax 0185/230513
E-mail: info@panathlon.net – Sito Web: www.panathlon.net
Sede da Secretaria Geral, à qual todos os Clubes estão ligados administrativamente e onde se reúnem os Órgãos Centrais
PANATHLON NO BRASIL
O panathletismo teve início em 1951, na cidade de Veneza. Um grupo de associados do Rotary Club local sentava-se sempre na mesma mesa, devido à afinidade que havia entre eles. Foi quando um de seus integrantes, o Cel. Mario Viali e o empresário Domenico Chiesa se perguntaram:
“Por que não nos reunirmos em separado, uma vez por mês, para conversarmos sobre esporte?” A idéia ganhou corpo e tornou-se realidade. O lema “Ludis Iungit”, do latim (O Esporte Une) surgiu antes da própria denominação do clube, de origem grega – Panathlon – que quer dizer “todos os esportes”.
Esportistas de outras cidades gostaram da idéia e também fundaram outros clubes que se espalharam por toda a Itália e até no exterior. Em 1960, o panathletismo tornou-se internacional.
No início da década de 60, este movimento desembarcou em Buenos Aires, sob o comando dos dirigentes da natação. Dois anos depois, levados pela amizade existente entre os dirigentes dos esportes aquáticos, foram fundados os clubes de Santiago, sob a direção de Herman Muñoz Segura, presidente do Comitê Olímpico Chileno, de Lima, através de Sebastian Salinas Abril, membro do Bureau da FINA, de São Paulo, por empenho do prof. Henrique Nicolini, jornalista especializado em esportes aquáticos e membro do Conselho técnico da Confederação Brasileira de Natação, e do México, por Javier Ostos Mora, presidente da FINA.
Dois anos após a fundação do clube de São Paulo, em 7 de agosto de 1974, o Brasil fundou outros clubes e tornou-se o XII Distrito do Panathlon Internacional.
A conceituação de panathletismo repousa sobre um quadripé, composto pela Amizade, Cultura, Ação e Defesa da Ética.
A amizade desenvolve-se através de convívios entre associados de um clube, mas amplia-se para o universo regional, nacional e mundial, por intermédio de reuniões, assembléias e congressos integrantes do calendário.
A cultura é cultivada pela presença de expositores e conferencistas presentes em eventos de todos os níveis.
A ação é o resultado do trabalho do clube no apoio à solução dos principais problemas do esporte da comunidade. Sem ação um clube seria estéril e não contribuiria para a transformação da realidade social.
Uma das ações mais difundidas no panathletismo mundial é o culto ao “fair play” (jogo limpo), representado pelo combate à violência nos campos de esporte.
O resgate da memória do esporte de uma cidade, do Estado e do próprio país também constitui uma área da qual se ocupa o movimento panathlético.
Texto sobre o Panathlon: Henrique Nicolini
Fotos: Mitsuaki Ando (Panathlon Taubaté) e Basileu Tavares (Panathlon JF)
Parabenizo aos Amigos Panathletas pelo sucesso do 12º Congresso Distrital e a 19ª Assembleia Geral do Panathlon Club Distrito Brasil, realizados em Juiz de Fora, no último fim de semana. E afirmar meu orgulho de fazer parte deste grupo, sendo um membro do Panathlon Club Juiz de Fora. Minhas saudações a todos na pessoa do nosso Presidente, Professor Juarez C Venâncio. Impossibilitada de estar presente ao evento, agradeço ao nosso amigo Ivan Elias, pela cobertura, onde pude acompanhar o trabalho realizado.