Como você responderia a esta pergunta: o que um torcedor, patrimônio intocável, espera do seu clube de coração?
Opções que sugerimos, em ordem de importância
a) Títulos
b) Vitórias importantes
c) Vitórias sobre os principais rivais
d) Que ele não seja rebaixado de divisão
A reflexão parte do momento de Cruzeiro e Vasco, mas poderia ser de outros clubes que apresentam uma oscilação técnica preocupante, fruto de má condução das questões extra-campo.
Em primeiro lugar (alguém pode estar perguntando), entendemos que estes clubes não deixam de ser grandes por estarem atravessando dificuldades. A história não se apaga.
Ocorre que pela grandeza de suas trajetórias e memória de ídolos, elencos, fica difícil imaginar as cenas vistas estes dias.
O Vasco, em São Januário, sofrendo sete gols em duas derrotas acachapantes, com os adversários das pontas de cima (Botafogo) e de baixo (Vitória) marcando os gols como se não houvesse algum oponente na outra metade do campo.
O Cruzeiro, no Mineirão, vencendo, mas com a torcida comemorando a permanência na Série B, uma vez que o acesso virou ilusão. É comemoração muito mais de alívio que de alegria.
Lembrando da pergunta lá do início do texto, acrescentaria a quinta opção:
letra e) que o nosso clube de coração sobreviva
Muito mais que títulos, vitórias importantes ou não rebaixamento, o torcedor não admite mesmo é que o seu clube acabe, deixe de existir. E há momentos de tanto caos administrativo que passam esta impressão.
Como evitar isso? Só há uma maneira, ao nosso ver. Não permitir que pessoas administrem tão mal estes clubes. Seja por incompetência ou má fé. Deveria, de verdade, haver um recurso para impedir, proibir que algumas figuras tenham o mínimo poder de tomar decisões.
Acham que estamos exagerando?
Deixamos como sugestão de leitura uma recente entrevista que fizemos com o professor Lamartine Pereira DaCosta, considerado um dos maiores conhecedores de gestão esportiva do Brasil. Clique aqui para ler o texto citado e deixe a sua opinião na área de comentários do Portal.
Texto: Ivan Elias
Foto: Vitor Silva/Botafogo
Eu estou é vibrando com o retorno do meu Botafogo do lugar que ele não deveria ter saído! A divisão de elite do futebol brasileiro!
Pois é Ivan essa reflexão reflete todo nosso sentimento diante das más administrações e o mal que ela nos faz!
Se nosso time está bem não falo de tabela pois ganhar ou perder faz parte do jogo mas sim bem administrado pagando salários em dia, em algum momento isso também refletirá no campo de jogo e naturalmente em nós mesmo!
Grande Claudinho! Muito obrigado pelas palavras, sucesso para você e seu filho, Guilherme, nesta nova trajetória internacional. Vamos procurar sim fazer com maior frequência, seja como texto ou nos outros canais do Toque de Bola. Valeu!
Parabéns!! Mais uma vez perfeita sua reflexão eu sempre leio penso ser muito importante como aprendizado e gostaria que você postasse uma por semana
Obrigado por me ensinar.🤝⚽
Ótimo comentário, Heitor! Abraço
Muito bom, Tadeu!
Letra E, certamente!
Ainda acrescento uma F (que é um combo parcialmente utópico): eu como torcedor espero filosofia do meu clube, uma filosofia que de fato se reflita em várias vertentes, por exemplo: desapego à cultura resultadista, criatividade na contratação de técnicos (e tempo aos mesmos), identidade visual moderna mas pautada em tópicos históricos, camisa que não seja um outdoor, contas em dia (sem salários astronômicos), elenco jovem e identificado com o time, proposta de jogo notável (não um bando em campo) que não banalize más atuações… Enfim, coisas que dariam orgulho, as vitórias seriam consequências.
Vi vários vídeos de torcedores do Botafogo extravasando todos os sentimentos após a vitória sobre o Operário e, por conseguinte, o acesso. O time é parte de nossos sonhos também e a gente precisa sonhar, pois do contrário, certamente continuaremos a viver, mas deixaremos de existir.
Boa, Luiz Henrique!
Vamos ver, Wagner, como será essa experiência no Brasil. Tomara que venha acompanhada de profissionalismo…
Todas as cinco sugestões são importantes e têm o mesmo peso para mim. Mas diria que sinto falta de um “DNA” mais explícito, uma filosofia que fizesse o torcedor ter um orgulho mais acentuado do seu clube de coração, independente da necessidade de conquistas constantes para fortalecer essa paixão.
A solução seria o clube-empresa? Com dono ou donos?